sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

ISIS – Combatendo os modernos Uaabistas[1]

Eric Margolis, 22/11/2014


Sir John Baggot Glubb, melhor conhecido como Glubb Pasha, foi uma das figuras mais ecléticas e românticas do Oriente Médio moderno. Ele e o “Chinês” Gordon de Khartoum foram os últimos grandes oficiais imperiais britânicos.

Apoiado pela Grã-Bretanha em seu protetorado, o Reino Hachemita do Jordão, Glubb transformou seu pequeno exército beduíno, a Legião Árabe, na melhor força militar do mundo árabe.

A Legião Árabe de Glubb teria provavelmente derrotado as forças de Israel na Guerra Árabe-Israelense em 1948 se a Grã-Bretanha e o falso Rei Abdullah não tivessem impedido o avanço da Legião, como Glubb Pasha amargamente lembrou em suas memórias.

Quando perguntado quais de suas medalhas e condecorações ele gostava mais, Glubb respondeu surpreendentemente, “Defensor dos Pastores do Iraque”. Esta condecoração obscura foi dada a Glubb pelo Rei do Iraque quando Sir John comandou a força policial de fronteira do Iraque nos anos 1930.

Glubb Pasha e seus homens travaram uma longa campanha contra os Ikhwan da Arábia Saudita. Os Ikhwan (Irmandade) eram um amontoado de membros fanáticos de tribos sauditas que seguiam o credo puritano do Uaabismo. Eles viam todos os mulçumanos não-uaabistas como infiéis (kufr), merecedores de serem roubados ou mortos. Mesmo o Rei da Arábia Saudita falhou em controlar os vândalos Ikhwan.

Oito décadas depois, os Ikhwan estão de volta, desta vez com armas pesadas. Ao invés de camelos e cavalos, seus homens estão dirigindo Land Cruisers da Toyota e Humvees americanos capturados do exército amador do Iraque. Os Ikhwan na Síria e Iraque agora se autodenominam “Estado Islâmico”.

Não há nada de islâmico no Estado Islâmico, ou ISIS. Ele não é um Estado. O que estamos vendo é o recrudescimento do movimento fanático Uaabista da Arábia Saudita combinado com uma forma moderna de anarquismo violento árabe e niilismo abraçado por jovens amargurados e marginalizados do oriente Médio e Europa que têm muita testosterona, pouco bom senso e um profundo ódio de ser discriminado na Europa. Eles são os “descamisados” esquecidos da Europa entre os quais o desemprego está acima de 60% e sofrem uma epidemia de tráfico de drogas.

O ISIS é também resultado dos equívocos dos Impérios ocidentais no Oriente Médio. O grupo fanático foi criado e armado na Jordânia pela CIA, pela inteligência turca, britânica, e francesa e financiada pela Arábia Saudita.

O ISIS, no pensamento de Washington, deveria ser composto de “moderados”, uma força temporária e facilmente controlável para derrubar o governo da Síria, que foi condenado à morte pelas potências ocidentais por se recusar a se voltar contra seu aliado Irã.

Assim como aconteceu no passado, os saudistas resolveram usar militantes, neste caso o ISIS, como ferramenta para disseminar a revolução longe de suas fronteiras. A contribuição dos saudistas ao ISIS foi em armas, dinheiro e fanatismo uaabista. Ironicamente, enquanto o mundo assistia com horror as decapitações do ISIS, os patrões saudistas decapitavam 27 prisioneiros ao mesmo tempo – sem qualquer menção por parte da mídia ocidental.

Mas o ISIS Frankenstein logo saiu de controle e se voltou contra seus criadores.

O próximo passo neste desastre foi aumentar ainda mais o abismo que existe entre sunitas e xiitas. Logo após invadir o Iraque em 2003, os EUA, na melhor política imperial do dividir para conquistar, fez uma aliança com a maioria xiita contra a minoria sunita da nação. A estratégia de usar xiitas contra sunitas foi altamente bem sucedida em manter o controle americano no Iraque. Washington chegou mesmo a se alinhar discretamente com Teerã em relação ao Iraque.

Os esquadrões da morte xiitas foram liberados nas regiões sunitas; torturadores xiitas usaram choques elétricos e ácido para obrigar prisioneiros sunistas a falar e quebrar a resistência antiamericana. Os EUA financiaram e apoiaram essa guerra suja, usando técnicas aperfeiçoadas nas guerras civis da América Central. Israel forneceu muitos conselhos úteis.
Colocar xiitas contra sunistas “estabilizou” o Iraque, mas intensificou as tensões perigosas através do mundo mulçumano até o leste do Paquistão. A longa guerra por procuração entre saudistas e iranianos se intensificou.

Como o ódio religioso estava sendo ventilado, fora das entranhas do Oriente Médio apareceu o feroz ISIS bradando estar conduzindo a jihad contra os “descrentes” e “apóstatas” xiitas, entre os quais o regime alauita de Assad na Síria. O ISIS tornou-se a arma de escolha da Arábia Saudita. Mas então o ISIS desbancou o regime instalado pelos EUA no Iraque e converteu seus soldados de brinquedo.

O ódio e a fúria do mundo árabe foram lançados neste caldeirão de feiticeira, um mundo que foi invadido, bombardeado e explorado pelas potências coloniais por um século. Os EUA cometeram atos de guerra contra pelo menos dez nações mulçumanas em nossa era, matando número incontável de pessoas e impondo tiranos cruéis como marionetes, tudo sob a bandeira da luta contra o “terrorismo”.

Pode haver qualquer dúvida que a sede por vingança é intensa? Estes são filhos da fracassada “Primavera Árabe” que foi deformada e morreu graças à contrarrevolução empreendida pelos saudistas e ocidentais. Eles são os primos dos terroristas do 11/9 – cuja maioria veio da Arábia Saudita.

O ISIS usa o idioma do Islã, mas é uma máfia sedenta de sangue de jovens raivosos que compreendem pouco sobre o Islã. Sua brutalidade estúpida está despertando intensa islamofobia em todos os lugares.

Curiosamente, há um antigo ditado mulçumano alertando para a vinda de homens perigosos com bandeiras negras, nomes geográficos falsos e cabelos longos.

Eles aparentemente chegaram. Agora, é a vez do mundo mulçumano, e não estrangeiros, erradicar esta praga letal de um punhado de cruzados.

Nota:

[1] Wahhabismo ou uaabismo é um movimento religioso ou seita do islamismo sunita geralmente descrito como "ortodoxo", "ultraconservador", "extremista", "austero", "fundamentalista", "puritano", "movimento de reforma" islâmico para restaurar o "culto monoteísta puro", ou "movimento pseudossunita extremista". Os adeptos muitas vezes opõem-se ao termo wahhabismo por considerá-lo pejorativo e preferem ser chamados de salafistas ou muwahhid. O movimento tem o nome inspirado em um pregador e estudioso do século XVIII chamado Muhammad ibn Abd al-Wahhab (1703-1792). Ele começou um movimento revivalista na região remota e pouco povoada de Nejd, no centro da Arábia Saudita, defendendo purificar o islamismo para devolvê-lo às suas raízes do século VII, por meio de uma purga de práticas como o culto popular dos santos, de santuários e a visitação de túmulos de entes queridos, práticas generalizadas entre os muçulmanos, mas que ele considerava como "idolatria", "impurezas" e inovações dentro do islamismo.
                    

O que é o jihadismo?

BBC, 14/12/2014

O que significa jihad?

A palavra "jihad" é amplamente utilizada – muitas vezes de maneira imprecisa – por políticos ocidentais e pela mídia.

Em árabe, a palavra significa "esforço" ou "luta". No islã, isso pode significar a luta interna de um indivíduo contra instintos básicos, o esforço para construir uma boa sociedade muçulmana ou uma guerra pela fé contra os infiéis.

Qual é a diferença entre os jihadistas e os muçulmanos?

O termo "jihadista" tem sido usado por acadêmicos ocidentais desde os anos 1990, e mais frequentemente desde os ataques de 11 de setembro de 2001, como uma maneira de distinguir entre os muçulmanos sunitas não violentos e os violentos.

Muçulmanos têm, a rigor, o objetivo de reordenar o governo e a sociedade de acordo com a lei islâmica, chamada de sharia.

No entanto, jihadistas entendem que a luta violenta é necessária para erradicar obstáculos para a restauração da lei de Deus na Terra e para defender a comunidade muçulmana, conhecida como umma, contra infiéis e apóstatas (pessoas que deixaram a religião).

Se a umma é ameaçada por um agressor, eles sustentam que a jihad não é só uma obrigação coletiva (fard kifaya), mas também um dever individual (fard ayn), que deve ser cumprido por todos os muçulmanos capazes, assim como as preces rituais e o jejum durante o Ramadã.

O termo "jihadista" não é usado por muitos muçulmanos porque eles acreditam que se trata de uma associação incorreta entre um conceito religioso nobre e a violência ilegítima. Em vez disso, eles usam o termo "pervertidos", com a ideia de que muçulmanos envolvidos em atos violentos se desviaram dos ensinamentos religiosos.

Todos os jihadistas querem a mesma coisa?

Jihadistas compartilham dos mesmos objetivos básicos de expandir o islã e contrapor-se ao perigo que pode atingi-lo, mas suas prioridades podem variar. Um estudo recente de Thomas Hegghammer, do Departamento de Pesquisa de Defesa da Noruega, identificou cinco objetivos mais proeminentes:

·         Mudar a organização política e social do Estado. Por exemplo, o Grupo Armado Islâmico (GIA) e o antigo Grupo Salafista para Pregação e Combate (GSPC) lutaram por uma década contra as forças de segurança da Argélia, com o objetivo de derrubar o governo e criar um Estado islâmico.
·         Estabelecer soberania em um território percebido como ocupado ou dominado por não muçulmanos. O grupo baseado no Paquistão Lashkar-e-Taiba (Soldados da Pureza, em tradução livre) se opõe ao controle da Caxemira pela Índia, enquanto o grupo Emirado do Cáucaso quer criar um Estado islâmico nas "terras muçulmanas" da Rússia.
·         Defender a umma de ameaças externas não muçulmanas. Isso inclui jihadistas focados em lutar contra o que eles chamam de "inimigo próximo" (al-adou al-qarib) em áreas confinadas – como árabes que viajaram para a Bósnia e a Chechênia para defender muçulmanos desses locais contra exércitos não muçulmanos – e "jihadistas globais" que combatem o "inimigo distante" (al-adou al-baid), que na maioria dos casos é o Ocidente. A maioria destes são afiliados à Al-Qaeda.
·         Corrigir o comportamento moral de outros muçulmanos. Na Indonésia, justiceiros deixaram de usar paus e pedras e passaram a atacar pessoas com armas e bombas em nome da "moralidade" e contra "desvios".
·         Intimidar e marginalizar outros grupos muçulmanos. O grupo Lashkar-e-Jhangvi (Soldados de Jhangvi, em tradução livre) realizou durante décadas ataques violentos contra os xiitas paquistaneses, que eles consideram hereges. O Iraque também sofre com a violência sectária.
Como eles justificam o uso da violência?

Os jihadistas dividem o mundo em "reino do islã" (dar al-Islam), terras sob a lei muçulmana, e o "reino da guerra" (dar al-harb), terras que não seguem a lei muçulmana e onde, em determinadas circunstâncias, a guerra em defesa da fé pode ser aprovada.

Líderes e governos muçulmanos que os jihadistas acreditam terem abandonado as recomendações da sharia são considerados como estando fora do "reino do Islã", o que os tornaria alvos legítimos de ataque.

Por que civis são mortos?

Grupos jihadistas atingiam civis antes do crescimento da Al-Qaeda, mas isso resultou em violência contra eles mesmos, em uma escala que até então não tinham imaginado.

Em 1998, Osama Bin Laden e os líderes de quatro grupos jihadistas no Egito, no Paquistão e em Bangladesh assinaram uma declaração de guerra total contra os Estados Unidos e seus aliados, e pediram que tanto soldados quanto civis fossem alvejados.

O profeta Maomé disse que exércitos muçulmanos deveriam fazer o possível para evitar machucar crianças e outros não combatentes.

A declaração assinada pelos grupos, no entanto, afirma que matar os não combatentes é um ato de reciprocidade pela morte de civis muçulmanos. Após os acontecimentos de 11 de setembro de 2011, Bin Laden tentou justificar o ataque a civis dizendo que, como cidadãos de um Estado democrático que elegeu seus líderes, eles também eram responsáveis pelas ações dos governantes.

Atingir civis muçulmanos em ataques tem se provado ainda mais polêmico. Em 2005, o então segundo em comando de Bin Laden, Ayman Al-Zawahiri, aconselhou o ex-líder da Al-Qaeda no Iraque, Abu Musab Al-Zarqawi, contra a ideia de matar civis xiitas. Al-Zawahiri afirmou que "isso não será aceito pelo povo muçulmano não importa o quanto você tente explicar".

O uso de táticas semelhantes no Iraque e na Síria pelo grupo autodenominado "Estado Islâmico" (anteriormente conhecido como Isis), que nasceu da Al-Qaeda no Iraque, foi um dos motivos pelos quais Al-Zawahiri, já ocupando o lugar de Bin Laden, renegou o grupo em fevereiro de 2014.

Por que os Estados Unidos costumam ser o alvo principal?

Em uma declaração em 1998, Osama Bin Laden acusou os Estados Unidos de "ocupar as terras do islã no lugar mais sagrado de todos, a península Arábica, saqueando suas riquezas, impondo-se a seus líderes, humilhando seus povos, aterrorizando seus vizinhos e transformando suas bases na península na ponta de lança com a qual lutam contra os povos muçulmanos na região".

Segundo Bin Laden, esses "crimes e pecados" configuravam uma "clara declaração de guerra contra Alá, contra seu mensageiro e contra os muçulmanos".

Em 2013, dois anos após a morte de Bin Laden, Ayman Al-Zawahiri escreveu em suas "diretrizes gerais para a jihad" que "o objetivo de atacar a América é exauri-la e fazê-la sangrar até a morte, para que ela tenha o mesmo destino da ex-União Soviética e desabe sobre seu próprio peso, como resultado de suas perdas militares, humanas e financeiras. Consequentemente, seu controle sobre nossas terras enfraquecerá e seus aliados cairão um após o outro".

Qual é o tamanho dos Estados islâmicos que eles querem estabelecer?

Muitos grupos jihadistas buscam estabelecer Estados islâmicos em seus respectivos países de origem, como o Boko Haram na Nigéria e o Movimento Islâmico do Uzbequistão.

Outros grupos querem criar um "califado" – governado de acordo com a sharia pelo califa, que significa "substituto de Deus na Terra" – que se espalhe por diversas regiões. Alguns, como a Al-Qaeda, querem reestabelecer o antigo califado que se estendia da Espanha e norte da África até China e Índia.

O líder do grupo, Ayman Al-Zawahiri, prometeu "libertar todas as terras muçulmanas ocupadas e rejeitar todo e qualquer tratado, acordo ou resolução internacional que dê aos infiéis o direito de tomar terras muçulmanas", incluindo a Palestina história, a Chechênia e a Caxemira.

Já o líder do grupo autodenominado "Estado islâmico", Abu Bakr Al-Baghdadi, também diz querer "demolir" as fronteiras estabelecidas pelo Acordo de Sykes-Picot, de 1916 (que delimitou as zonas de influência britânica e francesa no Oriente Médio após a Primeira Guerra Mundial). Seu grupo já declarou a criação de um califato que se estende pelo leste da Síria até o oeste do Iraque.

O "Estado islâmico" e a Al-Qaeda também têm métodos diferentes de estabelecer a lei islâmica. A abordagem da Al-Qaeda é mais de longo prazo, enquanto o "Estado islâmico" procura implementar imediatamente sua versão da sharia em seus territórios.

Há grupos jihadistas xiitas?

Há grupos militantes de muçulmanos xiitas que são, por natureza jihadistas. No entanto, eles são muito diferentes dos grupos sunitas. De acordo com a tradição xiita, os mujtahids – estudiosos religiosos mais antigos – possuem a autoridade para declarar uma jihad "defensiva". Mas somente o 12º imã (alto líder religioso) – que desapareceu há 1.100 anos, mas é considerado vivo pelos xiitas – poderia declarar uma jihad "ofensiva" quando retornar.

Durante séculos, a maioria dos sacerdotes xiitas defendia o não posicionamento político, enquanto esperavam o retorno do imã. Mas essa perspectiva mudou nos anos 1960 e 1970, dando origem ao ativismo que culminou na revolução de 1979 no Irã e no estabelecimento de uma República Islâmica no país.

Recentemente, a natureza sectária do conflito na Síria fez com que grupos xiitas apoiados pelo Irã ajudassem as forças leais ao presidente Bashar Al-Assad, membro da minoria xiita alauíta. Os grupos e seus milhares de lutadores "voluntários" – que vêm do Iraque, do Irã, do Líbano e do Iêmen – dizem que estão na Síria para defender o santuário xiita de Sayyida Zaineb, em Damasco.

O grupo libanês Hezbollah diz que seus membros mortos na Síria são mártires que morreram "cumprindo deveres jihadistas". Da mesma forma, o avançao do "Estado islâmico" no Iraque em 2014 também teve a mobilização de milícias xiitas para defender locais sagrados contra o grupo sunita.


Tópicos Relacionados

Por que os EUA invadiram o Iraque?

http://epaubel.blogspot.com.br/2012/06/por-que-os-eua-invadiram-o-iraque.html

Quem são os criminosos de guerra na Síria?

http://epaubel.blogspot.com.br/2013/06/quem-sao-os-criminosos-de-guerra-na.html

2 comentários:

Anônimo disse...

O jornalista Robert Fisk, numa matéria de 2008, deu uma informação diferente a respeito de Glubb Pasha:
"Um comunicado secreto emitido por Glubb para todos os chefes de unidades britânicas foi descoberto recentemente; dizia que, em caso de ataque israelita os britânicos deveriam retirar-se sem resistência. Oficiais independentes levaram esse comunicado ao Rei." Então, adeus, Glubb Pasha."

http://www.esquerda.net/content/os-%C3%A1rabes-t%C3%AAm-de-confiar-nos-ingleses-e-israelitas-para-conhecer-sua-hist%C3%B3ria

Saturnino Estrada disse...

Parabéns pela postagem. Você esclareceu tudo em poucas linhas...

Mas te pergunto... Vc acredita que o ISIS realmente fugiu ao controle? Caso assim seja, aos "controladores" bastaria cortar o fluxo de dinheiro para o grupo, o que não parece estar acontecendo, pois o ISIS tem uma reserva de muitos milhões...

Na minha opinião, a intensão era justamente essa: deixar o grupo criar asas ao ponto de almejar um califado até o sul da Europa. Acho que isto está de acordo e faz parte de certa agenda.

Talvez o ISIS seja estratégia restrita ao Oriente Médio, e, em dado momento, será dissolvido... Mas talvez haja algum motivo tétrico por trás da horda. Algo como a desestruturação dos Estados, como um Iraque que extra muros da Zona Verde o resto não passa de bantustões para queimar, só que em escala muito maior, talvez até a Europa, dando o golpe fatal no decadente Ocidente.