(N.do T.: este texto é uma continuação do tópico "O Churchill Verdadeiro")
Churchill e a Primeira Guerra Mundial
A Grande Guerra destruiu a cultura européia e o compromisso com a verdade. Em seu lugar, gerações abraçaram o relativismo, niilismo e o socialismo, e das cinzas surgiram Lênin, Stalin e Hitler e suas doutrinas diabólicas que infectaram a cultura moderna. Nas palavras do historiador britânico, Niall Ferguson, a Primeira Guerra Mundial “não foi menos do que o maior erro na história moderna.”
Em 1911, Churchill tornou-se Primeiro Lorde do Almirantado e, durante as crises que se seguiram, usou toda oportunidade que lhe aparecia para espalhar as chamas da guerra. Quando a crise finalmente apareceu, em 1914, Churchill era só sorrisos e foi o único membro do gabinete que apoiou a guerra desde o início. Asquith, seu próprio Primeiro Ministro, escreveu: “Winston (é) muito belicoso e exige mobilização imediata... conseguiu a guerra que queria.”
Churchill foi fundamental em estabelecer o bloqueio ilegal de alimentos à Alemanha. O bloqueio dependia da disseminação de minas marítimas e classificar como contrabando o transporte de comida para os civis. Mas, ao longo de sua carreira, a lei internacional e as convenções criadas para limitar os horrores da guerra não significavam nada para Churchill. Uma das conseqüências do bloqueio de alimentos foi que, enquanto ele matou 750.000 civis alemães pela fome e má nutrição, a juventude que sobreviveu tornou-se nazistas fanáticos.
O Lusitânia
Se Churchill de fato concebeu o afundamento do Lusitânia em 7 de maio de 1915 não está provado ainda, mas é claro que ele fez o possível para garantir que americanos inocentes fossem mortos por alemães na tentativa de romper o bloqueio de alimentos.
Uma semana antes do desastre, Churchill escreveu para Walter Runciman, presidente do Comitê de Comércio que era “muito importante atrair navios neutros para nossas águas, na esperança de envolver os Estados Unidos contra a Alemanha.”
O Lusitânia era um navio de passageiros civil carregado de munições. Um pouco antes, Churchill havia ordenado que os capitães dos navios mercantes, incluindo transatlânticos, para se chocar contra submarinos alemães, e os alemães estavam cientes disso. O governo alemão mesmo anunciou em jornais nova-iorquinos alertando os americanos para não embarcarem nesses navios.
Churchill, ao maquinar a entrada dos Estados Unidos na Grande Guerra, transformou a guerra
Mas Churchill não era um estrategista. Tudo o que ele se importava, como ele disse a um visitante após o desastre de Gallipoli, era “a condução da guerra, a derrota dos alemães.”
Churchill entre as Guerras
Churchill, que havia sido apontado Secretário Colonial, inventou dois reinos fantoches, Transjordânia e Iraque, ambos estados artificiais e instáveis. O objetivo de Churchill não era a liberdade de povos oprimidos, como seus admiradores gostam de alardear, mas o domínio da Grã-Bretanha no Oriente Médio para garantir que os poços de petróleo do Iraque e do Golfo Pérsico estivessem garantidos nas mãos britânicas.
A Crise de 1929
Em 1924, Churchill retornou ao Partido Conservador e foi nomeado Chanceler do Exchequer, onde ele colocou a Grã-Bretanha de volta ao padrão ouro, mas não levou em consideração a inflação da guerra do governo britânico, o que prejudicou consequentemente as exportações e arruinou o bom nome do ouro. Mas, é claro, Churchill não dava a mínima para as idéias econômicas. O que lhe interessava era somente que a libra fosse tão forte quanto nos dias da rainha Vitória, que mais uma vez a libra “pudesse olhar o dólar nos olhos.” As conseqüências desta decisão tiveram um impacto longo e desastroso para a civilização ocidental e o conseqüente apelo do socialismo, nazismo e comunismo: a crise de 1929.
Foi a mudança irreal de câmbio de Churchill que fez com que o Banco da Inglaterra e o Federal Reserve (Banco Central) dos EUA conspirassem para apoiar a libra inflacionando o dólar americano, o qual por sua vez alimentou a bolha especulativa durante os anos 1920, que colapsou quando a inflação baixou.
A fama de Curchill – e sua mitologia – origina-se durante o período dos anos 1930. Entretantoos ataques de Churchill a Hitler eram pouco diferentes de seus ataques à Alemanha Imperial do pré-guerra ou mesmo à Alemanha de Weimar do entre-guerras. Era o modo de Churchill ver a Alemanha em todas as épocas e de todos os modos como uma ameaça constante ao império britânico. Uma ameaça que tinha de ser destruída e ser mantida para sempre na coleira. Por exemplo, Churchill denunciou todos os apelos para o desarmamento aliado, mesmo antes de Hitler chegar ao poder. Churchill, como Clemenceau, Wilson e outros líderes aliados, manteve a crença irreal de que a Alemanha derrotada submeter-se-ia para sempre às algemas de Versalhes.
E o que os apologistas de Churchill se esquecem é que o Primeiro Ministro Stanley Baldwin reconheceu na Casa dos Comuns que, tivessem eles dito a verdade para o povo, os conservadores jamais teriam ganho a eleição de 1936. “Supondo que eu tivesse percorrido o país e dito que a Alemanha estava se rearmando e que nós deveríamos estar preparados, alguém acha que nossa democracia pacífica teria ridicularizado este clamor? Foi Neville Chamberlain que começou o rearmamento da Grã-Bretanha após a Crise de Munique, os armamentos que Churchill ridicularizou enquanto esteve na oposição nos anos 1930, incluindo a primeira instalação de radar.
Além disso, o estilo Cassandra* de Churchill durante os anos 1930, espalhou-se generalizadamente porque Churchill saiu de uma ameaça iminente para outra: a Rússia Bolchevista, a greve geral de 1926, os perigos da independência da Índia, a crise da abdicação em 1936. Durante os anos 1930, Churchill era o Menino que Alertava contra o Lobo**.
* Cassandra é uma personagem da mitologia grega, filha do rei Príamo e da rainha Hécuba de Tróia. Cassandra tornou-se uma jovem de magnífica beleza, devota servidora de Apolo. Cassandra tornou-se uma profetisa, mas quando se negou a dormir com Apolo, ele, por vingança, lançou-lhe a maldição de que ninguém jamais viesse a acreditar nas suas profecias ou previsões. Cassandra passa a ser considerada como louca ao tentar comunicar à população troiana as suas inúmeras previsões de catástrofe e desgraça.
** The Boy Who Cried Wolf é uma fábula popular que conta a estória de um menino pastor que repetidamente brinca com os aldeões levando-os a pensar que um lobo está atacando seu rebanho. Quando um lobo ataca realmente, os aldeões não acreditam no pedido do menino por ajuda e o rebanho é destruído. A moral no final da estória mostra que este é o destino dos mentirosos: mesmo se eles disserem a verdade, ninguém acreditará neles.
Mas, como em todas as outras coisas, mesmo em relação a isso Churchill contradisse a si próprio. No outono de 1937, ele afirmou:
“Três ou quatro anos atrás eu era um alarmista ruidoso... Apesar dos riscos que estavam na forma de profecia, declaro minha crença que uma guerra de proporções enormes não é iminente, e ainda acredito que existe uma chance de nenhuma guerra principal acontecer enquanto vivermos... Não busco isto, se tivesse que escolher entre comunismo e nazismo, escolheria o comunismo.”
E em seu livro “Passo a Passo”, escrito em 1937, Churchill disse isso a respeito de seu inimigo mortal: “... alguém pode não gostar do sistema de Hitler e mesmo assim admirar sua conquista patriótica. Se nosso país for derrotado, espero encontrar um campeão tão indomável para resgatar nossa coragem e nos liderar de volta a nosso lugar entre as nações.” Podemos apenas imaginar se Churchill estava se refrindo a si próprio neste exemplo hipotético.
A mitologia comum é até aqui da verdade histórica que, mesmo sendo um ardente simpatizante de Churchill, Gordon Craig sentiu-se obrigado a escrever: “É razoavelmente bem conhecido hoje que Churchill era frequentemente mal informado, que suas afirmações sobre o poder alemão eram exagerados e suas ordens impraticáveis, que sua ênfase no poder aéreo foi mal colocada.
Além disso, como um historiador britânico notou: “Para registro, é importante lembrar que nos anos 1930, Churchill não se opôs ao apaziguamento da Itália e do Japão.”
Churchill e a Segunda
Guerra Mundial
Após Munique, Chamberlain estava determinado que Hitler não teria mais vitórias fáceis, e quando a Alemanha invadiu a Polônia em setembro de
Três meses antes da Guerra, Roosevelt disse ao rei George VI que ele pretendia estabelecer uma zona no Atlântico patrulhada pela Marinha americana e, de acordo com as notas pessoais do rei, o presidente disse que “se ele visse um submarino alemão, ele o afundaria na hora e aguardaria as conseqüências.” O biógrafo de George VI, John Wheeler-Bennett, considerou que estas conversações “continham a semente do futuro acordo Bases por Destróieres, e também o próprio Acordo Lend-Lease.”
Em 1940, Churchill finalmente tornou-se Primeiro Ministro, ironicamente quando o governo Chamberlain demitiu-se por causa do plano abortado de Churchill para invadir a Noruega de forma preventiva. Após as forças armadas da França serem destruídas pela Blitzkrieg e o exército britânico fugir pelo Canal, Churchill, o conservador, o “anti-socialista”, sujou a lei comum passando uma legislação totalitária colocando “todas as pessoas, seus serviços e suas propriedades à disposição da Coroa,” isto é, nas mãos do próprio Churchill.
Durante a Batalha da Inglaterra, Churchill fez talvez o seu discurso mais famoso, no qual ele plagiou o Premiê francês Georges Clemenceau e onde ele bradou sua famosa frase: “Se o Império Britânico e sua Comunidade durar mil anos, os homens dirão, ‘Esta foi sua melhor hora!’” Isto lembra a frase bombástica de outro homem sobre um Reich de mil anos. Churchill também aconselhou em seu plano para arrastar a América para a guerra: “...não devemos nos render nunca, e mesmo se... esta ilha... for subjugada... então nosso império ultra-marino, armado e guardado pela marinha britânica, continuaria a luta, até, na melhor época divina, o Novo Mundo, com seu poder e força, partir para o resgate e libertação do Velho.” Mas, como os revolucionários marxistas, cristãos milenaristas e outros excêntricos, Churchill não estava interessado “na melhor época divina” ou outra suposta programação sobrenatural, e ele trabalhou noite e dia para conspirar com Roosevelt a entrada da América na guerra.
Como PM, Churchill continuou sua política de se recusar a negociar qualquer paz. Mesmo após a queda da França, Churchill rejeitou as propostas de paz de Hitler. Isto, contudo, mais do que qualquer outra coisa, é suposta ser a base de sua grandeza. Mesmo assim, quais oportunidades foram perdidas para livrar a França, a Inglaterra e os Países baixos do rearmamento antes de 1940 e negociar estratégias militares de defesa? E sobre o tempo perdido que poderia ter sido usado para estudar o método de guerra da Blitzkrieg antes dele ser lançado sobre a França? O historiador britânico John Charmley mostrou o ponto crucial que a recusa inflexível de Churchill mesmo em escutar as propostas de paz em 1940 prejudicou o que ele dizia ser a coisa mais preciosa para ele: o Império e uma Grã-Bretanha não-socialista e independente em assuntos estrangeiros. Alguém poderia acrescentar ainda que ao permitir que a Alemanha dominasse seus vizinhos mais fracos quando a paz era possível possivelmente condenou a judiaria européia. Quantos milhões de judeus a mais e outros europeus foram mortos por causa da estupidez de Churchill? Mas isso é politicamente incorreto, e mesmo possivelmente um crime de ódio sugerir que melhores alternativas àquelas feitas pelos Aliados estivessem disponíveis durante a Segunda Guerra. Só porque algo seguiu um caminho, isto não significa que ele era o único ou mesmo o melhor. De qualquer forma, é controverso dizer isto.
A proposta de paz percebeu algo que escapou a Churchill, o romântico imperial: mesmo o Império Britânico e seus vastos recursos, sozinho, não poderiam derrotar o poder concentrado que a Alemanha possuía na Europa. E mesmo após a Queda da frança, o objetivo da guerra de Churchill de vitória total só poderia ser alcançado pela inclusão dos Estados Unidos em outra guerra mundial.
Como qualquer francófobo pensaria, os simpatizantes de Churchill esquecem que se o exército americano tivesse topado com a Wehrmacht em 1940 ele teria se saído consideravelmente pior do que o Exército francês.
Envolver a América foi a política de Churchill na Segunda Guerra, assim como foi sua política na Primeira Guerra e seria novamente sua política na Guerra Fria. Churchill colocou seu coração e alma ao garantir que Roosevelt viria em sua ajuda.
Em 1940, Churchill enviou um agente britânico “intrépido” aos Estados Unidos, onde ele estabeleceu um quartel-general no Rockfeller Center e, com total conhecimento e cooperação de Roosevelt e a colaboração de agências federais, “intrépido” e seus 300 agentes “interceptarm correio, grampearam linhas telefônicas, seqüestraram, ameaçaram” e incessantemente aterrorizaram os seus alvos favoritos, os “isolacionistas” (isto é, jeffersonianos) como se fossem nazistas ou fascistas.
Em junho de 1941, Churchill, buscando uma chance de trazer a América para a guerra, escreveu lembrando o navio de guerra alemão, Prinz Eugen: “Seria melhor, por exemplo, que ele fosse localizado por um navio americano já que ele se sentiria tentado a abrir fogo contra esta embarcação, assim nos dando o incidente através do qual o governo americano seria tão agradecido.”
Churchill também instruiu o embaixador britânico em Tóquio, Sir Robert Craigie, que “a entrada dos Estados Unidos na guerra tanto contra a Alemanha e Itália ou contra o Japão é totalmente compatível com os interesses britânicos. Nada na esfera militar pode comparar-se à importância do Império britânico e dos Estados Unidos trabalhando juntos.”
Em agosto de 1941, Roosevelt e Churchill se encontraram na conferência do Atlântico. Churchill disse a seu gabinete “O presidente disse que ele se envolveria na guerra, mas não a declararia e que ele tornar-se-ia mais e mais provocador. Se os alemães não gostassem, eles poderiam atacar as forças americanas... tudo seria feito para forçar um incidente.”
Após os EUA entrarem oficialmente na guerra, em 15 de fevereiro de 1942, na Casa dos Comuns, Churchill declarou sobre a entrada da América na guerra: “isto é o que sempre sonhei, lutei, trabalhei e agora finalmente aconteceu.”
Esta aliança enganadora ilustra outra falha de Churchill. Sua subordinação dos objetivos políticos ao planejamento militar. Churchill fez a guerra pelo objetivo de criar guerra, com pouca consciência dos resultados políticos de tal ação. Ele uma vez disse a Asquith que sua ambição na vida era “comandar grandes exércitos vitoriosos
***http://en.wikipedia.org/wiki/German%E2%80%93Soviet_Axis_talks
A verdade é que Churchill não se importava com nada exceto a Grã-Bretanha. As vidas, os lares e culturas de não-britânicos ele tomou e destruiu sem o menor remorso ou pensando duas vezes. Que tipo de “conservadorismo” exige o assassinato de milhões de inocentes indefesos? Winston Churchill foi um homem que, junto com Roosevelt, Hitler e Stalin, provaram como a Civilização Ocidental poderia cair em apenas seis anos.
Churchill deu apoio ao líder guerrilheiro comunista Tito. Que a vitória de Tito significava não era segredo para Churchill. Quando um funcionário apontou que Tito pretendia transformar a Iugoslávia em uma ditadura comunista do tipo estalinista, Churchill respondeu: “Você pretende viver lá?” Que humanista.
É claro, em Stalin, Churchill e Roosevelt foram confrontados com um homem que tinha como objetivo político a guerra. Stalin sabia o que ele queria alcançar com a destruição da Alemanha. Para Churchill, seu único objetivo era derrotar Hitler, e a partir de então ele começaria a pensar no futuro da Grã-Bretanha e da Europa. Churchill disse isso em muitas palavras: “Era para ser a derrota, ruína e castigo de Hitler, para a exclusão de todos os outros propósitos, lealdades e objetivos.”
O objetivo de Churchill era em suas palavras, “a prevenção definitiva de sua (dos alemães) ascensão como Potência Militar.” Não é de surpreender, portanto, que ao invés de fazer esforço para encorajar e ajudar os grupos de resistência anti-nazistas na Alemanha, Churchill respondeu aos enviados da resistência alemã com silêncio, assim ajudando a prolongar a guerra e a morte. Muito mais chocante, Churchill não fez nada a não ser desdenhar os militares heróis após sua tentativa fracassada de assassinato de Hitler em julho de 1944, mesmo com Hitler apreciando suas execuções filmadas.
No lugar de ajuda, Churchill somente ofereceu aos alemães a alternativa da rendição incondicional, que somente prolongou a guerra. E ao invés de promover a queda de Hitler por alemães anti-nazistas, a política de Churchill era apoio total para Stalin. Retornando de Yalta, Churchill disse à Casa dos Comuns em 27 de fevereiro de 1945 que ele não conhecia qualquer governo que mantivesse suas obrigações de maneira tão confiável como fazia a União Soviética, mesmo para sua desvantagem.
Os Crimes de Guerra
Que Churchill cometeu crimes de guerra – planejou-os, ajudou-os, foi cúmplice neles e os defendeu – é além de qualquer dúvida. Churchill subverteu ao longo de duas guerras as regras que evoluíram no Ocidente por séculos.
Na conferência de Quebec, Roosevelt e Churchill adotaram o Plano Morgenthau+, o qual se implementado teria matado dezenas de milhões de alemães, dando aos alemães a terrível imagem do que “rendição incondicional” significava na prática. Churchill estava convencido dos benefícios do plano, como ele “salvaria a Grã-Bretanha da falência ao eliminar um competidor perigoso.” O Plano Morgenthau era análogo aos planos de Hitler para a Rússia ocidental e a Ucrânia estava perdida para Churchill, que, de acordo com Morgenthal, esboçou em palavras o esquema.
+ Henry Morgenthau Jr. nasceu em uma proeminente família de judeus na cidade de Nova York. Ele foi o Secretário do Tesouro durante a administração de Franklin D. Roosevelt e teve um papel principal em planejar e financiar o New Deal. Após 1937, enquanto secretário do Tesouro, ele se envolveu crescentemente em política externa, especialmente em políticas de apoio à China, ajuda a refugiados judeus e na prevenção que a Alemanha voltasse a ser uma potência militar após a vitória aliada em 1945.
Churchill mesmo pensou em despejar dezenas de milhares de “super bombas” de antrax sobre a população civil da Alemanha, e ordenou o planejamento detalhado para um ataque químico em seis cidades principais, estimando que milhões morreriam imediatamente “por inalação”, com milhões a mais sucumbindo mais tarde.
Mas os maiores crimes de guerra de Churchill envolveram o bombardeamento tenebroso das cidades alemãs, que mataram 600.000 civis e deixaram mais de 800.000 feridos. Arthur Harris (“Bombardeiro Harris”), o chefe do Comando de Bombardeiros, afirmou “No Comando de Bombardeiros, temos sempre trabalhado com a suposição de que bombardear qualquer coisa na Alemanha é melhor do que não bombardear nada.”
Churchill mentiu vergonhosamente na Casa dos Comuns e para o público, dizendo que somente alvos militares e instalações industriais foram atingidas. De fato, o objetivo era matar tantos civis quanto possível. Portanto, a aplicação do bombardeio “rasteiro” na tentativa de aterrorizar os alemães em sua rendição.
O professor Raico descreveu o efeito da política churchulliana: “A campanha de assassinato pelo ar reduziu ao chão a Alemanha. Uma cultura urbana milenar foi aniquilada, como grandes cidades, famosas nos anais da ciência e arte, foram reduzidas a amontoados de entulhos...” Ao saber disso, o intelectual europeu Joseph Schumpeter, em Harvard, foi obrigado a declarar que “qualquer um ouviria que Churchill e Roosevelt estavam destruindo mais do que Gengis Khan.”
De acordo com a história official da Força Aérea Real: “A destruição da Alemanha foi feita em uma escala que pode ter se igualado a Átila ou Gengis Khan.” Dresden ficou lotada de refugiados abandonados fugindo para salvar suas vidas com o avanço do Exército Vermelho. A guerra praticamente estava acabada, mas por três dias e noites, de
O bombardeamento tenebroso da Alemanha e a matança de civis continuaram até meados de abril de 1945. Somente parou, como notou Bombardeiro Harris, porque não havia mais alvos em pé para serem derrubados na Alemanha.
No sentido de matar o máximo número de alemães, Winston Churchill dispensou a política como uma “consideração secundária”, e em pelo menos duas ocasiões disse que não havia “extensão de violência que não pudesse atingir” no sentido de alcançar seu objetivo. De fato, ele disse esta propaganda em um discurso dado em 31 de setembro de 1943, e novamente na Casa dos Comuns em 27 de fevereiro de 1945, quando inacreditáveis extensões de violência já haviam acontecido. Se Hitler tivesse dito esta frase, estaríamos citando-a como prova de seu barbarismo. Mesmo assim, quando Churchill a cita, seus simpatizantes a aplaudem com a resolução requerida de um grande estadista, mais do que descrever como uma conclamação ao extermínio em massa indiscriminado.
É claro, Churchill apoiou o bombardeio atômico de Hiroshima e Nagasaki, que resultou na morte de outros 200.000 civis. Quando Truman fabricou o mito de que “500.000 vidas americanas salvas” para justificar seu assassinato em massa, Churchill sentiu a necessidade de aumentar sua mentira: os bombardeios atômicos salvaram 1.200.000 vidas, incluindo 1.000.000 de americanos. Foi apenas outra das fantasias de Churchill.
Mesmo assim, após toda essa carnificina, Churchill escreveria: “O objetivo da Segunda Guerra Mundial era reviver o status de homem.”
Churchill, o Racista
Uma grande parte da culpa pelos crimes de guerra de Churchill foi o seu racismo. Churchill era um chauvinista inglês, um racista britânico e, como Wilson, desdenhava os chamados “brancos sujos”, os franceses, italianos e outros latinos, e os eslavos como os sérvios, poloneses, russos, etc... Churchill defendia o Darwinismo e, particularmente, não gostava da Igreja Católica e as missões cristãs. Ele tornou-se, em suas próprias palavras, “um materialista até a ponta dos meus dedos,” e fervorosamente defendeu que a vida humana é uma luta pela existência, com o mais forte sobrevivendo.
Em 1919, como Secretário Colonial, Churchill defendeu o uso de armas químicas nos “árabes revoltosos” no Estado fantoche do Iraque. “Não entendo o escrúpulo a respeito do uso de gás,” ele declarou. “Sou fortemente a favor de usar gás venenoso contra tribos não-civilizadas.” Alguns anos depois, o gaseamento de seres humanos até a morte tornariam outros homens assassinos.
Um exemplo das visões racistas de Churchill são seus comentários feitos em 1937: “Não admito que um grande erro tenha sido feito aos Índios Vermelhos da América ou aos negros aborígenes da Austrália. Não admito que um erro tenha sido feito a estas pessoas pelo fato de uma raça mais forte, uma raça superior, uma raça mais sábia tenha vindo e tomado seus lugares.”
Churchill e a Guerra Fria
Entre os muitos crimes de guerra de Churchill, há também aqueles crimes e atrocidades pelos quais ele é culpado após a guerra.
Estes incluem a repatriação forçada de cerca de dois milhões de pessoas idosas, mulheres e crianças para a União Soviética em direção de seu matadouro. Então, houve massacres conduzidos pelo protegido de Churchill, Tito: dezenas de milhares de croatas, eslovenos e outros “inimigos de classe” e anti-comunistas foram mortos.
Como resultado dos exércitos do amigo e aliado de Churchill, as deportações começaram. Mas Churchill estava imóvel. Em janeiro de 1945, ele disse: “Por que estamos criando caso a respeito das deportações russas de saxões (alemães) e outros na Romênia?... Não consigo ver o erro os russos agindo de forma errada ao fazer 100 ou 150 mil dessas pessoas trabalharem... Eu mesmo não posso considerar que é errado os russos pegarem os romenos de qualquer origem e fazê-los trabalhar nos campos de carvão.” Aqui, Churchill, o grande amigo da liberdade, como George W. Bush o descreveu, aprova a escravidão. Cerca de 500.000 civis alemães foram escravizados para trabalhar na União Soviética, de acordo com o acordo de Yalta onde Churchill e Roosevelt concordaram que o trabalho escravo constituía uma forma apropriada de “reparações.”
Então, houve a grande atrocidade da expulsão de 15 milhões de alemães de suas terras ancestrais na Prússia Oriental e Ocidental, Silésia, Pomerânia e nos Sudetos, seguindo o plano macabro de Churchill de deslocar a população polonesa inteira e mover a Polônia para o oeste, que ele demonstrou com alguns palitos de fósforo, e a aceitação de Churchill do plano do líder tcheco Eduard Bene para uma limpeza étnica da Boêmia e Morávia. Cerca de dois milhões de civis alemães morreram nesse processo. Uma cultura antiga inteira foi destruída.
Nas décadas de longa obsessão pela mentalidade simplista de Churchill tentando prevenir que uma potência hegemônica surgisse no continente europeu e que poderia ser uma ameaça ao Império Britânico, ele falhou em ver que sua aliança com Stalin produziu exatamente o que estava combatendo. “À medida que as vendas da guerra foram removidas,” escreveu John Charmley, “Churchill começou a perceber a magnitude do erro que havia sido feito.” Diz-se que Churchill deixou escapar após perceber finalmente a escala de seu erro: “Sacrificamos o porco errado!”
Mas era tarde demais. Por décadas Churchill trabalhou pela destruição da Alemanha. Mesmo assim, somente após Stalin ter devorado metade da Europa este “grande estadista” percebeu que destruindo a capacidade da Alemanha para agir como um contrapeso à Rússia, deixou a Europa livre para a invasão e conquista por uma Rússia ressurgente.
Em 1946, Churchill estava indignado com a Cortina de Ferro de tirania que baixou sobre a Europa Oriental. Mas ele mesmo ajudou a fabricá-la.
Com o equilíbrio de forças na Europa destruído por suas próprias mãos, Churchill viu apenas um recurso: ligar a América à Europa permanentemente. Assim, Churchill retornou à sua estratégia original, envolvendo os Estados Unidos em outra guerra. Desta vez, uma “Guerra Fria” que criaria o complexo industrial militar e mudaria a América para sempre.
http://mises.org/daily/1450
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4 comentários:
Grande Churchill.
Você esta criticando o único lider na europa (porque até então os EUA não entrou na guerra) que se levantou contra Hitler previu o que ia acontecer muito antes de todos na camara dos comuns, foi um historiador, pai de toda uma geração, estadista, escritor que demonstrou a todo um povo e a humanidade o que é a CORAGEM,agora me vem você confortavelmente em pleno periodo de paz morando num pais que seria partido ao meio se o eixo tivesse vencido a guerra, se informe mais um pouco e saiba como seria a divisão da america latina a tomada do america central e finalmente a invasão da america do norte (até porque isso é um registro histórico do III reich que foi capturado pelos sovieticos). Voce com esse perfil "ariano" (que pude observar pela foto) ou ja teria morrido ou seria um escravo hoje.
Quando a merda bate no ventilador a maioria corre.
Falar um bando de besteira aqui é facil queria ver se voce teria peito de ter encarado a situação de frente como esse homem fez
Analisa você ira morrer nessa vida e que peso terá feito para a humanidade?
Para de fantasiar as coisas você esta falando de um homem ao qual devemos todo o respeito até pelo fato de podermos existir hoje.
"Para de fantasiar as coisas você esta falando..."
Fui eu que escrevi o artigo? Meu amigo, fatos são fatos. Nos ombros do seu amado Churchill pesa a morte de centenas de milhares de pessoas inocentes. Churchill não combateu Hitler por uma questão ideológica ou porque ele perseguia judeus. Churchill manteve uma guerra insana contra a Alemanha porque não queria ver seu querido Império Britãnico tornar-se potência de segunda classe na Europa (como aliás acabou acontecendo após a Segunda Guerra Mundial). Se estivesse no lugar de Churchill teria feito um acordo de paz com Hitler e teria deixado este e Stalin se destruírem mutuamente, assistindo tudo de camarote. Churchill, ao endurecer o jogo na guerra, acabou destruindo o Império que ele tanto amava.
Emerson Paubel, você narra o que está fartamente explicado no livro que estou lendo pela segunda vêz. Quem acreditar que o vil Churchill é um herói, deveria ler o livro: "Hitler, churchill e uma guerra desnecessária" do autor Pat Buchanan que foi candidato à presidência dos Estados Unidos no ano 2000. Fora isso é apenas comentário de gente que não estuda, apenas repete o que ouviu outros dizerem.
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