Com suas linhas leves e elegantes, este poderia ser um protótipo para algum futuro sucessor para o bombardeiro invisível.
Mas essa asa voadora foi na verdade projetada pelos nazistas 30 anos antes que os americanos desenvolvessem com sucesso a tecnologia de invisibilidade a radar.
Agora, uma equipe de engenharia reconstruiu o Horten Ho-229 a partir da planta original, com resultados surpreendentes.
Ele era mais rápido e mais eficiente que qualquer outra aeronave do período e suas propriedades de invisibilidade funcionavam contra o radar.
Especialistas estão convencidos agora que, se fosse dado um pouco mais de tempo, a entrada em operação dessa aeronave teria alterado o curso da guerra.
Construída e testada originalmente em vôo em março de 1944, ela foi projetada com um alcance e velocidade maiores do que qualquer outro avião previamente construído e foi a primeira aeronave a usar a tecnologia da invisibilidade, agora utilizada pelos EUA em seus bombardeiros B-2.
Felizmente, os engenheiros de Hitler construíram somente três protótipos, testados para serem arrastados atrás de um planador e não foram capazes de construí-los em escala industrial antes da invasão das forças aliadas.
Dos tanques Panzer até o foguete V-2, há muito tempo reconhece-se que a inteligência tecnológica da Alemanha durante os anos de guerra estava muito à frente da dos Aliados.
Mas em 1943, o alto-comando nazista temia que a Guerra estava virando contra a Alemanha e houve um desespero em crier novas armas para ajudar a mudar a maré.
Os bombardeiros nazistas estavam sofrendo muito diante da velocidade e manobrabilidade do Spitfire e outros caças aliados.
Hitler também estava desesperado em criar um bombardeiro com alcance e capacidade de atingir os Estados Unidos.
Em 1943, o chefe da Luftwaffe, Hermann Goering, exigiu que os projetistas criassem um bombardeiro que alcançassem sua exigência de “1.000, 1.000, 1.000” – um que carregasse 1.000 kg por 1.000 km voando a 1.000 km/h.
Dois irmãos pilotos na faixa dos trinta anos, Reimar e Walter Horten, sugeriram um desenho em “asa voadora” que eles haviam trabalhado por anos.
Eles estavam convencidos que com seu arrasto e falta de resistência ao vento tal avião encontraria as exigências de Goering.
A construção de um protótipo começou em Göttingen na Alemanha em 1944.
A fuselagem central era feita de tubo de aço soldado, e foi projetada para ser alimentada por um motor BMW 003.
A inovação mais importante foi a idéia de Reimar Horten de revesti-lo em uma mistura de pó de carvão vegetal e resina de madeira.
Ele pensava que as ondas eletromagnéticas do radar seriam absorvidas e, em conjunção com as superfícies esculpidas da aeronave, ela seria quase invisível para os detectores de radar.
Isto era o mesmo método eventualmente usado pelos Estados Unidos em sua primeira aeronave invisível no início dos anos 1980, o F-117A Nighthawk.
Após a guerra, os americanos capturaram o protótipo do Ho-229 junto com seus desenhos de projeto e usaram alguns de seus avanços tecnológicos para ajudar em seus próprios projetos.
Mas especialistas sempre duvidaram das afirmações que o Horten poderia de fato funcionar como uma aeronave invisível.
Os irmãos Horten
http://www.dailymail.co.uk/news/article-1198112/Sleek-swift-deadly--Hitlers-stealth-bomber-turned-tide-Britain.html#ixzz1wAvc4DUq
Agora, usando os desenhos originais e o único protótipo sobrevivente, a Northrop-Grumman (a empresa de defesa por trás do B-2) construiu uma réplica em escala natural do Horten-229.
Isso consumiu 2.500 homem-hora e U$ 250.000,00 e, apesar de a réplica não poder voar, ela foi testada com radar colocando-a em um poste articulado de 15,3 metros e exposta a ondas eletromagnéticas.
A equipe demonstrou que, apesar de a aeronave não ser completamente invisível ao tipo de radar usado na guerra, ela seria invisível e rápida o suficiente para garantir que alcançaria Londres antes que os Spitfires pudessem ser acionados para interceptá-lo.
“Se os alemães tivessem tido tempo para desenvolver estas aeronaves, elas bem poderiam ter tido um impacto,” diz Peter Murton, especialista aeronáutico do Museu Imperial de Guerra em Duxford, no distrito de Cambridge.
“Teoricamente, a asa voadora era um projeto de aeronave muito eficiente que minimizava o arrasto. Esta é uma das razões por que ela poderia alcançar altas velocidades em mergulho e planagem e tinha um longo alcance incrível.”
A pesquisa foi filmada para um documentário posterior do canal da National Geographic.
http://www.dailymail.co.uk/news/article-1198112/Sleek-swift-deadly--Hitlers-stealth-bomber-turned-tide-Britain.html#ixzz1wAvc4DUq
Documentário da National Geographic:
Nenhum comentário:
Postar um comentário