A Cruz voltou a aparecer nos uniformes dos admiráveis soldados alemães na Guerra Franco-Prussiana de 1870, e depois na Primeira Guerra Mundial em 1914. Através do sacrifício dos homens que a carregavam, seu simples mas poderoso formato tornou-se sinônimo do velho espírito alemão de coragem e triunfo.
Cruz de Ferro Segunda Classe 1870
O negro e o prata eram reminiscentes dos galantes guerreiros prussianos, das grandes vitórias da era Bismarquiana e dos bravos soldados da Primeira Guerra; a Cruz tinha uma aura inquestionável desde que havia sido criada. Com as primeiras salvas de tiros dadas na Segunda Guerra, Hitler sobrepôs sua imagem política de força a esta aura, evocando a glória dos tempos passados. O próprio Hitler havia sido agraciado com uma Cruz de Ferro de Primeira Classe por atos de bravura e a ostentou até o seu último dia de vida.
Se a Cruz de Ferro pode ser considerada uma das medalhas mais populares no mundo, então a Cruz de Cavaleiro (Ritterkreuz) é a mais conhecida das Cruzes de Ferro. Ela foi introduzida como uma ponte entre a Cruz de Ferro de Primeira Classe e a Grande Cruz da Cruz de Ferro desde o fim da famosa medalha “Pour Le Mérite”, ou “Blue Max”, no final da Primeira Guerra. A Cruz de Cavaleiro foi instituída em 1 de setembro de 1939 ao mesmo tempo da restituição da própria Cruz de Ferro. Assim, a Cruz de Ferro possuia quatro classes:
(a) Cruz de Ferro de Segunda Classe
(b) Cruz de Ferro de Primeira Classe
(c) Cruz de Cavaleiro da Cruz de Ferro
(d) Grande Cruz da Cruz de Ferro.
A Cruz de Ferro de Primeira e Segunda Classes eram as mesmas da Primeira Guerra Mundial. A de Segunda Classe era usada como uma fita nas cores vermelho, branco e preto na casa de botão da jaqueta ou numa barra de medalhas no peito esquerdo. A de Primeira Classe era usada sem a fita tricolor no peito esquerdo. A Cruz de Cavaleiro era maior que a Cruz de Ferro de Segunda Classe e era usada presa a uma fita tricolor em volta do pescoço. A Grande Cruz era quase duas vezes maior que a Cruz de Ferro de Segunda Classe e era usada numa fita tricolor larga em volta do pescoço. A largura das medalhas era a seguinte: 44 mm para a C.F. 1ª. e 2ª. Classes , 48 mm para a Cruz de Cavaleiro e 63 mm para a Grande Cruz. O único agraciado com a Grande Cruz foi o Marechal do Reich Herrmann Göring em julho de 1940, pelo seu comando da Luftwaffe durante a Campanha da França. A medalha original foi destruída durante um bombardeio aliado a Berlim.
As folhas de carvalho da Cruz de Cavaleiro foram instituídas em junho de 1940 e representavam um reconhecimento adicional, medindo 20 mm x 20 mm. As espadas foram instituídas em julho de 1941 e consistiam de duas espadas cruzadas a um ângulo de 40°, tendo um tamanho de 25 mm x 10 mm e sempre vinham acompanhadas de folhas de carvalho. As folhas de carvalho e espadas de ouro com diamantes foi instituída em dezembro de 1944 e acabou sendo fornecida a somente um soldado, o Coronel da Força Aérea Hans-Ulrich Rudel.
(a) Folhas de Carvalho
(b) Folhas de Carvalho com Espadas
(c) Folhas de Carvalho Prateada com Espadas e Diamantes
(d) Folhas de Carvalho Dourada com Espadas e Diamantes
A Cruz Alemã, apesar de não fazer parte da Cruz de Ferro, foi uma condecoração criada para servir de ponte entre a de Primeira Classe e a Cruz de Cavaleiro. Foi instituída em setembro de 1941 e também havia uma versão costurada diretamente no uniforme.
Em 1956, quando as forças armadas alemãs foram recriadas na Alemanha Ocidental sob o nome de Bundeswehr, muitos membros eram antigos soldados da Wehrmacht e da Waffen-SS que foram agraciados com a Cruz de Ferro e outras medalhas. Como parte do plano de desnazificação da Alemanha empreendido pelo governo central, esses ex-soldados poderiam ostentar suas condecorações, porém elas foram “adaptadas” e todas as referências ao nazismo foram retiradas. Por exemplo, na Cruz de Ferro a suástica foi substituída por folhas de orvalho e na Cruz Alemã a suástica foi substituída pelo formato da Cruz de Ferro.
Na primavera de 2007, uma petição para o Parlamento (Bundestag) para reintroduzir a Cruz de Ferro como uma prêmio por bravura militar foi iniciado. O parlamento decidiu em 13 de dezembro de 2007 deixar a reintrodução dela ao Ministério da Defesa. A proposta foi apoiada pelo Presidente da Associação dos Reservistas, Ernst-Reinhardt Beck, do partido CDU. Beck defendia a tese que o símbolo já era usado como símbolo de todos os veículos militares alemães e representava um símbolo de esperança, ajuda e solidariedade em áreas de crise, como a Bósnia ou o Afeganistão. Em 6 de março de 2008, o presidente Horst Köhler aprovou uma proposta do Ministro da Defesa Franz Josef Jung para instituir uma nova medalha por bravura. Ela foi chamada Ehrenkreuz der Bundeswehr für Tapferkeit e foi instituída em 10 de outubro de 2008, porém seu formato guarda pouca semelhança com a tradicional Cruz de Ferro.
4 comentários:
Otimo! Já pensei em tatuar, mas ter que ficar explicando toda essa história a todo retardado que vier me chamar de nazista... Vou andar com esse post impresso! Hahaha
nao faz sentido te chamarem de nazista ? a cruz de ferro bombou na segunda guerra q foi o periodo nazista '-' vai tatuar uma suastica e falar q eh budista ? ������
Beatriz, você tem problemas. Qual o sentido de tatuar a cruz com a suástica? E olha que tenho uma cruz de ferro de segunda classe original..
Tenho uma cruz de ferro da primeira guerra mundial de primeira classe que foi de meu bisavo . A guardo com muito respeito e zelo pelo seu sacrificio em prol da então dua Patria , a Alemanha do Kaiser Guilherme segundo.
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