sábado, 30 de junho de 2012

As Origens do “Politicamente Correto”

William S. Lind, 19/11/2009


Em resposta ao assassinato de 13 soldados americanos no Forte Hood por um major mulçumano do Exército dos EUA, um número de oficiais superiores expressou seu medo, não do Islã, mas de uma possível ameaça para a “diversidade”. “Diversidade” é um dos muitos deuses falsos do “Politicamente Correto”. Mas o que é exatamente o Politicamente Correto?

O Politicamente Correto é marxismo cultural, marxismo traduzido do termo econômico para o cultural. Sua história remonta não aos anos 1960, mas à Primeira Guerra Mundial. Antes de 1914, a teoria marxista dizia que se uma guerra catastrófica eclodisse na Europa, os trabalhadores de cada país unir-se-iam em uma revolução para destruir o capitalismo e substituí-lo pelo socialismo internacional. Mas quando a guerra chegou, isto não aconteceu. O que deu errado?

Dois teóricos marxistas, Antonio Gramsci na Itália e Georg Lukacs na Hungria, independentemente chegaram à mesma resposta. Eles disseram que a cultura ocidental e a religião cristã tinham “cegado” a classe trabalhadora para os seus interesses de classe verdadeiros (marxistas) de modo que o Comunismo era impossível no Ocidente até que a cultura ocidental e Cristianismo fossem destruídos. Quando Lukacs tornou-se Comissário Especial para Cultura no breve governo bolchevista de Bela Kun na Hungria em 1919, um de seus primeiros atos foi introduzir a educação sexual nas escolas húngaras. Ele sabia que destruindo a moral sexual tradicional seria um passo importante para destruir a própria cultura ocidental.

Lukacs tornou-se uma grande influência no pensamento marxista estabelecido em 1923 na Universidade de Frankfurt na Alemanha, o Instituto para pesquisa Social, comumente conhecido como Escola de Frankfurt. Quando Max Horkheimer assumiu como diretor da Escola de Frankfurt em 1930, ele estabeleceu de forma determinada os comandos de Lukacs do termo econômico para o cultural. Outros membros da Escola de Frankfurt devotados a essa tarefa intelectual difícil foram Theodor Adorno, Eric Fromm, Wilhelm Reich e Herbert Marcuse. Seu objetivo não era o marxismo da União Soviética – Moscou os considerava hereges – mas era marxismo de qualquer forma.

A chave do sucesso da Escola de Frankfurt era cruzar Marx com Freud. Eles argumentavam que assim como vivendo sob o capitalismo as pessoas viviam em um estado de opressão econômica, então sob a cultura ocidental as pessoas viviam sob a repressão psicológica. Da psicologia eles também pegaram a técnica do condicionamento psicológico. Querem “normalizar” o homossexualismo? Apenas mostrem programa após programa na TV onde o macho branco normal é homossexual.

Em 1933, com a ascensão de Hitler, a Escola de Frankfurt mudou-se da Alemanha para Nova York. Lá, seus produtos incluíam “teoria crítica”, que exigia crítica constante e destrutiva de toda instituição social tradicional, começando pela família. Ela também criou uma série de “estudos do preconceito”, culminando com o livro imensamente influente de Adorno, “A Personalidade Autoritária”, que argumentava que todo mundo que defende a cultura tradicional é um “fascista” e mentalmente doente. Este é o motivo porquê qualquer um que desafia o “PC” (Politicamente Correto) é conduzido a um “treinamento de sensibilidade”, que é o condicionamento psicológico projetado para produzir submissão.

(N. do T.: um exemplo disso são os fóruns patrocinados por grandes jornais on-line. Se o forista escreve alguma coisa que bata de frente com o PC, logo seu comentário é apagado e ele é sujeito a expulsão.)

Nos anos 1950 e 1960, Herbert Marcuse traduziu o trabalho confuso de outros pensadores da Escola de Frankfurt em livros que estudantes universitários poderiam entender, tais como “Eros e Civilização”, que tornou-se a Bíblia da Nova Esquerda nos anos 1960. Marcuse injetou o Marxismo cultural da Escola de Frankfurt na geração do baby boom (a que nasceu durante a Segunda Guerra Mundial), ao ponto de tornar-se a ideologia desta geração. Nós o conhecemos como “multiculturalismo”, “diversidade” ou apenas Politicamente Correto.

Este é o pequeno segredo sujo do Politicamente Correto, pessoal: é uma forma de Marxismo. Se o americano médio soubesse disso, suspeito que o Politicamente Correto estaria em sérios problemas.

(N. do T.: não aqui no Brasil, onde os meios de comunicação e acadêmico estão infestados de marxistas liberais assumidos, que estão “fazendo a cabeça” da moçada.)

As mortes no Forte Hood levantam uma questão interessante: por que os Marxistas de qualquer linha apoiam o Islã? Acima de tudo, se os mulçumanos assumissem, eles cortariam as gargantas dos marxistas mesmo antes que eles cortassem as gargantas de cristãos e judeus. A resposta é que o marxismo cultural se aliará com qualquer força que ajude a atingir seus objetivos, ou seja destruir a cultura ocidental e o Cristianismo.

Obviamente, há muito mais da história da Escola de Frankfurt e sua criação do Politicamente Correto do que eu posso cobrir em um artigo curto. Esta é apenas a estrutura básica. Para aqueles que querem saber mais (espero que você seja um deles), pode encontrar um pequeno livro sobre o assunto, o qual eu editei, no site da Fundação do Congresso Livre (www.freecongress.org). O Congresso Livre também produziu um pequeno documentário sobre a Escola de Frankfurt, que me parece estar disponível no Youtube (procure por Escola de Frankfurt ou pelo meu nome). O vídeo é especialmente valioso porque entrevistamos o principal especialista americano na Escola de Frankfurt, Martin Jay, que é o diretor do Departamento de História em Berkeley (e obviamente não é um conservador). Ele fala tudo.

(N. do T.: quem quiser ouvir uma crítica ao PC em português, procure no Youtube os vídeos do filósofo católico Olavo de Carvalho.)

A maior parte das pessoas nas forças armadas dos EUA odeia o Politicamente Correto, mas eles não sabem como lutar contra isso. O modo de lutar é descobrir o que ele realmente é, e divulgar entre seus amigos também. O Politicamente Correto é Marxismo Cultural, que é o mesmo que o Soylent Green intelectual. Isto é tudo, o conhecimento é uma arma!

(N. do T.: Soylent Green é um filme de ficção científica, dirigido por Richard Fleischer. No ano de 2022, a cidade de Nova Iorque conta com 40 milhões de habitantes. Para alimentar as inúmeras pessoas pobres e desempregadas, existem tabletes verdes chamados de Soylent Green, produzidos inicialmente através da industrialização de algas. Somente os ricos tem acesso a comidas raras, como carnes, frutas e legumes.

Quando um rico empresário das indústrias Soylent Corporation é assassinado em seu luxuoso apartamento, o detetive policial Robert Thorn começa a investigar. O segredo que o poderoso empresário conhecia colocava em risco toda a ordem social reinante, porque falava da possibilidade da destruição da vida no nosso planeta.)

http://www.theamericanconservative.com/the-roots-of-political-correctness/


Um comentário:

Unknown disse...

Parabéns pelo excelente e conciso texto; é bem elucidativo para esclarecer os dias atuais do Brasil. Sugiro que seja divulgado nos ambientes estudantis e demais organismos da nossa sociedade.