Daily
Mail, 23/05/13
Um
novo livro publicado na Alemanha revela como o presidente Kennedy era um
admirador secreto dos nazistas.
As notícias chegam embaraçosamente próximas de uma visita a Berlim no próximo mês pelo presidente Obama – uma semana antes das comemorações do 50º. Aniversário do memorável discurso de JFK “Ich Bin ein Berliner” (Sou um Berlinense) pedindo a solidariedade dos EUA com a Europa durante a Guerra Fria.
As
anotações e cartas do presidente Kennedy narrando seus passeios pela Alemanha
antes da Segunda Guerra Mundial, quando Adolf Hitler estava no poder, foram
reveladas e mostram que ele era geralmente a favor do movimento que iria lançar
o mundo na maior guerra da história.
“Fascismo?”
escreveu o jovem future president. “A coisa certa para a Alemanha.”
Em
outra; “O que são as maldades do fascismo comparadas às do comunismo?”
E,
em 21 de agosto de 1937 – dois anos antes da guerra que matou 50 milhões de
vidas eclodir – ele escreveu: “Os Alemães são realmente muito bons – portanto
os povos cercam-se deles para se protegerem.”
E
em uma linha que parece ser diretamente tirada da linha racista da
superioridade racial do Terceiro Reich, ele escreveu após viajar pela Renânia: “As
raças nórdicas certamente parecem ser superiores aos romanos.”
A
saudação do futuro presidente é agora embaraçosa em perspective – uns poucos
anos depois ele lutou na Segunda Guerra Mundial contra os nazistas e seu irmão
mais velho, o Tenente Joseph Patrick Kennedy Jr., foi morto em combate.
Outros
motivos de meditação foram a grandeza das autobahns – “as melhores rodovias no
mundo” – e a visita à casa de campo bávara de Hitler em Berchtesgaden e à casa
de chá construída no topo da montanha para ele.
Ele
declarou: “Quem visitou estes dois lugares pode facilmente imaginar o quão
Hitler erguer-se-á do ódio que atualmente o cerca e em poucos anos surgirá como
uma das maiores personalidades de todos os tempos.”
A
admiração de Kennedy pela Alemanha Nazista é revelada em um livro intitulado “John
F. Kennedy entre os Alemães. Diários de viagem e cartas 1937 – 1945.”
Quando
a Segunda Guerra Mundial chegou, o pai do futuro presidente, Joe P. Kennedy, se
opôs fortemente em lutar contra a Alemanha e cometeu vários erros desgastando
sua carreira política.
Ele
adotou uma postura derrotista, pacifista e tentou agendar um encontro com Adolf
Hitler sem a autorização do Departamento de Estado.
As
razões para isso não são claras – alguns especulam que ele estava ávido em
evitar a guerra porque ele temia que o capitalismo americano – com o qual ele
lucrou muito – não sobrevivesse à entrada do país no conflito.
Como
embaixador dos EUA na Grã-Bretanha, ele também se opôs à ajuda militar e
econômica à Grã-Bretanha*.
Ele
disse em uma entrevista: “A democracia acabou na Inglaterra. Ela existe aqui
(nos EUA).”
Durante
a Segunda Guerra Mundial, o irmão mais velho de JFK, Joe, voluntariou-se para
uma missão secreta de teste de um avião tripulado experimental carregado de
explosivos – uma arma que os Aliados esperavam utilizar como míssil guiado.
No
primeiro voo de teste, os explosivos detonaram prematuramente e o avião
explodiu – seu corpo nunca foi encontrado.
O
jovem presidente gravou seu próprio lugar na história quando ele ficou na
entrada da prefeitura de Berlim Ocidental de Schönenberg em 26 de junho de 1963
declarando a solidariedade americana à cidade e ao continente com as palavras
imortais: “Sou um berlinense.”
O
fato que, falando estritamente, ele estava referindo-se a si mesmo como uma
rosquinha típica – o berlinense** – não diminuiu o entusiasmo contagiante por
ele.
Mas
seu elogio a Hitler em um país que ainda luta para chegar a um termo com seu
legado pode revelar-se difícil para Obama, que visitará Berlim para
conversações de longo termo com a Chanceler Merkel em 18 e 19 de junho.
Mas
o seu louvor não era inteiramente sem ressalvas.
“É
evidente que os alemães eram assustadores para ele,” escreveu a revista Der
Spiegel em Berlim.
Nos
diários das três viagens que ele fez à Alemanha do pré-guerra, ele também
reconheceu; “Hitler parece ser tão popular aqui quanto Mussolini na Alemanha,
apesar de que a propaganda é provavelmente sua arma mais poderosa.”
Observadores
dizem que suas anotações variam da aversão à atração pela Alemanha.
O
livro também contém suas impressões quando caminhou por uma Berlim destruída
após a guerra: “Um fedor insuportável de corpos – doce e repugnante.”
E sobre o Führer morto ele disse; “Sua ambição ilimitada por seu país tornou-o uma ameaça à paz no mundo, mas ele tinha algo de misterioso. Ele foi uma lenda.”
O
editor do livro acredita que ele era “sinistramente fascinado” pelo Fascismo.
Notas:
*
A famíla Kennedy era irlandesa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário