Esta carta de Charles Peake do Quartel-general Supremo da Força Expedicionária Aliada especula a possibilidade de assassinar figuras militares alemãs.
Eles
planejaram alvejar aqueles envolvidos com a Gestapo e a logística inimiga.
Entretanto,
o plano foi abandonado como “o tipo de boa ideia que... produz uma boa dose de
problemas e realiza muito pouco.”
As
cartas e telegramas detalhando os planos foram revelados em um arquivo, datado
de 1944 e indiretamente chamados de “Guerra (Geral)”, pelo sub-secretário do
Departamento do Exterior Sir Alexander Cadogan.
O
arquivo inclui comunicações de Sir Alexander assim como Charles peake, que
estava a serviço do Quartel-general da Força Expedicionária Aliada, o órgão que
comandou as forças aliadas na Europa setentrional, e Victor Cavendish-Bentinck,
executivo dos Serviços de Inteligência Unidos.
Criminosos de guerra almejados
O
plano discutiu a possibilidade de assassinatos específicos de qualquer membro
alemão cuja “remoção a um ponto crítico poderia ser um desastre para o esforço
alemão.”
Os
alvos considerados eram figuras políticas assim como agentes da Gestapo, chefes
de suprimentos e aqueles envolvidos em importantes “organizações econômicas.”
A
carta inicial do Sr. Peake sugerindo o plano para assassinar importantes
oficiais alemães tinha consciência de que era algo ambicioso, dizendo: “Compilar
uma lista é uma coisa e conseguir os resultados é totalmente outra coisa, mas
suponho que devemos fazer nosso melhor.”
A
possibilidade de matar certas figuras militares de alta patente ao invés de
fazê-las prisioneiras era controversa, mas foi decidido que “pode ser colocada
na política como tratamento a criminosos de guerra.”
Os
oficiais alemães discutidos incluíam o famoso Marechal-de-campo Erwin Rommel,
que esteve envolvido no plano para matar Hitler.
O
Sr. Cavendish-Bentinck argumentou que “se tais criminosos de guerra forem
eliminados como proposto, isto nos livrará do problema de lidar com eles mais
tarde.”
“Onda de Assassinatos”
O
plano também seria estendido aos colaboradores da França Vichy, mas foi
decidido que a identificação e assassinato destes alvos seria melhor deixado
aos próprios franceses.
No
final, contudo, o plano foi descartado pois acreditava-se que os ataques
poderiam gerar “respostas sanguinárias”.
O
Sr. Cavendish-Bebtinck acreditava que poderia resultar em uma “onda de
assassinatos que provavelmente durará quando estivermos ocupando o território
inimigo” e ele também duvidava da aptidão das forças britânicas para a tarefa:
“Os
poloneses destruíram um número de oficiais alemães, mas eles eram especialistas
neste tipo de trabalho e tiveram maior provocação. Se o assassinato fosse
fácil, muitos estadistas e altos funcionários teriam tido um final violento.”
Mas
ele permitiu que “se os franceses gostam de matar alemães ou colaboradores, não
devemos detê-los.”
Havia
preocupações sobre a eficácia do plano, pois o Chefe do MI6, Stewart Menzies,
referiu-se a ele como somente “C” nas comunicações, dizendo sobre as vítimas
sugeridas:
“Não
acreditamos, entretanto, que sua remoção terá muito, ou mesmo qualquer, efeito
na eficiência funcionando na máquina altamente organizada e difundida na qual
eles são funcionários proeminentes.”
Grã-Bretanha queria execução ao invés
de Nuremberg para os líderes nazistas
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