quarta-feira, 7 de novembro de 2012

[HOL] “Meus passeios pelos Campos de Extermínio não são desatino”

Daily Mail, 23/09/2010


O controvertido historiador David Irving rechaçou as declarações de que suas visitas turísticas aos campos de extermínio nazistas na Polônia ocupada pela Alemanha sejam “desatino”.

Afirmando que são as autoridades polonesas os “desatinados” por sua promoção de Auschwitz como um parque de diversões ao “estilo Disney”, o Sr. Irving defendeu sua viagem, a qual é totalmente reservada para turistas britânicos e americanos.

Os críticos rebateram a viagem que o Sr. Irving está organizando ao quartel-general de Hitler e ao conhecido campo de extermínio de Treblinka, referindo-se a ela como “Excursão Nazista”.

Entretanto, o historiador, que foi preso por negação do Holocausto na Áustria em 2006, disse que seus críticos claramente não leram seus livros sobre a Segunda Guerra Mundial.

“Se eles tivessem visto minha página na internet, ele saberiam que já visitei muitos dos campos de extermínio duas ou três vezes,” disse ele ao TravelMail.

“É inquestionável que os nazistas mataram milhões de pessoas nestes campos. Quando as pessoas me chamam de negador do Holocausto eu fico totalmente indignado.”




O controvertido historiador está sob fogo cerrado após detalhes tornarem-se público de um pacote turístico de uma semana de £1.500 que ele está tentando organizar ao conhecido campo de extermínio de Treblinka, administrado pela SS – apesar de ter sido preso anteriormente por negação do Holocausto por um tribunal austríaco.

Entretanto, o Sr. Irving defendeu sua visita ao “solo sagrado” de Treblinka, aproveitando para criticar as autoridades polonesas pela “máquina caça-níqueis” que é Auschwitz.

Acusando as autoridades de construir torres de vigilâncias falsas em Auschwitz e criar uma atmosfera “Disney” lá, ele disse que muitos dos campos de extermínio onde as piores atrocidades aconteceram foram esquecidos porque eles não são tão “comerciais” e “não possuem resorts no meio do caminho”.

“Sou historiador há 40 anos, conheço uma falsificação quando vejo, quando você olha para fotos antigas de Auschwitz, aquelas torres não estão nas imagens,” disse ele.

Na viagem, o Sr. Irving levará os turistas estrangeiros ao quartel-general de Hitler, conhecido como “A Toca do Lobo”, onde a expansão dos campos de extermínio foi planejada, e a base onde o chefe da SS, Heinrich Himmler, passava o tempo.

“Nós não estaremos somente indo ao lugar muitos foram mortos, mas ao lugar onde as ordens foram dadas,” disse ele.

No material promocional para a excursão, a viagem é vendida como uma “jornada inesquecível” para “fanáticos por história real”.

Ela inclui a exibição especial do filme “A Queda”, que retrata os dez dias finais da vida de Hitler, com a narração do Sr. Irving e uma palestra sobre Treblinka pelo historiador assim como um outro por um “especialista neutro”.

Afirmando que seus livros sobre Hitler têm vendido “muito bem” na Polônia – “uma ironia considerando que eles raramente chegam na vizinha Alemanha” – o historiador disse que havia uma “fascinação mórbida” pela Solução Final Nazista e que muitos estavam interessados em “pisar no mesmo chão que os monstros pisaram”.

A viagem foi tão popular que ele teve que recusar pedidos e está planejando repetir a excursão a cada dois anos.

Entretanto, veteranos de guerra poloneses criticaram o historiador controvertido por ter mesmo contemplado a excursão.

“Isso é doentio. Nosso povo sofreu muito sob os nazistas e este homem jamais deveria ser permitido entrar no país,” disse um.

“Mas ele negou que o Holocausto ocorreu. Ele deveria pegar sua Excursão Nazista e ir embora.”

O Sr. Irving escreveu vários livros sobre a Segunda Guerra Mundial, mas caiu em desgraça por questionar o envolvimento de Hitler no Holocausto e afirmar que os judeus se aproveitaram do genocídio para ganhar o Estado de Israel.

Ele foi preso na Áustria em 2006 por Negação do Holocausto devido a uma palestra que ele deu na Áustria em 1989 no qual ele disse que não houve câmaras de gás em Auschwitz.

Ele foi então levado à falência após perder uma ação judicial que ele iniciou na Grã-Bretanha após ser acusado de negar os campos de extermínio e manipular a história para apresentar Hitler sob uma perspectiva bondosa.

Entretanto, como não há mandato atual para sua prisão na União Européia, o historiador está liberado para viajar desimpedido.

Um porta-voz da embaixada polonesa disse que a viagem poderia ser monitorada de perto pelas autoridades.

“O serviço secreto na Polônia e no Reino Unido estão alertas à visita e que ele visitou previamente Treblinka,” ele disse.

“A visita no final de setembro estará sob observação estrita das autoridades polonesas.”

Entretanto, o Sr. Irving disse: “Não pretendo quebrar as leis, obedeço o estado de Direito. Mas como você provavelmente pode adivinhar, cidadãos corretos geralmente terminam na prisão.”

http://www.dailymail.co.uk/travel/article-1310819/My-death-camp-tours-arent-sick-Holocaust-denier-David-Irving-defends-plans-Nazi-Travel-tourist-trail.html


“Hitler foi um grande homem e a Gestapo uma polícia extraordinária”

Daily Mail, 28/09/2010

 
O controvertido historiador britânico David Irving elogiou Hitler como um “grande homem” e sua Gestapo como “força policial fabulosa” em sua excursão chocante aos campos de extermínio na Polônia.

Irving disse que Hitler não era “imoral” mas foi conduzido por pessoas menos qualificadas no regime nazista, de acordo com um relatório secreto pelo jornal italiano Corriere della Sera.

“Hitler podia ser muito cruel, mas ele não era imoral. Ele estava cercado por “pessoas desprezíveis,” disse Irving à sua plateia, que pagou £1.500 por cabeça pela excursão, segundo o jornal.

Irving, que foi uma vez preso na Áustria por negar o Holocausto, também disse aos turistas que o ditador alemão deveria ser comparado a Aníbal, o líder de Cartago que lutou contra Roma e quase a derrotou.

O historiador disse: “Ele foi como Aníbal. Ele segurou as forças militares do resto do mundo por seis anos. Exatamente como Aníbal, mas ninguém jamais negou a grandiosidade de Aníbal.”
 
 
 

“Hitler foi um grande homem, um dos maiores europeus por séculos.”

Ele acrescentou: “A Gestapo era uma força policial fabulosa. Eles enviaram 300.000 para Auschwitz e 800.000 para Treblinka.”

Seus comentários serão avaliados de perto pelas autoridades polonesas e devem certamente enfurecer sobreviventes do Holocausto.

Irving conduziu 11 pessoas da Inglaterra, América, Alemanha e Austrália pelo quartel-general de Hitler na Polônia, a “Toca do Lobo”, onde ele comparou o oficial alemão Claus Von Stauffenberg, que tentou assassinar o Führer, a um traidor.    

E o comportamento dos convidados de Irving na excursão ergueu as sobrancelhas da população local, segundo a equipe italiana disfarçada.

Durante um jantar privado após uma visita aos campos de extermínio, um convidado brindou sob risos: “Que cheiro terrível. É como uma câmara de gás.”

Críticas contundentes à excursão pelo quartel-general de Hitler e pelo conhecido campo de extermínio de Treblinka referiram-se ao evento como “Excursão Nazista”.

 
http://www.dailymail.co.uk/news/article-1315591/David-Irving-claims-Hitler-great-man-leads-Nazi-death-camp-tours.html


David Irving no campo de Extermínio de Treblinka



David Irving segundo os Historiadores

Fonte: Wikipédia

Irving, uma vez lembrado com respeito por seu conhecimento dos arquivos militares alemães, é uma figura controvertida desde o início. Suas interpretações da guerra eram geralmente lembradas como desnecessariamente favoráveis ao lado alemão. No início, isto foi visto como uma opinião pessoa, impopular mas consistente com respeitabilidade completa como historiador. Em 1988, entretanto, Irving começou a rejeitar o status do Holocausto como um genocídio sistemático e deliberado; e ele logo tornou-se protagonista da Negação do Holocausto. Isto, somado à sua associação com círculos de extrema direita, interrompeu sua fama de historiador. Uma mudança drástica na reputação de Irving pode ser vista nas pesquisas da historiografia do Terceiro Reich produzida por Ian Kershaw. Na primeira edição do seu livro A Ditadura Nazista em 1985, Irving foi chamado de um historiador “dissidente” trabalhando fora da profissão histórica. Na época da quarta edição de A Ditadura Nazista em 2000, Irving foi descrito somente como um escritor histórico que tinha se engajado nos anos 1970 em “provocações” cuja intenção de fornecer uma “desculpa pelo papel de Hitler na Solução Final”. Outras respostas críticas ao seu trabalho tendem a seguir esse padrão cronológico.

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