segunda-feira, 3 de março de 2014

[HOL] Nenhuma novidade nos diários de Rosenberg

Richard A. Widmann


Em junho de 2013, a mídia estava em polvorosa com o anúncio da descoberta do diário de Alfred Rosenberg pelo Grupo de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) e pelo Investigações de Segurança da Pátria (HSI). Os relatórios iniciais anunciaram que o diário “poderia oferecer novos conhecimentos sobre o Holocausto.” Conferências de imprensa foram convocadas com funcionários do Departamento de Segurança da Pátria, do Departamento de Justiça e do Museu Memorial do Holocausto dos EUA (USHMM). Em uma mensagem na internet, o USHMM declarou:

Sua descoberta dará aos estudiosos indubitavelmente novos conhecimentos sobre a política dos líderes nazistas e completará o comprometimento do museu em resgatar evidência dos perpetradores do Holocausto.

O jornal israelense Haaretz destilou veneno considerável sobre Rosenberg chamando-o de “um idiota pretensioso” e “grotesco”. Mas o Haaretz acabou antecipando grandes revelações em relação ao Holocausto no diário. Eles conjecturaram,

De fato, Rosenberg pode ter plantado algumas das sementes que no final se transformaram nas decisões aparentemente irracionais de Hitler em desviar os recursos necessários da guerra para o assassinato de judeus, mesmo com o exército alemão mantendo suas perdas no front.

Em dezembro, a mídia novamente foi inundada com notícias de Rosenberg e seu diário. O diário agora havia sido transferido para o USHMM. O jornal inglês Mail On-line estampou a notícia: “400 páginas escritas por Alfred Rosenberg, um líder nazista que teve um papel central no extermínio de milhões de judeus, são doadas para museu na capital.” A cobertura dos jornais ao redor do mundo foi basicamente a mesma. Curiosamente, a cobertura do The Washington Post incluiu vários comentários que deveriam ter sido a notícia real:

… detalhes dos grandes planos nazistas para o genocídio e dominação brutal estão ausentes nas páginas.

O Post continua no relatório que Jürgen Matthäus, diretor de pesquisa aplicada no Centro do USHMM para Estudos Avançados do Holocausto, comentou, “(Rosenberg) não viu nenhuma razão para elaborar os objetivos fundamentais nazistas, já que ele os via como autoevidentes.” Matthäus continuou:

Se estamos procurando por revelações chocantes sobre a era nazista, não encontraremos elas. Seu diário frequentemente parece mudo, senão calado, sobre tópicos cruciais e eventos importantes, incluindo a perseguição aos judeus.

Finalmente, Matthäus concluiu, “Isto não é a arma fumegante. Isto não é a bala de prata.”[1]

Mas qual “arma fumegante”? Por que o Museu precisa de uma “bala de prata”? O que ou quem era o lobo que eles estavam procurando para matar? Para os desinformados, as perguntas permaneceram não respondidas. Mas para o leitor atento, as questões revelam um pouco do desapontamento e frustração dos guardiões da história “oficial”.

A Wikipédia define o termo “arma fumegante” como “basicamente uma referência a um objeto ou fato que serve como evidência conclusiva de um crime ou ato similar.” Este era um reconhecimento que a evidência conclusiva do Holocausto precisava? A percepção do público, moldada por anos de declarações de várias fontes de que o Holocausto é o crime mais bem documentado da história mundial, é claramente falsa. O professor Arno Meyer de Princeton reconheceu que “fontes para o estudo das câmaras de gás são até agora raras e não confiáveis.”

Mas como poderia um programa orquestrado para o assassinato de milhões ser conduzido sem ordens, sem planos, sem documentos, sem mesmo comentários privados? Havia não somente uma grande conspiração para exterminar os judeus da Europa, mas também uma conspiração ainda maior para encobrir o crime? Ou, como todas as conspirações, o relato do Holocausto foi construído sobre mentiras, vingança e propaganda?

Parece que a “arma fumegante” deveria ter sido a evidência conclusiva, um comentário ou pelo menos um reconhecimento de uma ordem de extermínio dos judeus por Hitler ou qualquer outro membro da liderança nacional socialista. Diferentemente do público geral, historiadores e funcionários no USHMM compreendem que não somente uma ordem está faltando, mas as correspondências privadas, diários e outros documentos deixados por aqueles líderes em nenhum momento confirmam um programa coordenado para extermínio em massa.

E o que dizer da “bala de prata” que o Museu esperava encontrar? No folclore popular, uma bala de prata é frequentemente a única arma que é eficiente contra um lobisomem ou outro monstro. Não há muita dúvida que mesmo uma evidência mínima teria sido usada como uma “bala de prata” direcionada ao coração dos negadores do Holocausto e aqueles que questionam o relato das câmaras de gás, a base sobre a qual o USHMM foi construído.

Deveríamos aceitar a lógica básica do USHMM e outros que esperam encontrar uma “arma fumegante”. Houvesse mesmo um programa para exterminar os judeus da Europa, então Alfred Rosenberg deveria tê-lo comentado em seu diário. Tivesse Rosenberg comentado um programa de extermínio em massa, o lobisomem revisionista poderia finalmente ter sido erradicado.

Relatos da imprensa se referem a Rosenberg como “um líder da elite nazista que tinha influência sobre Adolf Hitler,” um “colaborador de Hitler,” um “nazista influente”e um “confidente de Hitler.” Mas quem era Alfred Rosenberg e por que ele deveria ter conhecimento do Holocausto?

Rosenberg, que nasceu em 12 de janeiro de 1893 em Reval na Estônia, é melhor lembrado como o autor de “O Mito do Século 20” (Der Mythus des 20. Jahrhunderts), um trabalho que deu ao Nacional Socialismo uma teoria definitiva de história em função da raça. Rosenberg tornou-se um dos primeiros membros do NSDAP, tendo se juntado ao partido em 1919. Em 1921, ele assumiu o cargo de editor do jornal do partido, “O Observador Popular”.

Rosenberg assumiu muitas atividades do partido enquanto Hitler e Hess estavam presos em Landsberg em 1924. Com o tempo, ele tornou-se chefe do departamento de política externa do partido. Ele também ficou responsável por definir a política do partido em relação ao ensino médio e superior.

Rosenberg comandou uma equipe especial com a responsabilidade de coletar e guardar os tesouros artísticos dos territórios ocupados do leste europeu. Em 1941, Rosenberg assumiu a responsabilidade de estabelecer a administração civil dos territórios bálticos e da Rússia ocupados e serviu como Ministro do Reich para os Territórios Ocupados do Leste (Reichsminister für die besetzten Ostgebiete).

Após o término da guerra, Rosenberg foi arrastado para o tribunal de Nuremberg para julgamento. Quando o julgamento aliado terminou, Rosenberg foi considerado culpado dos seguintes crimes: (1) conspiração para cometer crimes em outros territórios; (2) crimes contra a paz; (3) Crimes de guerra; (4) Crimes contra a humanidade.

Parte do julgamento contra Rosenberg afirma:

Rosenberg tem uma grande responsabilidade pela formulação e execução das políticas de ocupação nos territórios ocupados do leste. Ele foi informado por Hitler em 2 de abril de 1941, de um ataque vindouro contra a União Soviética, e concordou em ajudar como “Conselheiro Político”... Em 17 de julho de 1941, Hitler apontou Rosenberg como Ministro do Reich para os Territórios Ocupados do Leste e publicamente encarregou-o da responsabilidade pela administração civil... Ele ajudou a formular as políticas da germanização, exploração, trabalho forçado, extermínio de judeus e oponentes do jugo nazista, e estabeleceu a administração que foi responsável por isso... Suas diretivas forneceram a segregação dos judeus, finalmente em guetos. Seus subordinados se envolveram no extermínio em massa de judeus, e seus administradores civis consideraram que a limpeza étnica dos territórios ocupados era necessária.

Rosenberg foi condenado à forca.

É natural que a descoberta do diário de Rosenberg, que estava desaparecido desde a época de Nuremberg, tenha excitado as pessoas que acreditam na narrativa do Holocausto. De fato, tivesse o Holocausto ocorrido da maneira como é descrito em livros, filmes e museus, o diário de Rosenberg deveria conter uma riqueza de detalhes e uma defesa filosófica das políticas que levaram ao extermínio em massa.

Mas o diário não contém tal evidência. Não há justificativas da política brutal; de fato, não há menção a uma ordem de extermínio em massa. Não há menção a câmaras de gás. Não há nenhuma sugestão de que Rosenberg estivesse ciente de tais políticas. Algumas pessoas podem argumentar que Rosenberg era esperto e propositalmente deixou de fazer comentários incriminadores em seu diário pessoal – mesmo numa época em que a vitória alemã parecia assegurada. Muitos escritores e psicólogos gostam de escrever sobre a “banalidade do mal”, assumindo que o assunto parece tão trivial que não há necessidade de mencioná-lo. E, é claro, existe a opção de que os eventos não ocorreram da forma como estão relatados em nossos livros de história.

G. M. Gilbert, que serviu como psicólogo de prisão nos julgamentos de Nuremberg, recolheu muitos dos pensamentos e comentários privados dos réus. Gilbert comentou que os réus “estavam mais do que ansiosos para expressarem-se a um psicólogo e ao único oficial americano na prisão que falava alemão.” Gilbert foi cuidadoso em nunca tomar nota em frente aos homens, mas ao invés disso gravá-los secretamente seguindo suas entrevistas particulares. Ele mais tarde reuniria suas notas e as publicaria em seu livro O Diário de Nuremberg em 1961.

Do livro de Gilbert sabemos dos primeiros pensamentos e comentários de Rosenberg após assistir aos filmes de atrocidade durante a realização do julgamento. Gilbert registrou a reação de Rosenberg às “recentes revelações” da seguinte maneira:

Certamente, é terrível – incompreensível, a coisa toda. Eu nunca sonhei que isso pudesse assumir tal proporção – não sei. – terrível!

Mais tarde, em uma das entrevistas particulares de Gilbert:

Não sei. Suponho que tenha sido ordenada por ele (Hitler). Não contemplamos a matança de ninguém no começo; posso te assegurar disso. Sempre defendi uma solução pacífica. Fiz um discurso diante de 10.000 pessoas que mais tarde foi reproduzido em papel e largamente distribuído, defendendo uma solução pacífica. – Apenas retirando os judeus de suas posições políticas influentes, isto é tudo. Tipo, ao invés de ter 90% dos médicos em Berlim sendo judeus, reduzi-los a 30%, ou algo parecido – o que teria sido uma cota liberal na época. – Não tinha nem ideia que isso poderia levar a coisas terríveis como o assassinato em massa. Apenas queríamos resolver o problema judaico de forma pacífica. Inclusive, deixamos que 50.000 judeus intelectuais atravessassem a fronteira.

Rosenberg continuou com a ideia da deportação dos judeus:

Bem, eu sabia que eles estavam sendo transportados para o Leste, e entendia que eles estavam sendo colocados em campos com sua própria administração, e eventualmente se assentariam em algum lugar no Leste. – Não sei. Não tinha ideia de que isto levaria a um extermínio em qualquer sentido literal. Só os queríamos longe da vida política alemã.

Enquanto o USHMM foi incapaz de encontrar uma “arma fumegante” que apoia a narrativa ortodoxa, os pesquisadores deveriam examinar os documentos pela evidência da verdade dos eventos destes anos. O que o diário revela sobre os programas de deportação em massa? O que ele diz sobre as epidemias que atingiram os campos de concentração? Existe evidência de que a liderança nazista combateu essas epidemias?

Espero que uma investigação honesta conduza a uma revisão correta desta época sombria em nossa história recente. E somente corrigindo o relato desta época podemos nos mover adiante para entender os eventos de nossa história moderna dos últimos 70 anos.

Nota:

[1] arma fumegante (smoking gun) é sinônimo de provas incontestáveis. Bala de prata (Silver bullet) é um termo médico usado geralmente para se referir a algum tipo de "cura milagrosa".  


Tópicos Relacionados:

“A Questão Judaica” na visão dos Nazistas


Wannsee: Não foi aqui que a Solução Final Nasceu


EUA encontram diário perdido de líder nazista e assessor de Hitler

3 comentários:

Anônimo disse...

http://www.historia.uff.br/nec/sites/default/files/Fonte_1_0.pdf

Anônimo disse...

``Nao houve holocausto`` - Ironic.

``A natureza é cruel, por isso estamos também o direito de ser cruel. Quando eu enviar a
flor da juventude alemã para o granizo aço da próxima guerra sem sentir o menor
pesar sobre o precioso sangue alemão que está sendo derramado, eu não deveria
também ter o direito de eliminar milhões de uma raça inferior que se multiplica como
vermes? ``

Quote by Titio Adolf do colo do Capeta.

Anônimo disse...

Os judeus do mundo vai sofrer uma grande catástrofe, ao mesmo tempo, como o
bolchevismo. O FŸhrer mais uma vez expressou sua determinação para limpar os
judeus na Europa sem piedade. Não deve haver nenhum sentimentalismo escrúpulos
sobre isso. Os judeus têm merecido a catástrofe que já ultrapassou-los. A sua destruição
agora vai de mãos dadas com a destruição de nossos inimigos. Temos que acelerar esse
processo com crueldade fria.

O Goebbels [ministro da Propaganda do Reich] diários, 27 de março de 1942.