Emerson Paubel
Em geral, a visão histórica da Alemanha de Weimar
como um período de criatividade democrática e o Terceiro Reich como o de
negação ditatorial é uma simplificação abusiva e deveria ser revisto,
particularmente pelo fato de que estudos recentes fornecem um quadro mais
complexo do período. Parece obvio que houve um elemento forte de continuidade
nas artes entre a República de Weimar e o Terceiro Reich, mas a natureza desta
continuidade é complexa, permeada de paradoxos e ambivalências. Havia grupos na
República de Weimar que apoiavam o sistema parlamentar democrático, mas
enfatizavam as formas e métodos tradicionais nas artes, os quais mais tarde
foram reconhecidos oficialmente pelos nazistas, e eles certamente não podem ser
considerados como simpatizantes nazistas. Havia líderes industriais e militares
cujas ideias políticas eram de extrema direita, mas que defendiam e
desenvolviam uma modernidade técnica em muitos aspectos de projetos: um aspecto
de modernidade era absolutamente essencial ao programa de rearmamento do
Terceiro Reich. Em 1937, por exemplo, uma grande exibição foi organizada em
Düsseldorf sob o título de “Uma Nação Trabalhadora”. Ela foi planejada
especificamente como um instrumento de publicidade e apoio de mobilização para
o Plano Quadrienal. Ela concentrou-se em mostrar o potencial da tecnologia
industrial moderna e muito da arquitetura e projeto era moderno tanto na
técnica quanto na forma, por exemplo, na exibição de um objeto-chave do “movimento
modernista” de design dos anos 1920: uma cadeira de balanço de aço tubular.
A partir dos anos 1960, os historiadores começaram a
olhar com mais atenção à burocracia cultural nazista e, ao invés de encontrar
evidência de controle restrito, foi descoberto o caos administrativo e
inconsistências estéticas entre as ideias propostas e os desafios artísticos
reais. Além disso, por muitos anos a maioria dos estudos das artes na Alemanha
Nazista tendeu a focar principalmente na condenação dos perpetradores ou
hagiografia[1] das vítimas, e uma fascinação com o kitsch[2], regressão,
erotismo, monumentalidade e propaganda política ostensiva que supostamente
representava a estética nazista dominante. Não foi somente nos anos 1990 que
uma onda de exames críticos intensos sobre a administração cultural e
instituições apareceu.
Por exemplo, uma vez que os acadêmicos deixaram de
lado as ideias da inferioridade das artes nazistas, foi possível considerar
onde as artes alemãs dos anos 1930 e 1940 obtiveram reconhecimento
internacional e ter um novo olhar sobre as semelhanças entre as artes “nazistas”
e as artes contemporâneas não-alemãs. O que, por exemplo, distingue a pintura “nazista”
dos trabalhos atuais de Norman Rockwell ou a arquitetura “nazista” de
estruturas neoclássicas erguidas na mesma época em Washington, D.C.? Como
podemos explicar o fato de que o ícone da arte nazista, o quadro “Os Quatro
Elementos”, pelo “mestre dos pelos pubianos” Adolf Ziegler, ganhou o Grand Prix
de 1937 da Exibição Internacional em Paris, ou que o filme Olympia de Leni Riefensthal ganhou o prêmio do Festival
Internacional de Veneza em 1938?
De fato, as percepções do pós-guerra da vida
cultural no Terceiro Reich foram altamente influenciadas por argumentos
apaixonados e constrangedores daqueles que foram levados ao exílio. Complementando
as análises de Hannah Arendt da natureza do totalitarismo, estavam os
comentários sobre a vida cultural alemã pela família Mann (a condenação de
Thomas àqueles que ficaram na Alemanha e a peça de Heinrich Mephisto que retratava as barganhas do
diretor de teatro Gustav Gründgen com Göring), a declaração de Theodor Adorno
de que nenhuma poesia poderia ser escrita após Auschwitz e a formulação
influente de Walter Benjamin de que o fascismo promoveu uma estetização da
política. As forças de ocupação aliadas também contribuíram grandemente ao
estabelecer padrões para futuros historiadores. O processo de denazificação
dividiu os alemães nas categorias de culpados e inocentes, enquanto os adidos
culturais aliados (muitos deles refugiados alemães) estavam tão convencidos da
destruição da cultura que no final da guerra, funcionários americanos,
comentando sobre a situação da música, concluíram que Hitler “conseguiu
transformar o campo exuberante
de criatividade musical em um deserto estéril,” que os músicos
mais talentosos da Alemanha haviam deixado o país e que os compositores do
Terceiro Reich produziram apenas trabalhos destinados “a ser eficientes
psicologicamente para a causa nazista.” Em resposta, a elite cultural alemã se
mexeu para se proteger – mesmo aqueles que trabalharam no Terceiro Reich – e construíram
uma “hora zero”, reforçando a imagem de uma terra totalitária devastada
culturalmente que se contrastava com a paisagem cultural florescente da nova
Alemanha.
A Sociedade de Arte Alemã (DKV - Deutsche Kunstverein)
era uma organização étnica que era mais estável e consistente em suas visões
conservadoras extremas do que o Partido Nazista ou os administradores
culturais. Desde o seu começo no início do século XX, sua fundadora e liderança
carismática Bettina Feistel-Rohdmeier, consolidou a agenta xenófoba,
antimoderna e antissemita ao alvejar os impressionistas franceses e o
Secessionista (e judeu) Max Liebermann. Apesar de todos os artistas sofrerem
com as vicitudes econômicas dos anos 1920, o DKV conseguiu exagerar o apelo dos
tradicionalistas “alemães verdadeiros” e, por meio de seu serviço de notícias
bem distribuído e alianças estratégicas com organizações étnicas poderosas (e
finalmente o partido nazista), conseguiu tornar-se uma entitade pequena, porém
formidável. Talvez, seu maior impacto tenha sido a ideia original de
Feistel-Rohdmeier em 1933 de eliminar das galerias de arte os trabalhos
modernistas, exibindo-os em uma “câmara de horrores” no sentido de educar o
público de injustiças passadas contra a arte alemã, apresentando a quantidade
de dólares usada para comprar tais trabalhos e fazendo uso delas como “gravetos
para aquecimento de prédios públicos”. Muitas exibições semelhantes de “arte
degenerada” aconteceram em muitos locais antes que a ideia fosse adotada pelo
governo nazista na famosa exposição em Munique em 1937. O DKV atingiu o máximo
da influência durante a época em que as visões nazistas da arte atingiram o
pico da ambivalência. Com facções do partido promovendo os modernistas Barlach,
Nolde, Heckel e Schmitt-Rottluff como expressionistas “nórdicos”, o DKV encontrou um aliado em Alfred Rosenberg, mas também foi castigada ao presumir
conhecer mais do que o partido. Ironicamente, quando a guerra contra o
modernismo foi finalmente vencida e os artistas modernistas foram levados à
periferia, os gritos de guerra do DKV tornaram-se redundantes, e sua promoção
de tradicionalistas provou ser muito conservadora para acomodar as direções
desejadas para a futura arte alemã.
Poderíamos tratar Ernst Barlach como um caso
interessante de uma “vítima” indisputada do Nacional Socialismo. É verdade que
o trabalho de Barlach foi alvejado pelos censores do partido nazista: uma de
suas esculturas e um livro de gravuras foram incluídos na exibição de “Arte
Degenerada”; suas memórias de guerra – controversas por muitos anos antes de
1933 – foram vítimas de campanhas vingativas por parte de funcionários do
partido nazista local; ele foi obrigado a renunciar da Academia Prussiana de
Artes; e uma publicação de 1935 de seus desenhos foi confiscada pela polícia
bávara. Porém, também é verdade que Goebbels foi um entusiasta de Barlach no
passado, que Barlach promoveu seu próprio trabalho como arte alemã verdadeira a
funcionários nazistas, que ele foi convidado para as cerimônias de abertura das
Câmaras Culturais do Reich, que ele assinou uma petição apoiando a consolidação
de Hitler no poder, que – diferentemente de outros modernistas – seus trabalhos
confiscados foram devolvidos a ele, que quando morreu em 1938 um jornal da SS
publicou um obituário respeitoso e que, finalmente, seus trabalhos foram
reeditados durante o Terceiro Reich.
Os nacional socialistas em geral, e Hitler em
particular, perseguiram uma política consistente para promover seus objetivos
estéticos, mesmo quando a evidência é nebulosa. Hitler desprezava o modernismo
e o expressionismo, mas ele não nunca tentou atingir os trabalhos
expressionistas. Ao invés disso, ele, Von Schirach (líder da Juventude
Hitlerista) e outros se esforçaram para definir o rumo da arte que tendia para
uma “modernidade comedida”, rejeitando tanto o realismo fotográfico quanto o avant-garde, promovendo o particularismo
nacional e se aproximando das ideias que prevaleciam bem antes da Primeira
Guerra Mundial e não somente na Alemanha. As semelhanças entre o gosto alemão e
as inclinações artísticas na Europa fizeram com que o historiador francês
Pierre Ayçoberry parafraseasse uma observação de 1943 de um socialista inglês, “Este
país não é uma caricatura de nossos próprios países?”
Por exemplo, uma nova visão revelada pelas pesquisas
históricas é o interesse de Hitler pela arquitetura, revelando que o ditador
estava bem mais envolvido na parte de projeto e planejamento do que Albert
Speer afirmou em suas memórias e entrevistas, tendo conhecimento e gosto sofisticados.
O internacionalismo do estilo neoclássico tipicamente classificado como “nazista”
e o entusiasmo de Hitler pelos estilos e filosofia do Bauhaus[3] (e,
consequentemente, os esforços dessa escola para consagrar-se no regime) faz com
que Hitler seja classificado como um verdadeiro “modernista” em relação aos
planos e execução das vias expressas (autobahn).
A música foi comprovadamente a mais evasiva das
artes, quando formas de supervisionar seus modos diversos e generalizados de
produção estavam além da capacidade do controle político ou policial. Mesmo
assim, os nazistas promoveram os trabalhos de compositores alemães como Johann
Sebastian Bach, Ludwig van Beethoven, Anton Bruckner e Richard Wagner, enquanto
baniam a apresentação de obras de compositores não-arianos, como Felix Mendelssohn
e Gustav Mahler. O regime também disseminou canções populares étnicas e marchas
militares para encorajar a doutrinação ideológica. No entanto, um dos mitos
duradouros sobre Hitler é sua paixão completa somente pelos trabalhos do
compositor Richard Wagner, e as supostas ligações entre os enredos das óperas
de Wagner e a política de Hitler, e a interferência deste último com assuntos
artísticos em Bayreuth. Na verdade, as afirmações da inspiração de Hitler a
partir de Wagner tiveram origem principalmente na cabeça dos intelectuais
alemães exilados (Thomas Mann, Emil Ludwig e Theodor Adorno), que Hitler era muito
mais arrebatado pelo drama altamente emotivo de Tristão e Isolda do que pelas
mensagens patrióticas de Die
Meistersinger, e que a relação íntima de Hitler com a família de Wagner e o
patrocínio do festival de Bayreuth de fato tornou-o “a única instituição
cultural no Terceiro Reich independente do controle nazista.” As atividades
amadoras em música espalharam-se além das igrejas e escolas; a Hausmusik prosperava na privacidade do
lar e a tecnologia tornou o consumo de música um assunto exclusivamente
privado, fora do alcance dos censores. Mesmo assim, as atitudes de Hitler em
relação à música eram totalmente liberais e ele procurou não impor restrições
estéticas aos compositores.
Frequentemente esquecido como entretenimento escapista
ou demonizado como manipulação de massa, o cinema popular no Terceiro Reich foi
de fato mantido por convenções genéricas bem estabelecidas, tradições
culturais, sensibilidades estéticas, práticas sociais e um altamente
desenvolvido sistema de estrelato – não muito diferente de sua contraparte de
Hollywood nos anos 1930. O uso do filme como um método de propaganda é uma
ferramenta poderosa, e foi usada eficientemente pelos nazistas. Dos filmes
claramente políticos que tinham objetivos claros até filmes sutilmente
artísticos que escondiam a mensagem atrás do entretenimento, toda a gama de
gêneros e estilos pode ser encontrada nos mais de 1.000 filmes produzidos pelo
regime nazista.
Apesar da aparente adoração de Goebbels por Hitler,
e sua concordância em relação aos ideais básicos de boa propaganda (isto é, ser
simples e repetida), o Ministro da propaganda e seu Führer tinham opiniões
variadas sobre os métodos de usar o filme como propaganda. Hitler acreditava
qie a propaganda somente era útil se o partido fosse pequeno e fraco como uma
forma de aumentar a popularidade e, portanto, o poder. No Minha Luta, por
exemplo, ele diz, “Se a propaganda impregnou um povo inteiro com uma ideia, a
organização pode determinar as consequências com um punhado de homens.”
Goebbels, por outro lado, via o uso da propaganda como algo mais abrangente. Ao
invés de apenas ganhar apoio inicial ao partido antes da tomada do poder, ela
poderia ser usada para manter entusiasmo constante para a causa nazista durante
os tempos de paz e de guerra e para aniquilar qualquer resistência ao criar uma
massa popular de cidadãos leais, que poderiam delatar dissidentes. Em “O
Triunfo da Vontade”, por exemplo, um filme que registra a reunião do partido em
1934 na cidade de Nuremberg, Goebbels afirma incisivamente, “Que a flama
brilhante de nosso entusiasmo jamais se extinga. Ela sozinha dá luz e calor
para a arte criativa da moderna propaganda política.”
O próprio Hitler estrelou o filme que exaltava sua
grandeza. “O Triunfo da Vontade”, dirigido pela cineasta Leni Riefenstahl, era
um documentário e não fez questão nenhuma de esconder sai mensagem por meio da
arte. Mesmo assim, foi uma obra criativa. As imagens mostradas neste filme são
inquestionavelmente o que pensamos da Alemanha nazista do pré-guerra
atualmente. A parada de seguidores saudando Hitler enquanto ele está em seu
carro, as reuniões em massa de pessoas gritando “Sieg Heil!” continuamente
enquanto Hitler e líderes partidários discursam, as apresentações da Frente de
Trabalho e da Juventude Hitlerista, as águias expostas de forma proeminente
para lembrar a glória da Roma Imperial e, talvez a parte mais dramática, a
passagem messiânica do avião de Hitler sobre os céus nublados de Nuremberg,
deixam o espectador hipnotizado pelo Führer e pelo Reich. Hitler é apresentado
exatamente como ele queria ser visto, e nenhum outro filme foi feito sobre ele
mais tarde.
A superioridade do corpo ariano é exemplificado no
filme Olympia, que retrata as Olimpíadas de Verão em Berlim em 1936. Como o auge da competição atlética, os Jogos
Olímpicos foram a oportunidade ideal para os nazistas finalmente apresentarem o
quão superior a raça ariana eram em comparação com as outras raças do mundo, e
num certo sentido eles conseguiram isso, já que a Alemanha ganhou mais medalhas aquele ano do que qualquer
outro país. O filme, dirigido por Riefenstahl, tem quatro horas de duração e
levou dois anos para ser concluído, sendo dividido em duas partes: o Festival
da Beleza e o Festival da Nação. Olympia é um filme longo que procura mostrar o
físico alemão como perfeição. Hitler acreditava piamente que a tribo dórica[4]
dos antigos gregos deve ter emigrado originalmente do norte germânico e é óbvio
que seu objetivo era retornar àquela suposta perfeição. Em uma ocasião, ele viu
uma nadadora atraente e disse “Que corpos esplêndidos podemos ver hoje. É
somente no nosso século que os jovens podem novamente se aproximar dos ideais
helenísticos através dos esportes.”
A retratação dos bolchevistas no filme nazista era
muito inconstante. Até antes do pacto de não-agressão com a União Soviética ser
assinado, os nazistas retratavam os bolchevistas como sub-humanos (Untermensch). Após a assinatura do
tratado, os russos eram mostrados sob uma luz mais simpática em filmes como “O
Chefe dos Correios” e “Bismarck”. Os filmes anticomunistas voltaram à moda
quando Hitler invadiu a Rússia em 1941. Por outro lado, os britânicos eram
outro inimigo/aliado que eram retratados de forma prolífica. Antes da Segunda
Guerra Mundial, os britânicos eram geralmente lembrados com respeito. Após a
Grã-Bretanha declarar guerra à Alemanha em 1939, a representação do inglês
médio mudou drasticamente. O filme antibritânico/antissemita “As Ações dos
Rothschilds em Waterloo” descrevia uma conspiração judaica e o mito da “plutocracia
britânica”. Este mito explicava que os plutocratas capitalistas malvados controlavam
a Grã-Bretanha nos bastidores, e que estes homens fracos e facilmente
controláveis eram influenciados pela judiaria internacional. O filme fala a
respeito de uma família judia com tradição bancária (os Rothschilds) que, na
mente dos nazistas, estavam controlando o mundo através das finanças
internacionais.
Um breve olhar sobre os exemplos mais infames da
produção e administração cultural nazistas pode nos deixar com a impressão que,
consistente com as concepções dos anos imediatos do pós-guerra, as artes no
Terceiro Reich eram controladas rigorosamente pelo Estado, artistas tinham que
subscrever os princípios da ideologia nazista, Hitler interferia
constantemente nas questões culturais e quaisquer produtos artísticos do
Terceiro Reich eram necessariamente deturpados e inferiores. Pesquisas recentes
desde os anos 1990 mudaram radicalmente alguns desses pontos de vista e
colocaram a cultura nazista num contexto mais apropriado. Apesar destes avanços
e as décadas de debate histórico que desmascararam os velhos paradigmas, muitas
presunções ainda se mantêm firmes nas discussões sobre arte e seus criadores. A
persistência dessas presunções especialmente nas artes pode ser explicada por
uma série de considerações: a necessidade da comunidade artística, assim como
do público em geral, de acreditar que, exceto alguns oportunistas desprezíveis,
os artistas eram seres moralmente superiores e não colaborariam com um regime
bárbaro, exceto se fossem forçados; a necessidade de criar um modelo
antinazista de vida artística e cultural que serviria como um padrão de
sofisticação desde o fim da guerra; a necessidade de um grande número de
exilados em mostrar aos países que os acolheram de que eles eram diferentes dos
nazistas e, acima de tudo, a necessidade de acreditar que nem artistas e suas
respectivas artes poderiam prosperar em uma atmosfera de crimes, racismo,
degradação, militarismo e demagogia.
Notas:
[1] Hagiografia é um tipo de biografia que consiste na descrição da vida
de algum santo, beato e servos de Deus proclamados por algumas igrejas cristãs,
sobretudo pela Igreja Católica, pela sua vida e pela prática de virtudes
heróicas.
[2] Kitsch
[quitch] é um termo de origem alemã usualmente é empregado nos estudos de estética
para designar uma categoria de objetos vulgares, baratos, de mau gosto,
sentimentais, que copiam referências da cultura erudita sem critério e sem
atingirem o nível de qualidade de seus modelos, e que se destinam ao consumo de
massa.
[3] A Staatliches-Bauhaus
foi uma escola de design, artes plásticas e arquitetura de vanguarda na Alemanha.
A Bauhaus foi uma das maiores e mais importantes expressões do que é chamado Modernismo
no design e na arquitetura, sendo a primeira escola de design do mundo.
[4] Os dóricos (ou dórios) foram uma das três principais tribos em que os antigos
gregos dividiam a si próprios, ao lado dos jônicos e eólicos. Os dóricos quase
sempre são referenciados na literatura grega antiga apenas como "os
dóricos"; a primeira menção feita a eles data da Odisseia onde eles
são encontrados como habitantes da ilha de Creta. Os dóricos se distinguiam
pelo seu dialeto dórico e por suas tradições sociais e históricas
características. No século V a.C. os dóricos e os jônicos, representados
respectivamente pelas cidades-Estado de Esparta e Atenas, eram as duas etnias mais
importantes politicamente, e o conflito entre as duas levou à Guerra do Peloponeso.
Fontes:
Heskett , John . Art
and Design in Nazi Germany. History Workshop, No. 6 (Outono, 1978), pp.
139-153.
Potter, Pamela M. The Arts in Nazi Germany: A Silent Debate.
Contemporary European History, pp.585-599.
Goodell, Sean. Cinema as Propaganda during the Third Reich.
Historia: the Alpha Rho Papers, pp. 143 – 164.
Um comentário:
"O que, por exemplo, distingue a pintura “nazista” dos trabalhos atuais de Norman Rockwell ou a arquitetura “nazista” de estruturas neoclássicas erguidas na mesma época em Washington, D.C.?"
Não dá para comparar Rockwell com a arte praticada no III Reich. Rockwell não pintava "super-homens'; suas obras tinham humor e lirismo, coisas que inexistiam na arte oficial nazista.
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