domingo, 7 de outubro de 2012

[HOL] Estória do Holocausto de Australiano classificada como Mentira

The Jewish Chronicle, 27/09/2012

Pressão está crescendo sobre um australiano para provar que sua extraordinária estória de sobrevivência do Holocausto seja verdadeira. A estória de Alex Kurzem foi contada em um livro de grande sucesso e em um documentário premiado – ambos intitulados “O Mascote” – mas foi o especial apresentado no programa 60 Minutes nos EUA em 2009 que provocou suspeitas no Dr. Barry Resnick, um professor universitário californiano que perdeu parentes no Holocausto. Uldis (Alex) Kurzem afirmava que ele presenciou o massacre de sua mãe, irmã e irmão judeus na vila bielo-russa de Koidanoy quando ele tinha cinco anos de idade em 1941. Ele também afirmava que foi mais tarde adotado por um guarda letão que ficou com pena dele, deu-lhe um novo nome (Uldis Kurzemnieks) e tornou-o seu mascote de batalhão. Vestido com emblemas da SS, ele foi filmado para o documentário de propaganda nazista como “O mais jovem nazista do Reich.”
O Mascote recebeu aclamação crítica. Mas nem todos ficaram impressionados. “Após assistir a transmissão e ler o livro, tive sérias dúvidas,” disse o Dr. Resnick. “Um historiador me disse que não havia nada de surpreendente sobre a estória de Kurzem de ser um mascote de uma unidade militar. Entretanto, quando ele alegou ser judeu e que foi encontrado pelos nazistas, então tornou-se uma estória de tremendo sucesso.”
 
Alex Kurzem como "O Mascote"

O Dr. Resnick trabalhou nos últimos três anos com a especialista em DNA, Dra. Colleen Fitzpatrick, que esteve envolvida na descoberta de duas estórias fraudulentas do Holocausto – “Sobrevivendo com Lobos” de Misha Fonseca e “Anjo na Cerca” de Herman Rosenblat.
O Sr. Kurzem, que imigrou em 1949 e vive em Melbourne, acredita que ele nasceu Ilya Galperin, o filho de Solomon Galperin, que foi feito prisioneiro em Auschwitz, mas sobreviveu, casou-se novamente e teve um outro filho, Erik. Os especialistas americanos acreditam que o único modo de provar conclusivamente isto é o Sr. Kurzem e o Sr. Galperin fazerem um teste de DNA.

Mas o Sr. Kurzem, que mantém sua estória, disse: “Eles me chamam de mentiroso, uma fraude. Você colaboraria com pessoas como estas? Se ela (Fitzpatrick) tivesse pedido de uma maneira mais educada... eu teria aceitado.” Mesmo assim, ele disse que faria o teste para “calar-lhes a boca”. “Provarei que eles estão errados,” disse ele.
 
Alex Kurzem

A estória do Sr. Kurzem está também sob investigação pela Associação de Reivindicações, confirmou o vice-presidente executivo Greg Schneider. “Nenhuma prova de fraude foi encontrada e, como tal, não seguramos nenhum pagamento,” escreveu o Sr. Schneider por e-mail.
Além disso, sobreviventes no Centro do Holocausto Judaico em Melbourne estão com dúvidas a respeito de algumas de suas afirmações. Phillip Maisel, que registrou cerca de 2.000 depoimentos, não acreditou na estória inteira quando ele entrevistou o Sr. Kurzem pela primeira vez em 1996.

Ele alegava que o massacre de Koidanov levou dois dias. “Ele foi feito em uma tarde e isto está confirmado em um livro Yizkor de Koidanov contendo cartas para parentes dos poucos que sobreviveram,” disse o Sr. Maisel.

“Eles estão me acusando e me sentenciando,” disse o Sr. Kurzem. “Estou 1 milhão por cento certo de que sou judeu. Desejava não ser quando era criança. Era uma maldição. Agora, é grande evidência,” disse ele.

Mas o Dr. Resnick acrescentou. “Mesmo que o sr. Kurzem seja judeu, ele presenciou o massacre de sua família? Ele é Ilya Galperin? Um teste de DNA é a única maneira de provar esta estória.”

http://www.thejc.com/news/world-news/83898/australian-mans-holocaust-story-labelled-a-lie%E2%80%99

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Um comentário:

Anônimo disse...

Mais um safado mentiroso!