domingo, 24 de fevereiro de 2013

[POL] Nazismo, Fascismo e Marxismo: Qual a Diferença?


 
Comunismo, fascismo e nazismo são três ideias para um sistema de governo. Países diferentes usaram estes três sistemas como suas formas de governo. Algumas pessoas pensavam que eles eram bons sistemas de governo, enquanto outras pensavam o contrário. O que havia de tão diferente em relação a estas três ideologias? O quão eram semelhantes? Por que estas ideologias foram aceitas, e depois rejeitadas, por tantas pessoas?

Para saber o que são o socialismo e o fascismo, vamos começar examinando alguns exemplos históricos de cada um. Os Estados fascistas incluíam a Alemanha de Hitler, a Itália de Mussolini, o Japão de Tojo, a Espanha de Franco, o Chile de Pinochet e, provavelmente, a Argentina de Peron. Se olharmos para cada um destes casos, observaremos algumas diferenças. Por exemplo, o fascismo hitlerista era racista, enquanto o de Mussolini não. O fascismo de Mussolini envolvia nacionalismo imperialista, enquanto que o de Franco não. O que une estes casos concretos em um grupo de sistemas semelhantes pode ser visto em uma definição comum de fascismo: “Um sistema de governo com poder extremamente centralizado, não permitindo oposição ou críticas, controlando todos os assuntos da Nação (industrial, comercial, etc.).” (American College Dictionary, New York: Random House, 1957)

Os Estados socialistas incluíam URSS, China Comunista, Suécia, Cuba, Coréia do Norte e um punhado de regimes menores na Europa Oriental, África Oriental e Sudeste da Ásia. Novamente, existe uma dificuldade em determinar que fator tinham ou têm estes Estados em comum. Assim, alguns regimes socialistas, como o da Suécia, são eleitos democraticamente, enquanto outros, como o da URSS e o da China foram resultado de revoluções populares violentas. Outros ainda foram produto de golpes militares (Cuba, Etiópia, Vietnã) ou invasão (Bloco Oriental da Europa). A peculiaridade comum para todos eles é fornecida pela definição de socialismo: “uma teoria ou sistema de organização social que defende a propriedade e controle dos meios de produção, capital, terras, etc., pela comunidade como um todo.” (American College Dictionary)

O conceito de socialismo está entre nós desde o século XIX. O significado original de socialismo era sinônimo do que chamamos coletivismo hoje: uma sociedade na qual a riqueza é igualmente distribuída e a propriedade é de uso comum. Neste tipo de socialismo, não há propriedade privada. Karl Marx escolheu este conceito de socialismo, mudou a unidade da propriedade das comunidades para cooperativa dos trabalhadores, adicionou ateísmo e chamou o resultado de comunismo. Ele então usou a palavra “socialismo” para se referir ao Socialismo de Estado, uma fase intermediária entre o capitalismo e o comunismo. Em sua forma final, significa que a comunidade (geralmente expressa como o governo da comunidade) controla todo aspecto da economia. Portanto, todas as terras, fábricas, maquinário agrícola, etc. são de propriedade coletiva ao invés de privada. Entretanto, há vários tipos de socialismo.

Socialismo Soviético

O Socialismo Soviético era baseado nas ideias de Marx. Ele era um crítico do sistema capitalista, especialmente o sistema capitalista nascido da revolução industrial, vendo-o como um sistema que explora os trabalhadores e beneficia a aristocracia.

Socialismo e comunismo eram frequentemente vistos como sendo a mesma coisa no final do século XVIII. Entretanto, Marx e Engels perceberam que o socialismo era um estágio que levava ao comunismo. Ainda existem diferenças de classes no socialismo e eles acreditavam que o comunismo seria o último estágio de uma sociedade sem diferenças de classes, liberdade para todos e sem governo. Marx também acreditava que um sistema dessa natureza, levado ao seu nível mais extremo, eliminaria as ideias de religião e Estado. Ele acreditava que os trabalhadores, através da revolução, poderiam assumir o controle da riqueza e alcançar o sonho do comunismo. A diferença básica entre socialismo e comunismo é que o primeiro defende melhoramentos sociais gradativos enquanto que o segundo defende uma revolução seguida de uma ditadura do proletariado.

Fascismo

Fascismo é algo completamente diferente. O fascismo apareceu na Itália com Benito Mussolini durante a Primeira Guerra Mundial. Ele vê tanto o capitalismo quanto o comunismo como incorretos. Enquanto o comunismo é a ideologia que em que, teoricamente, existe liberdade total para todas as pessoas e nenhum tipo de governo ou classes sociais, a ideologia do fascismo defende o controle do governo sobre a sociedade, mais especificamente sobre as corporações. Embora exista a propriedade privada dos meios de produção, é o governo quem dita as regras do modo como ela irá funcionar, ao invés das leis de mercado. O fascismo também possui uma forte componente de nacionalismo, exaltando as qualidades do povo (não raça) e patriotismo.

O Nazismo, ou Nacional Socialismo, é basicamente a versão alemã do fascismo italiano, um sistema totalitário político e social que não possui elementos do socialismo marxista – a organização da economia nazista era basicamente capitalista, apesar das demandas da economia não serem totalmente reguladas pelo mercado, e sim por um plano quadrienal governamental, nos moldes do stalinismo. Em comum com o fascismo, o poder era altamente centrado na figura do Líder (Führer), que ditava as diretrizes gerais do rumo que a sociedade deveria seguir. Em contraste com o fascismo, contudo, o nazismo tinha um elemento racial em sua ideologia, fazendo com que ele seja classificado como um fenômeno especificamente alemão.   

Socialismo Democrático

O socialismo democrático é o oposto dos sistemas totalitários, quando se leva em consideração a questão da “liberdade”. Este sistema não é baseado na ideia de Marx de revolução proletária e ditadura. Sob o socialismo democrático, os direitos humanos e a liberdade política são respeitados pelo governo. Em termos econômicos, o governo controla a economia, inclusive participando de empreendimentos ou sendo proprietário de empresas, mas permite, igualmente, a propriedade privada e os meios de produção privados, mas estes podem ser tomados (nacionalizados) caso seja do interesse público. Isto é o que acontece, por exemplo, nos países escandinavos. As altas taxas de impostos permitem que exista um acesso universal aos serviços públicos e uma pobreza quase inexistente. Este modelo, que funcionou maravilhosamente bem durante décadas, apresentou nos últimos anos desgaste devido às últimas crises econômicas mundiais e ao problema da imigração crescente de povos de regiões mais pobres da Europa e do resto do mundo para os países que adotaram este modelo.

Social Democracia

O socialismo europeu ocidental é definido como “social democracia”, que não é propriamente socialismo, mas ao invés disso, uma combinação de políticas democráticas e economia de mercado capitalista, na qual aos direitos econômicos são dados a mesma proeminência que os direitos políticos. Este sistema tem alguns casos de indústrias estatais (geralmente de infraestrutura, tal como transportes, correios, energia elétrica, etc.), mas a preferência é deixar que empresas privadas façam a maior parte do trabalho. Como a economia capitalista é mantida, isto tende a criar alguma desigualdade social, porém, isto é minimizado por políticas sociais governamentais e pela presença de sindicatos fortes.

Nazismo x Marxismo

O Marxismo, que se interessa somente por trabalho e capital, parece refazer o homem, destituindo-o de cultura ou valor pessoal e transformando-o num autômato. É mecânico e não tem qualquer simpatia pela natureza humana, qualquer coisa com valor intrínseco ou duradouro como música, literatura, moralidade, religião, educação, etc., todas elas são abastardadas e difamadas, corrompidas e destruídas. O Marxismo equivale a desenvolvimento impedido.

Diferentemente do Marxismo, o Nacional Socialismo é ligado à psique individualista do homem ocidental. O Nacional Socialismo é a síntese do nacionalismo e do socialismo, as aspirações individualistas do povo europeu branco combinadas ao interesse coletivo racial. A cidadania era regulada estritamente de acordo com princípios raciais; de fato, havia dois tipos de pessoas – cidadãos e estrangeiros – e os direitos de cidadania tinham que ser conseguidos atingindo a fase adulta e provando ser um membro produtivo da comunidade nacional (Volksgemeineschaft). O Marxismo é o oposto; é a antítese da Civilização Ocidental. Antes de mais nada, o individualismo e o coletivismo são, pela suas próprias naturezas, incompatíveis. Eles existem sob tensão; sua existência lado a lado dentro da mesma sociedade leva inevitavelmente ao conflito.

O “Socialismo”, da ideologia nacional socialista, é definido a partir da palavra “social”, significando principalmente “igualdade social”. Um socialista é alguém que serve ao bem comum sem dispensar sua individualidade ou personalidade ou o produto de sua eficiência pessoal.

O termo “socialista” não tem nada a ver com o Socialismo Marxista.  O Marxismo é anti-propriedade; o verdadeiro socialismo não é. O Marxismo não dá nenhum valor ao esforço individual da eficiência; o verdadeiro Socialismo valoriza o indivíduo e o encoraja na eficiência individual, ao mesmo tempo em que mantém seus interesses ligados àqueles da comunidade. Todas as grandes invenções, descobertas, realizações foram produtos de um cérebro individual.

Igualitarismo dentro do grupo é frequentemente um facilitador importante de uma estratégia evolutiva grupal, pois ele une a submissão de indivíduos de posição inferior. Enquanto o movimento nacional socialista manteve uma estrutura hierárquica social ocidental, as características coesivas e altruístas do nacional socialismo podem ter sido facilitadas por um significativo grau de igualitarismo. Houve tentativas reais de aumentar o status e os rendimentos econômicos dos camponeses no Serviço Agrícola da Juventude Hitlerista, e divisões de classes e barreiras sociais foram quebradas dentro do movimento da Juventude Hitlerista até certo grau, resultando que crianças de classes mais baixas e operárias fossem capazes de alcançar postos de liderança.

O conflito entre Nacional Socialismo e Marxismo vai mais longe, além das questões econômicas ou políticas. È um conflito espiritual; as duas doutrinas são completamente contrárias tanto filosoficamente quanto ideologicamente. Eles são sistemas totalmente diferentes de pensamento. Na raiz deste conflito está a eterna luta entre o Ariano e o Judeu.

O estudo do professor Kevin B. MacDonald (professor de psicologia na Universidade Estadual da Califórnia) é um exame histórico fascinante das estratégias evolutivas grupais desenvolvidas por povos diferentes adaptando-se a ambientes radicalmente diferentes; ele usa os judeus como exemplo – discute suas relações com outros povos e examina o judaísmo como um exemplo de estratégia evolutiva de grupo hiper-coletivista em contraste com a nossa tendência hiper-individualista.    

O Nacional Socialismo desenvolveu-se no contexto do conflito grupal entre judeus e não-judeus. Basicamente, o nacional socialismo objetivava o desenvolvimento de um grupo coesivo. Havia uma ênfase na imposição do comportamento abnegado e altruísmo do grupo interior combinado com hostilidade ao grupo exterior.

O professor MacDonald explica desta forma:

“A teoria eventualmente desenvolvida aqui considera três componentes, todos envolvendo fatores ambientais e culturais: (1) os judeus são biologicamente predispostos a ser superiores nos traços psicológicos conduzindo-os em direção de estruturas coletivistas sociais e etnocentrismo; (2) os judeus organizaram-se como povo durante sua estadia no Egito e utilizaram esta experiência como base para interpretar sua história e construir sua estratégia evolutiva grupal; (3) o judaísmo foi profundamente influenciado pela invenção de uma classe sacerdotal (tribal) com uma motivação poderosa para manter a integridade do grupo.”

As culturas coletivistas dão grande ênfase nos objetivos e nas necessidades internas do grupo ao invés dos direitos e interesses individuais. As normas internas e a obrigação de cooperar e suprimir objetivos individuais em relação aos coletivos são uma conquista superior. As culturas coletivistas desenvolvem uma “união inquestionável” ao grupo interno, incluindo a percepção de que as normas internas são universalmente válidas (uma forma de etnocentrismo), obediência automática às autoridades internas e o desejo de lutar e morrer pelo grupo. Estas características dão geralmente associadas com a desconfiança e má vontade de cooperar com grupos externos. Nas culturas coletivistas, a moralidade é conceituada como aquela que beneficia o grupo e a agressão e exploração de grupos externos são aceitáveis. Tais povos são inclinados a uma série de traços que os predispõem a formar estratégias evolutivas de interesses grupais: grupos consanguíneos estendidos, organização social patricentrista, casamentos endógamos, etnocentrismo, xenofobia e particularismo moral.

A Civilização Ocidental, por outro lado, é a expressão da ideia social como manifestada na mente do homem ariano, uma combinação de livre empresa, liberdade pessoal e responsabilidade individual dentro de uma rede cooperativa maior – o contrato social. A ideia social assim concebida é uma ideia puramente ariana e nenhum outro povo pode igualá-la; sua abertura, sua “ética igualitária”, entretanto, torna-a vulnerável à infiltração e destruição. Assim, para os nacional-socialistas, por séculos os arianos permitiram a entrada dos judeus, então o poder judaico cresceu – geralmente na forma de intermediários entre os dominados e os dominadores. O ariano enfurece-se e expulsa o judeu, e o círculo se repete. Em cada caso, a resposta ariana foi coletiva e guiada por uma autoridade central. Exemplos incluem o Catolicismo Corporativista no final do Império romano e a Inquisição espanhola do século XV. O surgimento do Nacional Socialismo na Alemanha foi a última manifestação deste conflito eterno entre dois sistemas de pensamento diferentes, o ariano e o judeu.                  

3 comentários:

Anônimo disse...

pura conversa fiada

Fernando disse...

Muito bom o texto. Simplificou bem a ideia geral do socialismo e do comunismo de Marx. Mas para aprofundar as ideias, é necessário ler muito. Recomendo os livros do Instituto Lukács. Tem vários que são disponibilizados de graça na internet em PDF. Mas os livros são vendidos a preço de custo. Em média 5 reais cada livro. Os principais autores, na minha opinião, são Sérgio Lessa e Ivo Tonet.

ARNALDO ARNOLDE disse...

Duas observações:
Socialismo "democrático" é uma contradição, por isso nunca existiu uma nação onde isso tenha sido adotado.
A social democracia nada tem a ver com socialismo, as sociais democracias escandinavas tiveram origem com Karl Gunnar Myrdal a partir das experiências que ele teve no EUA com as medidas do "Nes Deal", nas sociais democracias existem partidos políticos, eleição, mercado, propriedade privado, salário, e tudo o mais que existe no Liberalismo.