Comunismo,
fascismo e nazismo são três ideias para um sistema de governo. Países
diferentes usaram estes três sistemas como suas formas de governo. Algumas
pessoas pensavam que eles eram bons sistemas de governo, enquanto outras
pensavam o contrário. O que havia de tão diferente em relação a estas três
ideologias? O quão eram semelhantes? Por que estas ideologias foram aceitas, e
depois rejeitadas, por tantas pessoas?
Para
saber o que são o socialismo e o fascismo, vamos começar examinando alguns
exemplos históricos de cada um. Os Estados fascistas incluíam a Alemanha de
Hitler, a Itália de Mussolini, o Japão de Tojo, a Espanha de Franco, o Chile de
Pinochet e, provavelmente, a Argentina de Peron. Se olharmos para cada um
destes casos, observaremos algumas diferenças. Por exemplo, o fascismo
hitlerista era racista, enquanto o de Mussolini não. O fascismo de Mussolini
envolvia nacionalismo imperialista, enquanto que o de Franco não. O que une
estes casos concretos em um grupo de sistemas semelhantes pode ser visto em uma
definição comum de fascismo: “Um sistema de governo com poder extremamente
centralizado, não permitindo oposição ou críticas, controlando todos os
assuntos da Nação (industrial, comercial, etc.).” (American College
Dictionary, New York: Random House, 1957)
Os
Estados socialistas incluíam URSS, China Comunista, Suécia, Cuba, Coréia do
Norte e um punhado de regimes menores na Europa Oriental, África Oriental e
Sudeste da Ásia. Novamente, existe uma dificuldade em determinar que fator
tinham ou têm estes Estados em comum. Assim, alguns regimes socialistas, como o
da Suécia, são eleitos democraticamente, enquanto outros, como o da URSS e o da
China foram resultado de revoluções populares violentas. Outros ainda foram
produto de golpes militares (Cuba, Etiópia, Vietnã) ou invasão (Bloco Oriental
da Europa). A peculiaridade comum para todos eles é fornecida pela definição de
socialismo: “uma teoria ou sistema de organização social que defende a propriedade
e controle dos meios de produção, capital, terras, etc., pela comunidade como
um todo.” (American College Dictionary)
O
conceito de socialismo está entre nós desde o século XIX. O significado
original de socialismo era sinônimo do que chamamos coletivismo hoje: uma sociedade na qual a riqueza é igualmente
distribuída e a propriedade é de uso comum. Neste tipo de socialismo, não há
propriedade privada. Karl Marx escolheu este conceito de socialismo, mudou a
unidade da propriedade das comunidades para cooperativa dos trabalhadores,
adicionou ateísmo e chamou o resultado de comunismo. Ele então usou a palavra
“socialismo” para se referir ao Socialismo de Estado, uma fase intermediária
entre o capitalismo e o comunismo. Em sua forma final, significa que a comunidade
(geralmente expressa como o governo da comunidade) controla todo aspecto da
economia. Portanto, todas as terras, fábricas, maquinário agrícola, etc. são de
propriedade coletiva ao invés de privada. Entretanto, há vários tipos de
socialismo.
Socialismo Soviético
O
Socialismo Soviético era baseado nas ideias de Marx. Ele era um crítico do
sistema capitalista, especialmente o sistema capitalista nascido da revolução
industrial, vendo-o como um sistema que explora os trabalhadores e beneficia a
aristocracia.
Socialismo
e comunismo eram frequentemente vistos como sendo a mesma coisa no final do
século XVIII. Entretanto, Marx e Engels perceberam que o socialismo era um
estágio que levava ao comunismo. Ainda existem diferenças de classes no
socialismo e eles acreditavam que o comunismo seria o último estágio de uma
sociedade sem diferenças de classes, liberdade para todos e sem governo. Marx
também acreditava que um sistema dessa natureza, levado ao seu nível mais
extremo, eliminaria as ideias de religião e Estado. Ele acreditava que os
trabalhadores, através da revolução, poderiam assumir o controle da riqueza e
alcançar o sonho do comunismo. A diferença básica entre socialismo e comunismo
é que o primeiro defende melhoramentos sociais gradativos enquanto que o
segundo defende uma revolução seguida de uma ditadura do proletariado.
Fascismo
Fascismo
é algo completamente diferente. O fascismo apareceu na Itália com Benito
Mussolini durante a Primeira Guerra Mundial. Ele vê tanto o capitalismo quanto
o comunismo como incorretos. Enquanto o comunismo é a ideologia que em que,
teoricamente, existe liberdade total para todas as pessoas e nenhum tipo de
governo ou classes sociais, a ideologia do fascismo defende o controle do
governo sobre a sociedade, mais especificamente sobre as corporações. Embora
exista a propriedade privada dos meios de produção, é o governo quem dita as
regras do modo como ela irá funcionar, ao invés das leis de mercado. O fascismo
também possui uma forte componente de nacionalismo, exaltando as qualidades do
povo (não raça) e patriotismo.
O
Nazismo, ou Nacional Socialismo, é basicamente a versão alemã do fascismo
italiano, um sistema totalitário político e social que não possui elementos do
socialismo marxista – a organização da economia nazista era basicamente
capitalista, apesar das demandas da economia não serem totalmente reguladas
pelo mercado, e sim por um plano quadrienal governamental, nos moldes do
stalinismo. Em comum com o fascismo, o poder era altamente centrado na figura
do Líder (Führer), que ditava as diretrizes gerais do rumo que a sociedade
deveria seguir. Em contraste com o fascismo, contudo, o nazismo tinha um
elemento racial em sua ideologia, fazendo com que ele seja classificado como um
fenômeno especificamente alemão.
Socialismo Democrático
O
socialismo democrático é o oposto dos sistemas totalitários, quando se leva em
consideração a questão da “liberdade”. Este sistema não é baseado na ideia de
Marx de revolução proletária e ditadura. Sob o socialismo democrático, os
direitos humanos e a liberdade política são respeitados pelo governo. Em termos
econômicos, o governo controla a economia, inclusive participando de
empreendimentos ou sendo proprietário de empresas, mas permite, igualmente, a
propriedade privada e os meios de produção privados, mas estes podem ser
tomados (nacionalizados) caso seja do interesse público. Isto é o que acontece,
por exemplo, nos países escandinavos. As altas taxas de impostos permitem que
exista um acesso universal aos serviços públicos e uma pobreza quase
inexistente. Este modelo, que funcionou maravilhosamente bem durante décadas,
apresentou nos últimos anos desgaste devido às últimas crises econômicas
mundiais e ao problema da imigração crescente de povos de regiões mais pobres
da Europa e do resto do mundo para os países que adotaram este modelo.
Social Democracia
O
socialismo europeu ocidental é definido como “social democracia”, que não é
propriamente socialismo, mas ao invés disso, uma combinação de políticas
democráticas e economia de mercado capitalista, na qual aos direitos econômicos
são dados a mesma proeminência que os direitos políticos. Este sistema tem
alguns casos de indústrias estatais (geralmente de infraestrutura, tal como
transportes, correios, energia elétrica, etc.), mas a preferência é deixar que
empresas privadas façam a maior parte do trabalho. Como a economia capitalista
é mantida, isto tende a criar alguma desigualdade social, porém, isto é
minimizado por políticas sociais governamentais e pela presença de sindicatos
fortes.
Nazismo x Marxismo
O
Marxismo, que se interessa somente por trabalho e capital, parece refazer o
homem, destituindo-o de cultura ou valor pessoal e transformando-o num autômato.
É mecânico e não tem qualquer simpatia pela natureza humana, qualquer coisa com
valor intrínseco ou duradouro como música, literatura, moralidade, religião, educação,
etc., todas elas são abastardadas e difamadas, corrompidas e destruídas. O
Marxismo equivale a desenvolvimento impedido.
Diferentemente
do Marxismo, o Nacional Socialismo é ligado à psique individualista do homem
ocidental. O Nacional Socialismo é a síntese do nacionalismo e do socialismo,
as aspirações individualistas do povo europeu branco combinadas ao interesse
coletivo racial. A cidadania era regulada estritamente de acordo com princípios
raciais; de fato, havia dois tipos de pessoas – cidadãos e
estrangeiros – e os direitos de cidadania tinham que ser conseguidos atingindo
a fase adulta e provando ser um membro produtivo da comunidade nacional (Volksgemeineschaft). O Marxismo é o
oposto; é a antítese da Civilização Ocidental. Antes de mais nada, o
individualismo e o coletivismo são, pela suas próprias naturezas,
incompatíveis. Eles existem sob tensão; sua existência lado a lado dentro da
mesma sociedade leva inevitavelmente ao conflito.
O
“Socialismo”, da ideologia nacional socialista, é definido a partir da palavra “social”,
significando principalmente “igualdade social”. Um socialista é alguém que
serve ao bem comum sem dispensar sua individualidade ou personalidade ou o
produto de sua eficiência pessoal.
O
termo “socialista” não tem nada a ver com o Socialismo Marxista. O Marxismo é anti-propriedade; o verdadeiro
socialismo não é. O Marxismo não dá nenhum valor ao esforço individual da
eficiência; o verdadeiro Socialismo valoriza o indivíduo e o encoraja na
eficiência individual, ao mesmo tempo em que mantém seus interesses ligados
àqueles da comunidade. Todas as grandes invenções, descobertas, realizações
foram produtos de um cérebro individual.
Igualitarismo
dentro do grupo é frequentemente um facilitador importante de uma estratégia
evolutiva grupal, pois ele une a submissão de indivíduos de posição inferior.
Enquanto o movimento nacional socialista manteve uma estrutura hierárquica social
ocidental, as características coesivas e altruístas do nacional socialismo
podem ter sido facilitadas por um significativo grau de igualitarismo. Houve
tentativas reais de aumentar o status e os rendimentos econômicos dos
camponeses no Serviço Agrícola da Juventude Hitlerista, e divisões de classes e
barreiras sociais foram quebradas dentro do movimento da Juventude Hitlerista
até certo grau, resultando que crianças de classes mais baixas e operárias
fossem capazes de alcançar postos de liderança.
O
conflito entre Nacional Socialismo e Marxismo vai mais longe, além das questões
econômicas ou políticas. È um conflito espiritual; as duas doutrinas são
completamente contrárias tanto filosoficamente quanto ideologicamente. Eles são
sistemas totalmente diferentes de pensamento. Na raiz deste conflito está a
eterna luta entre o Ariano e o Judeu.
O
estudo do professor Kevin B. MacDonald (professor de psicologia na Universidade
Estadual da Califórnia) é um exame histórico fascinante das estratégias
evolutivas grupais desenvolvidas por povos diferentes adaptando-se a ambientes
radicalmente diferentes; ele usa os judeus como exemplo – discute suas relações
com outros povos e examina o judaísmo como um exemplo de estratégia evolutiva
de grupo hiper-coletivista em contraste com a nossa tendência
hiper-individualista.
O
Nacional Socialismo desenvolveu-se no contexto do conflito grupal entre judeus
e não-judeus. Basicamente, o nacional socialismo objetivava o desenvolvimento
de um grupo coesivo. Havia uma ênfase na imposição do comportamento abnegado e
altruísmo do grupo interior combinado com hostilidade ao grupo exterior.
O
professor MacDonald explica desta forma:
“A
teoria eventualmente desenvolvida aqui considera três componentes, todos
envolvendo fatores ambientais e culturais: (1) os judeus são biologicamente predispostos
a ser superiores nos traços psicológicos conduzindo-os em direção de estruturas
coletivistas sociais e etnocentrismo; (2) os judeus organizaram-se como povo
durante sua estadia no Egito e utilizaram esta experiência como base para
interpretar sua história e construir sua estratégia evolutiva grupal; (3) o
judaísmo foi profundamente influenciado pela invenção de uma classe sacerdotal
(tribal) com uma motivação poderosa para manter a integridade do grupo.”
As
culturas coletivistas dão grande ênfase nos objetivos e nas necessidades
internas do grupo ao invés dos direitos e interesses individuais. As normas
internas e a obrigação de cooperar e suprimir objetivos individuais em relação
aos coletivos são uma conquista superior. As culturas coletivistas desenvolvem
uma “união inquestionável” ao grupo interno, incluindo a percepção de que as
normas internas são universalmente válidas (uma forma de etnocentrismo), obediência
automática às autoridades internas e o desejo de lutar e morrer pelo grupo.
Estas características dão geralmente associadas com a desconfiança e má vontade
de cooperar com grupos externos. Nas culturas coletivistas, a moralidade é
conceituada como aquela que beneficia o grupo e a agressão e exploração de
grupos externos são aceitáveis. Tais povos são inclinados a uma série de traços
que os predispõem a formar estratégias evolutivas de interesses grupais: grupos
consanguíneos estendidos, organização social patricentrista, casamentos
endógamos, etnocentrismo, xenofobia e particularismo moral.
A
Civilização Ocidental, por outro lado, é a expressão da ideia social como
manifestada na mente do homem ariano, uma combinação de livre empresa,
liberdade pessoal e responsabilidade individual dentro de uma rede cooperativa
maior – o contrato social. A ideia social assim concebida é uma ideia puramente
ariana e nenhum outro povo pode igualá-la; sua abertura, sua “ética igualitária”,
entretanto, torna-a vulnerável à infiltração e destruição. Assim, para os
nacional-socialistas, por séculos os arianos permitiram a entrada dos judeus,
então o poder judaico cresceu – geralmente na forma de intermediários entre os
dominados e os dominadores. O ariano enfurece-se e expulsa o judeu, e o círculo
se repete. Em cada caso, a resposta ariana foi coletiva e guiada por uma
autoridade central. Exemplos incluem o Catolicismo Corporativista no final do
Império romano e a Inquisição espanhola do século XV. O surgimento do Nacional
Socialismo na Alemanha foi a última manifestação deste conflito eterno entre
dois sistemas de pensamento diferentes, o ariano e o judeu.
3 comentários:
pura conversa fiada
Muito bom o texto. Simplificou bem a ideia geral do socialismo e do comunismo de Marx. Mas para aprofundar as ideias, é necessário ler muito. Recomendo os livros do Instituto Lukács. Tem vários que são disponibilizados de graça na internet em PDF. Mas os livros são vendidos a preço de custo. Em média 5 reais cada livro. Os principais autores, na minha opinião, são Sérgio Lessa e Ivo Tonet.
Duas observações:
Socialismo "democrático" é uma contradição, por isso nunca existiu uma nação onde isso tenha sido adotado.
A social democracia nada tem a ver com socialismo, as sociais democracias escandinavas tiveram origem com Karl Gunnar Myrdal a partir das experiências que ele teve no EUA com as medidas do "Nes Deal", nas sociais democracias existem partidos políticos, eleição, mercado, propriedade privado, salário, e tudo o mais que existe no Liberalismo.
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