domingo, 18 de agosto de 2013

A Guerra Cultural torna-se Global

Patrick Buchanan, 13/08/2013

 
A guerra cultural tornou-se global.

E as divisões não são somente entre as nações, mas dentro delas também.

“De repente, a homossexualidade é contra a lei,” lamentou Jay Leno. “Quero dizer, isto parece com a Alemanha. Vamos prender os judeus. Vamos prender os gays... Quero dizer, a coisa toda começa com aquilo.”

Leno estava falando da Rússia de Vladimir Putin. Obama concordou impulsivamente: “Não tenho paciência com países que tratam gays ou lésbicas... de modo a intimidá-los ou maltratá-los... Ninguém fica mais ofendido do que eu com a legislação antigay e lésbica que estamos vendo na Rússia.”

Leno e Obama estavam se referindo à nova lei russa proibindo “propaganda homossexual”. Moscou está também alertando os estrangeiros, incluindo os visitantes dos Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi que propagar direitos gays pode levá-los a duas semanas de detenção. Beijos públicos não são permitidos.

“Medieval”, uivou o The Washington Post. “A guerra do Sr. Putin” contra os gays e lésbicas é “parte e parcela de seu lapso rumo à xenofobia, chauvinismo religioso e intolerância geral.”

O New York Times de segunda-feira tem uma reportagem de página frontal – “Gays na Rússia estão fora do Paraíso, apesar do apoio do Ocidente” – trazendo fotos de manifestantes cercados pela polícia.

Nossas elites morais e culturais colocaram Putin em alerta: ande ao nosso lado em relação aos direitos gays ou boicotaremos seus jogos de Sochi.

O que isto revela é a distância que a América percorreu, moral e culturalmente, em poucos anos, e nossa amnésia sobre quem os americanos uma vez foram, e no que nós acreditamos uma vez.

Somente ontem, a sodomia homossexual, que Thomas Jefferson disse que deveria ser tratada como estupro, foi colocada fora da lei em muitos estados e o casamento de mesmo sexo era lembrado como um absurdo.

Será que a América na qual crescemos era realmente como a Alemanha Nazista?

Nas escolas católicas este autor estudou, a pornografia – e muito menos a propaganda homossexual – era motivo de expulsão.

Isto se parece com a Kristallnacht?

Como o padre Regis Scanlon escreve na Revista Crise, em 2005, o Papa Bento XVI reiterou a doutrina católica de que a homossexualidade é uma “forte tendência direcionada a um mal moral intrínseco,” uma “desordem objetiva.” Que os atos homossexuais são antinaturais e imorais conforme o ensinamento católico.

Assim, se procurarmos construir uma Boa Sociedade através dos padrões tradicionais católicos e cristãos, por que a propaganda homossexual não deva ser tratada da mesma forma como a propaganda racista e antissemita?

Não podemos nem mais chegar a um acordo no que é bom e mal.

Quando o Papa Francisco disse, “Quem sou eu para julgar?” ele estava dizendo que uma orientação sexual é algo sobre a qual um indivíduo pode não ter nenhum controle, datando do nascimento ou infância. Assim, os homossexuais não devem ser condenados, mas trazidos para a comunidade.

Quanto à propaganda homossexual e as manifestações, isto é outro assunto. Qual, alguém pode se perguntar, é a visão daqueles cristãos evangélicos que mantém o Partido Republicano sobre a propaganda homossexual em praça pública? Eles concordam com o Post? Ou eles concordam com Putin?

Quando o regime socialista de Fraçois Hollande criou uma lei autorizando o casamento de mesmo sexo, um milhão de franceses marcharam em protesto em Paris. A América está do lado de Hollande ou do lado dos manifestantes?

Quando judeus ultraortodoxos de Jerusalém denunciam a parada anual do orgulho gay na Cidade Santa, em qual lado a América está?

O Post lamenta pelas “jovens da perseguida banda de rock Pussy Riot,” que se envolveram em atos obscenos seminus no altar da catedral mais sagrada de Moscou.

Tivessem essas mulheres pichado suásticas no Museu do Holocausto em Washington, D.C., teria o Post sido tão simpático com elas?

Putin sugeriu que as damas tentassem fazer isso em Meca.

Em nossas últimas guerras do Oriente Médio, a América lutou pela democracia secular. Mesmo assim, os cristãos sofreram terrivelmente, com o assassinato de padres, queima de igrejas, terrorismo e luta indiscriminada.

De acordo com a LifeSiteNews, Putin, encontrando-se com líderes cristãos ortodoxos, pediu ao mundo que se una para combater estas perseguições violentas.

Especialmente no Oriente Médio e na África do Norte... os direitos das minorias religiosas estão sendo infringidos, especialmente dos cristãos e dos cristãos ortodoxos... Este problema de pressão deveria ser objeto de atenção de toda a comunidade internacional.

Ao pedir que a América e o Ocidente se unam à Rússia para salvar os cristãos da Síria, o Patriarca Ortodoxo Kirill disse que sua expulsão da Síria seria uma “catástrofe” para a civilização.

Por acaso Obama chegou a falar de uma ação internacional para salvar os cristãos? O New York Times exibiu uma fração da preocupação com os cristãos perseguidos em suas exibições diárias para os atormentados homossexuais?

O que o Post quis dizer com “chauvinismo religioso”? Putin está tentando restabelecer a Igreja Ortodoxa como o norte moral da nação, como ela tem sido nos últimos 1.000 anos antes da Rússia se tornar refém da ideologia ateísta e pagã do Marxismo.

“A adoção do cristianismo,” declarou Putin, “tornou-se um ponto de inflexão no destino de nossa pátria, nos tornou uma parte inseparável da civilização cristã e ajudou a torná-la uma das maiores potências mundiais.”

Alguém ouviu algo parecido do Post, do Times ou de Barack Hussein Obama?


Tópicos Relacionados:

As Origens do “Politicamente Correto”


Cientista fala da natureza dos Gays


A Agenda Homossexual

Nenhum comentário: