terça-feira, 5 de maio de 2015

[POL] O Fascismo de Mussolini

Thomas Meakin

History Review Issue 59 December 2007


O assassinato de Benito Mussolini em 28 de abril de 1945 marcou o fim do regime de 26 anos do Fascismo italiano. Il Duce foi elevado ao auge da máxima popularidade desde os dias do Risorgimento[1] e Giuseppe Garibaldi, mesmo assim o destino do ditador na pequena vila de Giulino di Mezzegra representou uma morte infame para o “deus Sol” italiano.

O sucesso do movimento fascista pode ser atribuído à sua habilidade fundamental em evoluir em resposta à opinião pública italiana. Mussolini era adaptável em sua continuação da longa prática da política do transformismo. Entretanto, ele diferia de seus predecessores liberais em seu foco político. A política italiana não era mais somente restrita à elite conservadora e aos latifundiários, de modo que o regime fascista teve que consolidar sua posição através da propaganda direcionada para as massas populares. Assim, o fascismo italiano representou uma série de fachadas, mascarando as inadequações políticas, econômicas, sociais e militares que marcaram a ditadura desde o seu nascimento em 1919 e finalmente garantiu seu final.

Chegando ao Poder

Talvez o exemplo mais notável da tática reacionária adotada por Mussolini e pelo Fascismo italiano pode ser vista em sua transição através do espectro político entre março de 1919 e outubro de 1922. A falta de uma ideologia política definitiva permitiu à organização fascista adaptar-se ao clima político italiano continuamente variável que existia após a Primeira Guerra Mundial. O Fascio di Combattimento, ou Grupo de Combate, que foi estabelecido em Milão não representava um partido político, mas somente um movimento de revolucionários de ocasião que estavam insatisfeitos com o status quo. Este bando florescente de militantes, cujo corpo constituinte principal era composto dos recentemente desmobilizados Arditi, expressava ideais sociais radicais e acreditava que eles ocupariam a extrema esquerda da política italiana. A publicação de Mussolini Il Popolo d´Italia permitiu ao grupo nacional-socialista-radical expressar sua opinião para as massas. Entretanto, nas eleições de 1919, os fascistas tiveram um desempenho pífio, ganhando somente 2% dos votos em Milão, e Mussolini começou a buscar meios alternativos para ganhar suporte e influência política.

Revoltas e violência socialistas em setembro de 1920 deram aos fascistas uma oportunidade ideal para mostrar sua vitalidade e dinamismo, e seus ataques aos trabalhadores socialistas atraíram empresários conservadores. Em uma guinada política verdadeiramente importante em sua carreira, Mussolini percebeu que o poder só poderia ser alcançado apelando-se ao medo italiano do socialismo. Ele adotou pontos de vista gradativamente à direita, combatendo tanto o anticlericalismo e o republicanismo em setembro de 1921, e começou a isolar a minoria do Fascismo dos membros socialistas, enquanto que líderes locais, ou Ras, como Italo Balbo, Roberto Farinacci e Dino Grandi, estabeleciam controle dentro das áreas rurais do norte e centro da Itália.

O movimento fascista em expansão começou a atrair todas as camadas da sociedade, muitas das quais haviam sofrido nas mãos da militante federterra[2] socialista ou aqueles cuja prosperidade econômica foi prejudicada devido a imposições colocadas sobre eles pelos conselhos socialistas. O fascismo antissocialista criou genuinamente um movimento popular de massa, transformando o prospecto político de Mussolini no processo. O volte-vace[3] ideológico que foi assumido pelo Partido Fascista a partir de 1919 representava o desejo pelo sacrifício, e de fato uma ausência de, valores e crenças centrais em um esforço para alcançar o poder.

Em 1921, o uso fascista do squadrismo[4] dividiu o poder socialista em muitas áreas da Itália setentrional, ganhando enorme apoio do público italiano. Diante de uma entidade política desconhecida e instável, os políticos liberais, tais como Giovanni Giolitti, tantaram absorver o Partido Fascista em uma coalizão governamental de acordo com a política do transformismo[5]. Contudo, fortalecido pelo sucesso eleitoral de maio de 1921, no qual os fascistas ganharam 35 assentos no Parlamento, Mussolini se recusou a entrar na instituição a menos que ele fosse apontado Primeiro Ministro. Cercado pelas ameaças da violência fascista e a possibilidade de guerra civil, o Rei Victor Emmanuel II convidou Mussolini a formar um governo em 29 de outubro de 1922. Não obstante a ameaça de violência fascista, apesar de talvez ser genuína, não era certamente realista. Um Congresso Fascista foi realizado em 24 de outubro em Nápoles, onde Mussolini e os quatro Quadrumvirs[6], Balbo, Emilio de Bono, Cesare de Vecchi e Michele Bianchi, se encontraram para discutir a grande jogada que garantiria o poder aos fascistas. Em forte contraste com a pretendida “gloriosa Marcha sobre Roma”, apenas 10.000 dos 50.000 squadristi fascistas propostos apareceram nos locais designados. Confrontado com tamanha derrota, Mussolini organizou uma rota de fuga para a Suíça no caso de uma falha, um fato que demonstra o nível de confiança dos fascistas no movimento. Apesar disso, às duas horas da manhã de 29 de outubro de 1922, Mussolini recebeu um telegrama do Rei Victor Emmanuel II exigindo sua presença. Somente neste momento Mussolini surgiu da segurança relativa no lado norte do país.

Em sua chegada ao palácio real, ele cumprimentou o rei explicando, “Vim direto da batalha, que, felizmente, foi ganha sem banho de sangue.” Em 30 de outubro de 1922, 50.000 camisas-negras desfilaram ao lado das forças armadas regulares em frente de seu líder e do rei. A “Marcha sobre Roma” real, que ficou na história fascista como a revolução heroica através da qual eles tomaram o poder, foi somente completada após a indicação de Mussolini como Primeiro Ministro.

A Economia Italiana

Ao chegar ao poder em 1922, Mussolini herdou uma Itália economicamente pobre e dividida. Logo após Mussolini conseguiu consolidar seu poder e instigar um sistema econômico autárquico[7] que forneceria uma base para futura expansão militar. Para este objetivo, uma série de estratégias econômicas foi adotada para aumentar a prosperidade da nação italiana, enquanto ganhava apoio e respeito do exterior[8].     

A Batalha pela Lira foi criada para fortalecer o valor da lira, de 150 liras por libra esterlina em 1927 para 90, e reduzir o impacto da inflação contínua que estava dificultando o crescimento econômico. Mas o orgulho econômico na moeda era também um fator. Apesar do ressurgimento artificial da lira ter demonstrado a autoridade do regime e aumentado o prestígio internacional, as ramificações econômicas da política foram mal calculadas. O preço dos produtos italianos no exterior aumentou exponencialmente, assim dificultando as exportações e causando deflação posterior da moeda à medida que os mercados internacionais tiveram que compensar. Os padrões de vida para os italianos foram reduzidos, seguido por um corte de 20% nos salários imposto em 1932, aumentando a pobreza entre a população setentrional. Embora ostensivamente os ganhos imediatos da propaganda da Batalha da Lira tenham sido altos, à política faltava visão do futuro e acabou atrapalhando a indústria italiana.

Em um esforço para adaptar a economia italiana às necessidades de uma guerra futura, o Partido Fascista tentou reduzir a dependência italiana com os produtos importados. A Batalha do Grão, lançada em 1925, impôs altas tarifas sobre cereais estrangeiros, enquanto que o governo subsidiava a compra de maquinário e fertilizantes. Na década, a partir de 1925 as importações de trigo caíram 75%, e em 1940 o país quase alcançou a completa autossuficiência em cereais. Entretanto, estes ganhos econômicos vieram a um alto custo, já que as exportações caíram e a importação de fertilizantes falhou em manter o ritmo. A propaganda e os benefícios agrícolas da Batalha dos Grãos foram logo ultrapassados por um declínio na qualidade da dieta do italiano, e uma subsequente queda no nível de vida, especialmente no sul mais pobre.

A Terceira das batalhas econômicas de Mussolini foi a Batalha dos Pântanos, criada para aumentar a disponibilidade de terra agriculturável, demonstrar o dinamismo fascista e gerar emprego. O esquema foi introduzido em 1923. Trechos enormes de terras pantanosas anteriormente inabitáveis e transmissores de malária, tais como os Pântanos Pontine, foram drenados, enquanto que as novas cidades criadas de Aprilla, Latina e Sabaudia ganharam o louvor internacional do regime. “A recuperação de terras fascista não é somente uma defesa contra a malária,” proclamou um panfleto fascista de 1938, “é a nova função do Estado.” Na realidade, contudo, o projeto teve somente sucesso parcial. Somente 80.000 hectares foram recuperados, nem um sexto da área da Itália, como o governo insistia.

No total, a intervenção fascista na economia resultou em alguns ganhos, incluindo uma queda geral nos níveis de desemprego para somente 12.000 em 1938. Porém, as vitórias da propaganda não refletiam a situação econômica precária trazida pelas incursões burras, não planejadas e desorganizadas na economia a partir de 1925.

As Mulheres Italianas

A política social sob o Partido Fascista foi criada para alimentar uma nação militarista forte, que forneceria os recursos humanos necessários para ajudar a Itália a alcançar seu destino imperial tão sonhado. Mussolini insistiu que “lugar de mulher, tanto no presente quanto no passado, é no lar,” uma visão que foi responsável por sua campanha em reduzir o número de mulheres na força de trabalho e aumentar a população total. Em 1933, o Estado impôs restrições de cota em empresas públicas, alegando que as mulheres deveriam constituir menos de um décimo da força de trabalho; mais tarde, em 1938, este limite foi estendido para todas as companhias registradas italianas. A mulher ideal fascista deveria ser relativamente obesa e madura, diferentemente da imagem contemporânea de beleza criada por Hollywood nos anos 1930. De fato, o historiador ítalo-americano Gaetano Salvemini descreveu a campanha fascista para obrigar um papel “tradicional” para as mulheres como “A Batalha pela Obesidade”. Contudo, na realidade, o regime fascista teve que aceitar a posição das mulheres na força de trabalho como uma necessidade cultural e econômica. Apesar da percentagem de mulheres na força de trabalho total tenha caído entre 1921 e 1936, a percentagem de mulheres empregadas na indústria na realidade aumentou, de 23,6% para 24,1%.

A Batalha pelos Nascimentos objetivava aumentar a população da Itália para 60 milhões em 1950. As campanhas publicitárias, melhor saúde pública, prêmios financeiros e cerimoniais foram criados para estimular o povo italiano a ter mais filhos. Seguindo um período inicialmente sem sucesso, legislação draconiana foi aprovada no sentido de aumentar a pressão sobre as famílias para gerar bebês. Em 1931, o Código Penal Italiano incluiu “crimes contra a inteireza e saúde da raça” que vitimou sobretudo os solteiros. Mesmo assim, as taxas de nascimento continuaram a cair, e apesar de a população ter crescido para 45 milhões em 1940, em 1950 os níveis populacionais eram 12,5 milhões abaixo do objetivo fascista. Parece que as políticas fascistas em relação às mulheres foram um fracasso total.

Educação

No sentido de consolidar a posição do fascismo, Mussolini estimulou um programa de doutrinação através da educação e organizações juvenis. Imagens de Mussolini eram fornecidas a todas as salas de aula italianas, enquanto que estudantes recitavam o Juramento Fascista duas vezes ao dia, repetindo a frase “Acredito no gênio de Mussolini e em nosso Santo Pai Fascismo”. Em 1928, um livro escolar aprovado pelo governo foi introduzido em todas as escolas, com aulas em treinamento militar e cultura fascista com início em 1938. A partir de 1925, leis do emprego foram aprovadas que permitiam ao regime controlar professores e outros trabalhadores educacionais. O juramento obrigatório de lealdade, além do uso do uniforme fascista, foi introduzido em 1931, assim consolidando o fascismo na sociedade italiana.

Com exceção da educação, as organizações juvenis foram o método mais bem sucedido de inculcar os valores fascistas nas crianças italianas. A Opera Nazionale Balilla (ONB) consistia de numerosos subgrupos e esportes organizados, atividades físicas e militares para crianças entre 6 e 18 anos. Em 1929, cerca de 60% da juventude setentrional era membro, apesar de a proporção ser consideravelmente menor no sul. Contudo, é quase certo que muitas atividades realizadas pela ONB permitiram às crianças oportunidades que, de outro modo, não teriam sido possíveis, a introdução da participação compulsória em 1935 catalisou o desenvolvimento de um clima de ressentimento e desilusão em torno das organizações juvenis fascistas. Além disso, o impacto ideológico de tais grupos é difícil de avaliar dado o predomínio de movimentos juvenis de oposição, como os Escoteiros Católicos. A rapidez na qual o apoio ao fascismo desapareceu em seguida à deposição de Mussolini em 1943 é claramente relevante aqui.

O estabelecimento da Opera Nazionale Dopolavoro (OND) em 1925, ilustra as aspirações totalitárias do regime. A OND fornecia  instalações de lazer e assist~encia financeira àqueles membros do público italiano que estavam em situação precária. As férias subsidiadas e excursões oferecidas demonstravam um golpe sem paralelos de propaganda nacional e internacional para o Partido Fascista. Entretanto, apesar do sucesso inicial, mostrado pela associação impressionante de 3,8 milhões de pessoas em 1939, os ganhos feitos não foram consolidados eficientemente. Como John Whittam diz, a OND era “tão popular precisamente porque ela permitiu que milhões de italianos aproveitassem os recursos sem a obrigação de qualquer comprometimento com as práticas e ideais do Fascismo.”

Política Externa e Guerra

Mussolini havia determinado seus objetivos de política externa logo no início do poder: ele desejava aumentar a influência italiana nos Bálcãs, Mediterrâneo e África Ocidental, além de alcançar uma posição internacional comparável à da Grã-Bretanha e França. Os anos iniciais de seu regime podem ser lembrados como um sucesso; ele começou a estabelecer a Itália como uma grande nação, enquanto tentava estender a influência dela na Albânia por meio de governantes fantoches, como Ahmed Zog. Entretanto, à medida que as relações europeias deterioraram nos anos precedentes à Segunda Guerra Mundial, a posição do Fascismo italiano começou a aparecer gradativamente insustentável em um clima internacionalmente hostil. Uma série de erros diplomáticos, incluindo o impacto negativo político e humanitário da guerra com a Abissínia e sua falha em julgar corretamente a resposta franco-britânica à sua postura imperial, serviu no final para lançar Mussolini numa aliança com Adolf Hitler e conflito futuro.

Durante o período fascista, as forças armadas italianas foram glorificadas e reverenciadas, mas a realidade foi bem diferente. Com a possibilidade de guerra em 1939, os recursos militares italianos eram severamente faltantes: 35 das 80 divisões do exército estavam equipadas com fuzis de 1891; o exército tinha somente 1.500 tanques e eles tinham combustível para somente 5 meses; e o caça italiano Fiat CR42 era comparativamente obsoleto e tecnologicamente inferior a outras aeronaves. Quando o Chefe de Estafe do Exército Graziani reclamou em maio de 1940 que havia somente 1,3 milhão de fuzis, muitos sem baionetas, apesar da ostentação de Mussolini de 8 milhões, o Duce lhe disse para não se preocupar já que o exército servia apenas para espetáculo. A lastimável situação dos militares italianos, quando comparada a nações europeias similares, era uma consequência direta de uma total falta de investimentos pelo regime fascista. Mussolini preferia manter uma pequena, mas bem treinada, força para impressionar dirigentes estrangeiros, tal como Hitler durante sua visita de maio de 1938, ao invés de apoiar uma força grande e cara.

A Igreja

Os Pactos Lateranenses de 1929 encerraram a disputa de 70 anos entre a Igreja e o Estado e, aos olhos de muitos italianos, representa o maior feito de Mussolini e do Partido Fascista. Sob os Pactos Lateranenses, a Igreja obtinha total soberania sobre a cidade do Vaticano, além de receber poderes limitados em assuntos do governo, enquanto o Papa Pio XI reconhecia o Estado italiano como uma entidade legítima.

A importância dos Pactos Lateranenses tanto para a longevidade do regime quanto para o nível de apoio que ele recebeu em casa e no exterior não deve ser subestimado. Mussolini foi saudado como o restaurador do poder da autoridade terrena para Il Papa. Mesmo assim, apesar de a ferida entre a Igreja e o Estado ter sido aparentemente cicatrizada, a aliança não duraria. A radicalização crescente do Partido Fascista trouxe uma condenação áspera por parte do Vaticano, como mostrado no conflito entre os grupos juvenis rivais Ação Católica e a ONB. À medida que a situação social e econômica dentro da Itália deteriorava no final dos anos 1930, críticas abertas da Igreja tornaram-se mais comuns, com o Papa emitindo a encíclica Non Abbaiamoso Biscogno e outros materiais inflamatórios no jornal do Vaticano L´Obsservatore Romano. Quando a sociedade italiana mergulhou no caos, a Igreja onipresente cresceu em uma força formidável de oposição que danificaria irremediavelmente a reputação do Partido fascista e de Mussolini dentro da Itália.

Conclusão

O fascismo italiano indubitavelmente teve um número de sucessos isolados, que até hoje permanecem como um feito impressionante. De 1922 até o início dos anos 1940, o Partido Fascista, e especificamente a liderança de Benito Mussolini, facilitou o desenvolvimento de uma nação italiana mais unificada do que em qualquer outro tempo em sua história. Mussolini conseguiu, até certo ponto, reparar as desigualdades e disparidades que atrapalharam a política italiana desde 1870. Contudo, cada vez mais, o Estado Fascista falhou em resolver uma grande agenda de assuntos, desde a parte social até a militar. Políticas e iniciativas foram colocadas no assunto do dia apenas para estarem lá, na esperança de atingir o objetivo de Mussolini de tornar a Itália grande, respeitada e temida. A legislação e negociação eram continuamente negligenciados provocando a perda de suas potencialidades, e quaisquer vitórias menores serem desperdiçadas.

A popularidade dos fascistas pode ser atribuída à sua implantação percebida de numerosas políticas revolucionárias sociais e econômicas que aparentemente sinalizavam para a aurora de uma nova era para a Itália. Contudo, a percepção pública do regime era muito longe da realidade, e, neste caso, o fascismo italiano representou um caso claro de “estilo sobre a substância”. Finalmente, a tentativa de Mussolini de garantir sua posição dentro da Itália e Europa através somente da propaganda conduziu à desintegração da nação italiana com o início da Segunda Guerra Mundial e a morte eventual do fascismo italiano.

            
Notas:

[1] O Risorgimento (em português: Ressurgimento) é o movimento na história italiana que buscou entre 1815 e 1870 unificar o país, que era uma coleção de pequenos Estados submetidos a potências estrangeiras. Na primeira fase do Risorgimento (1848-1849), desenvolveram-se vários movimentos revolucionários e uma guerra nacionalista contra o Império Austríaco, mas concluiu-se sem modificação do statu quo. A segunda fase, em 1859-1860, prosseguiu no processo de unificação e concluiu com a declaração da existência de um Reino de Itália. Completou-se com a anexação de Roma, antes a capital dos Estados Pontifícios, em 20 de setembro de 1870.

[2] Uma espécie de MST italiano, criado em 1901.

[3] Volte-vace é uma mudança total de posição, tanto em política quanto em opinião.

[4] Esquadrões é o termo usado para descrever um fenômeno característico do início do fascismo italiano, que consiste na prática da luta política dos esquadrões fascistas de ação entre 1919 e 1924.

[5] Transformismo se refere ao método de criar uma coalizão de governo centrista flexível que isolou tanto da extrema esquerda quanto da direita na política italiana após a unificação (1871), mas que ocorreu antes da ascensão de Benito Mussolini e do Fascismo. Um dos políticos mais bem sucedidos foi Giovanni Giolitti, que tornou-se Primeiro Ministro em cinco ocasiões diferentes ao longo de mais de 20 anos. Sob sua influência, os liberais não se desenvolveram como um partido estruturado. Eles eram, ao invés disso, uma série de grupos informais sem vínculos partidários. Entretanto, o transformismo ficou associado à corrupção. Ele foi visto como sacrificando os princípios e políticas para ganhos de curto prazo. O sistema do transformismo teve pouco apoio e parece ter criado uma lacuna enorme entre a Itália “legal” (parlamentar e política) e a Itália “real”, onde os políticos tornaram-se cada vez mais isolados.  

[6] Na Roma antiga, quadrumvirus era um cargo eletivo designado a quatro cidadãos tendo poder de polícia e legal. No início do Fascismo italiano, era um grupo de quatro líderes que lideraram a Marcha sobre Roma de Mussolini em outubro de 1922.

[7] Autarquia é a qualidade de ser autossuficiente. Geralmente, o termo é aplicado a Estados políticos ou seus sistemas econômicos. A Autarquia existe sempre que uma entidade pode sobreviver ou continuar suas atividades sem ajuda externa ou comércio internacional. Se uma economia autossuficiente também se recusa a ter comércio com o mundo exterior então ela é chamada de economia fechada. A Autarquia não é necessariamente um fenômeno econômico; por exemplo, uma autarquia militar seria um Estado que poderia defender-se sem ajuda de outro país, ou poderia fabricar todas as suas armas sem quaisquer importações do mundo exterior. A Autarquia pode ser considerada ser a política de um Estado ou outra entidade quando ele busca ser autossuficiente como um todo, mas também pode ser limitado a um campo restrito tal como a posse de uma matéria-prima essencial. Por exemplo, muitos países têm uma política de autarquia em relação a alimentos e água por motivos de segurança nacional.

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3 comentários:

Anônimo disse...

E como se a pilhagem, os estupros coletivos, a destruição indiscriminada, os fuzilamentos sumários, as expropriações territoriais nacionais não bastassem, quiseram exterminar o povo alemão. E pela "canção" abaixo, parece que o sonho ainda existe:

https://www.youtube.com/watch?v=tWA9CroNIQQ

O judeu Abba Kovner e sua facção terrorista Nakam planejavam o genocídio de 6 milhões de alemães civis e indefesos no pós-Segunda Guerra Mundial. Agiam usando uniformes britânicos e mentiam dizendo que estavam em missão militar. Mas parece que Deus não estava no lado judeu, pois que Kovner foi preso a bordo de um destróier britânico com veneno suficiente para matar os habitantes de quatro grandes cidades alemãs (e não europeias como cita postador do vídeo) através de suas fontes de água. São elas: Hamburgo, Frankfurt, Munique e Nuremberg. Curiosamente depois de apenas um ano sob custódia, o terrorista genocida Kovner foi discretamente solto e deixado aos cuidados de judeus em Israel. Nenhum deles nunca foi punido, nem Israel.

Até música homenageando o macabro intento os judeus têm https://www.youtube.com/watch?v=ugx-2tZgVJs que termina com ameaças:

"E eles trabalharam para construir um Estado judeu
Com cidades judaicas e fazendas judeus,
E armas judaicos e armas nucleares!
Agora, pode vingança colocar na prateleira
Ser retirado mais tarde em outra pessoa?
Bem, tenha cuidado como você lê este conto
Para que o seu próprio prejuízo prevalecer
Para olhar ao redor do mundo de hoje
E considerar o papel que desempenha a vingança
Para a história tem suas dívidas não pagas
E é melhor se esquecer?
Seis milhões de alemães!
Você pode dizer que foi um absurdo
Seis milhões de alemães!
Mas o que acontece com um sonho adiado?
Seis milhões de alemães!
E como eles poderiam apenas começar de novo?
Seis milhões de alemães!
Eles queriam uma coisa: Nakam! Vingança!"

Lema do Mossad: "Por meio da fraude, farás a guerra". Isso mostra que tipo de "moral" alimenta estas criaturas. Como pode um governo ou país usar um lema tão nojento e satânico e ninguém diz nada? Imagine se o Irã tem isso escrito em alguma repartição governamental.
https://apologiajudaica.files.wordpress.com/2011/03/5e811-israel_mossad_false_flag.jpg

ALFREDO PIACENTINI. DECALIA ASSET MANAGEMENT. disse...
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