Acusações
de que Rudolf Hess foi supostamente morto sob ordens dos britânicos para
impedir-lhe de revelar segredos de guerra foram colocadas em um relatório
policial que somente apareceu após 25 anos.
De
acordo com os documentos, um médico militar, que trabalhava na prisão de
Spandau e tratou o ex-líder do Partido Nazista, forneceu à Scotland Yard os
nomes de dois agentes britânicos que eram os suspeitos do assassinato, mas a
organização foi aconselhada a interromper a investigação.
O
relatório do Detetive-chefe Howard Jones, que agora foi liberado graças ao Ato
de Liberdade de Informação, fornece detalhes da investigação das acusações de
Hugh Thomas.
Ele
foi escrito dois anos após a morte de Hess em 1987 após a organização ser
convocada devido à afirmação do Sr. Thomas, qual seja, de que o homem enviado
pelos nazistas em 1941 não era Hess, mas um impostor.
As
autoridades aliadas disseram que Hess enforcou-se com um cabo elétrico em sua
cela em Spandau em 17 de agosto de 1987, aos 93 anos de idade.
Mas
o Sr. Thomas disse que o Hess verdadeiro foi de fato morto por dois agentes britânicos
disfarçados com uniformes americanos no meio de uma especulação de que ele
estava para ser libertado após a concordância da União Soviética.
O
relatório cita como o Sr. Thomas “concedeu confidencialmente” os nomes de dois possíveis
suspeitos que ele havia recebido de um antigo membro do SAS.
O
Sr. Jones escreveu: “(O Sr. Thomas) recebeu informação de que dois assassinos
foram enviados pelo governo britânico para matar Hess no sentido dele não ser
libertado e expor segredos em relação ao plano de derrubada do governo de
Churchill.”
Apesar
de não encontrar “muita coerência” nas acusações de assassinato, o Sr. Jones
ordenou uma investigação.
De
acordo com o jornal The Independent,
o Serviço de Promotoria da Coroa recebeu uma cópia do relatório em 1989.
Após
seis meses, o Diretor de Promotoria Pública na época, Sir Allan Green,
aconselhou que a investigação fosse interrompida.
Hess
foi um dos primeiros seguidores de Hitler, que ditou muito de seu manifesto
infame Mein Kampf para ele enquanto
esteve preso durante os anos 1920.
Ele
eventualmente ascendeu e tornou-se vice-líder do Partido Nazista, sendo
capturado em 1941 durante um voo solitário à Escócia em uma missão de paz aparentemente
não autorizada.
Mais
tarde, ele foi julgado em Nuremberg após o término da Segunda Guerra Mundial.
No
julgamento de Nuremberg, Hess foi considerado inocente de crimes de guerra e
crimes contra a humanidade, mas sentenciado a prisão perpétua por crimes contra
a paz e conspiração para cometer crimes contra a paz. A partir de 1966 em
diante, Hess – cujos guardas aliados da prisão eram obrigados a se referir a
ele como Prisioneiro Sete – era o único prisioneiro na prisão de 600 celas.
Sua
chegada à Grã-Bretanha em 1941 tem sido objeto de muito debate ao longo dos
anos.
Em
março do ano passado, um relatório tornado público revelou pela primeira vez a
cena completa na qual Hess supostamente cometeu suicídio e sua suposta carta de
despedida.
Mas
o relatório da investigação sobre a morte de Hess, liberado ano passado sob a
Liberdade de Informação, somente aumentou o mistério em torno de seus últimos
momentos, quando fotografias da cela onde ele morreu mostraram a pouca
distância – cerca de 1,5 metro – entre a corda e o chão.
Seu
filho, Wolf, insistiu anteriormente que a altura era insuficiente para seu pai,
encurvado pela artrite, enforcar-se e adicionou ao exame pós-morte evidência de
que um laço completo foi colocado em torno de seu pescoço.
Apesar
do veredito oficial pelo Departamento de Investigações Especiais da Polícia
Militar Britânica ser de que Hess cometeu suicídio e ninguém mais esteve
envolvido, historiadores afirmaram que as imagens liberadas lançam dúvidas
nesta versão dos fatos.
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