Em 20 de julho de 1969, os astronautas americanos
Neil Armstrong e Buzz Aldrin se tornavam os primeiros homens a pisar na Lua.
Armstrong era comandante na missão Apolo 11 e foi ouvido e visto por 500
milhões de pessoas dizendo a frase, que se tornou famosa, “um pequeno passo
para um homem, mas um grande salto para a humanidade”.
A saída do módulo e a caminhada pela superfície
lunar foram transmitidas ao vivo por TV e rádio. E, ao retornar da Lua,
Armstrong anunciou que não pretendia voltar ao espaço. A caminhada lunar foi o
grande trunfo dos americanos na corrida espacial entre Estados Unidos e União
Soviética durante a Guerra Fria.
Mas, sabendo que o desfecho podia ser outro e os
dois astronautas poderiam não voltar, em 18 de julho de 1969, William Safire, o
jornalista que escrevia os discursos do presidente Richard Nixon, deixou pronto
um comunicado para o caso de a missão Apolo XI falhar. O memorando deveria ser
entregue ao secretário de Estado Harry Robbins Haldeman e lido por Nixon.
O documento está divulgado na página do Arquivo
Nacional dos EUA e começa dizendo que o “destino determinou que os homens que
foram para a Lua para explorar em paz, permaneçam na Lua para descansar em
paz”. Usando palavras como “esperança” e “descoberta”, o discurso deveria
enaltecer as pesquisas de Armstrong e Aldrin e incentivar a continuidade pela
corrida espacial.
“Antigamente, homens olhavam para as estrelas e
viam seus heróis nas constelações. Atualmente, fazemos o mesmo, mas nossos
heróis são épicos homens de carne e sangue”, descreve o documento.
Além do discurso que Nixon deveria ler, o memorando
deixava a instrução de que o pronunciamento deveria ser seguido de uma oração.
Como está descrito no site do Arquivo Nacional, o documento “felizmente, nunca
precisou ser utilizado.”
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