quinta-feira, 3 de outubro de 2013

[SGM] Nazistas ofereceram a Churchill deixar Europa Ocidental

The Telegraph, 26/09/2013

 
Um novo livro afirma ter resolvido o enigma do voo à Grã-Bretanha em 1941 de Rudolf Hess, o vice-líder de Adolf Hitler.

A viagem de Hess à Grã-Bretanha em um caça até a Escócia tem sido deixada de lado como sendo a iniciativa individual de um louco.

Mas Peter Padfield, um historiador, descobriu evidência onde ele afirma que, Hess, o vice-Führer, levou consigo um detalhado tratado de paz criado por Hitler, sob o qual os nazistas se retirariam da Europa Ocidental em troca da neutralidade britânica em relação ao iminente ataque à Rússia.

A existência de tal documento foi revelada a ele por um informante que afirma que ele e outros tradutores alemães foram chamados no MI6 para traduzir o tratado para Churchill.

O informante, que não é identificado pelo Sr. Padfield, era um especialista que mais tarde trabalhou numa importante universidade. Ele já é falecido. Antes de sua morte, ele descreveu um relato de como o grupo foi montado na sede da BBC, em Portland Place, Londres, para conduzir a tarefa.

O especialista disse que Hess trazia consigo o proposto tratado de paz, expresso em cláusulas numeradas e datilografado em papel da Chancelaria Alemã. Uma tradução em inglês também foi incluída, mas os britânicos também queriam o original alemão traduzido.

O informante disse que as duas primeiras páginas do tratado detalhavam os objetivos precisos de Hitler na Rússia, seguido de seções detalhando como a Grã-Bretanha poderia manter sua independência, Império e forças armadas, e como os nazistas deixariam a Europa Ocidental. O tratado propunha um estado de “neutralidade bem desejada” (wohlwollende Neutralitat) entre Grã-Bretanha e Alemanha, para que esta última pudesse realizar sua ofensiva contra a URSS. O informante mesmo disse que a data do ataque de Hitler ao leste estava revelada.

O Sr. Padfield, que faz as afimações em um novo livro, Hess, Hitler e Churchill, disse: “Isto não foi uma armação renegada. Hitler enviou Hess e ele trouxe consigo um tratado de paz totalmente desenvolvido para a Alemanha evacuar todos os países ocupados do Ocidente.”

O Sr. Padfield, que anteriormente havia escrito uma biografia de Hess, assim como de Karl Dönitz e de Heinrich Himmler, acredita que o tratado foi suprimido na época, pois teria atrapalhado os esforços de Churchill para colocar os EUA na guerra, destruído sua coalizão de governos europeus exilados e enfraquecido sua posição domesticamente,já que teria sido aceito pelo que o autor acredita ser uma considerável facção de “paz negociada” na Grã-Bretanha na época. Ao mesmo tempo, desde que a missão havia falhado, também ajudou Hitler a se livrar de Hess como um agente embusteiro.

Não há nenhuma menção do tratado em qualquer arquivo oficial que foi tornado público, mas o Sr. Padfield acredita que isto aconteceu para proteger a reputação de figuras poderosas. O autor diz que seu informante interrompeu o contato com ele após ter sido procurado pelos seus antigos empregadores do serviço secreto.

O Sr. Padfield acrescentou: “Se a Família Real estivesse seriamente envolvida em planos planos de paz comprometidos, isto seria muito prejudicial, apesar de que eu acho que é mais provável que Hess tenha trazido a Churchill informações do Holocausto vindouro. Isto poderia estragar as percepções de sua pessoa e di registro de guerra da Grã-Bretanha se isto fosse revelado.”

“Isto foi um ponto de inflexão da guerra. Churchill poderia ter aceitado a oferta, mas ele tomou uma decisão moral. Ele estava determinado que Hitler, que não era confiável, não poderia prosseguir com seus planos. Ele queria os EUA na guerra, e para derrotar Hitler.”

O Sr. Padfield também reuniu outra evidência para apoiar a existência do tratado e de seu conteúdo – assim como o subsequente encobrimento.

Ele estabeleceu que duas listas de artigos foram tomadas de itens transportados por Hess quando ele foi preso após pular de paraquedas de seu avião, um Messerschmidt 110, na noite de 10 de maio de 1941, próximo a Eaglesham, nos arredores de Glasgow. Nenhuma das duas foi liberada.

Ele coletou testemunho de uma mulher vivendo próximo de onde Hess aterrissou, o que indica que a polícia recebeu “ordens para encontrar um documento valioso que estava faltando.” O item, de acordo com a testemunha, foi encontrado “próximo do rastro de fogo no parque.”

O Sr. Padfield também afirma que Hess usou um tradutor especializado do Ministério do Exterior alemão – apesar dele ter usado outro, uma pessoa fluente em inglês – enquanto elaborava os documentos para suas negociações com os britânicos, antes de seu voo. Isto sugere, diz o Sr. Padfield, que aprovação escrita era exigida para os documentos.

Hess foi mantido em prisão na Grã-Bretanha até o fim da guerra quando ele retornou à Alemanha para ser julgado em Nuremberg. Ele foi enviado à prisão de Spandau onde morreu em 1987. As autoridades afirmam que ele cometeu suicídio, mas seu filho e alguns historiadores dizem que o governo britânico ordenou seu assassinato para proteger segredos.         


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