Uma pistola
semi-automática é um tipo de arma curta que pode ser operada no modo
semi-automático, disparando um cartucho para cada puxão no gatilho. Este tipo
de arma de fogo usa uma câmara e cano simples, que permanecem numa orientação
linear fixa em relação entre si, enquanto os cartuchos estão sendo disparados e
recarregados de forma semi-automática.
O revólver e a
pistola são as armas de fogo mais comuns, utilizadas como armas básicas das
polícias, também a preferida nos meios marginais. Aparecem em mais de 85 % das
ocorrências envolvendo armas de fogo no Brasil. No meio militar, elas são normalmente
usadas por oficiais para combate de curta distância. A figura 1 apresenta as
principais características das armas portáteis atuais.
Essa arma tem um cilindro giratório, com seis culatras para seis cartuchos. Quando você puxa o gatilho em um revólver, várias coisas acontecem:
1.
inicialmente, a alavanca do gatilho empurra o martelo para
trás;
q quando
ele se move para trás, o martelo comprime uma mola de metal na coronha da
arma;
q ao
mesmo tempo, o gatilho gira o tambor para que a próxima câmara da culatra seja
posicionada na frente do cano
da arma;
2.
quando você puxa o gatilho todo para trás, a alavanca solta o
martelo;
3.
a mola comprimida faz o martelo ir para a frente;
4.
o martelo bate na espoleta na parte de trás do cartucho, acendendo
a espoleta;
5.
a espoleta aciona o explosivo;
6.
o explosivo atira a bala para fora da arma em alta velocidade.
A parte de dentro de um cano tem estrias, sulcos em espiral que
servem para girar a bala enquanto ela sai da arma. Isso dá à bala mais
estabilidade enquanto ela voa pelo ar, aumentando sua precisão.
Quando
ocorre a explosão, o cartucho se expande e fecha a culatra temporariamente,
para que todos os gases
em expansão sejam empurrados para frente e não para trás.
Obviamente,
esse tipo de arma é mais fácil de usar do que uma espingarda de pederneira ou
uma arma com cápsula de percussão. Cabem seis balas de uma vez, e só é preciso
puxar o gatilho para disparar. Mas ainda há limitações: é preciso puxar o
gatilho a cada tiro, e recarregar a arma depois de seis tiros. E os cartuchos
vazios são retirados dos cilindros manualmente.
Calibres
Quando
ouvimos falar de uma determinada munição, muitas vezes nos perguntamos: será
que sse calibre é bom para a defesa? Vamos citar aqui alguns dos calibres mais
importantes no meio civil e militar para armas curtas.
.22
É
considerada a mais antiga munição de cartucho metálico do mundo, com fogo
circular (1845). O calibre .22 não foi concebido para obter-se resultados
balísticos excepcionais, mas sim para uma utilização no tiro informal, ou para
a prática de tiro-ao-alvo em competições não superiores a 50 metros, além de
caça de pequenos animais, alcançando um nível de qualidade e precisão ainda não
suplantado por nenhum outro calibre (exceto os calibres recarregados
profissionalmente). Nos EUA, de cada 10 cartuchos disparados, 5 ou 6 são de
calibre .22. Sendo uma munição de baixo custo, é indicada para iniciantes do
esporte. Outra característica deste calibre é o pequeno impacto causado pelo
projétil contra um ser humano. A sua velocidade, aliada ao baixo peso do
projétil, gera um impacto insuficiente a ponto de interromper imediatamente uma
ação ofensiva, excetuando-se um impacto certeiro em pontos vitais.
.
32
Também
conhecido como .320, foi criado por volta de 1860 nos EUA, na configuração “Rim
Fire” (fogo circular) ou seja, sem espoleta central no culote do cartucho.Dez
anos após a sua criação nos EUA, na Inglaterra era desenvolvido o mesmo
calibre, rebatizado de .320, de fogo central, desenvolvido especificamente para
revólveres produzidos pelas firmas Webley e Tranter. O calibre .32 ao atingir
um ponto vital do corpo humano, é tão letal quanto qualquer outro calibre. Ao
se tratar de pontos vitais, não existe “calibre que mata mais ou calibre que mata
menos”. Existe sim um índice relativo de incapacitação medido através do
“stopping power” que cada calibre possui ao atingir pontos não vitais do ser
humano.Hoje, o calibre .32 é considerado inadequado para fins de defesa, pela
pouca capacidade que tem de transferir energia ao atingir o alvo. Presta-se
mais para sessões informais de “plinking” (tiro em pequenos alvos, como latas
de tinta).
7, 65 mm Browning (.32 ACP)
Criado
por Jonh M. Browning em 1895, teve sua primeira utilização em uma pistola semi-automática
fabricada pela FN (Fabrique Nationale de Armes de Guerre) belga. Utiliza
projéteis com peso de 60 a 80 “grains”, considerados muito leves para serem
usados na defesa, tendo em vista a velocidade desenvolvida após a queima total
da pólvora.Cartuchos fabricados hoje pela CBC (Companhia Brasileira de
Cartuchos), com projéteis de 71 “grains” (4,6 g) desenvolvem 276 m/s atingindo
175 joules de pressão, quando medidos em provetes de 4 polegadas de comprimento
de cano. Podem ser utilizados em qualquer arma de boa procedência e em bom
estado de conservação.
9 mm Luger
Pelas
suas características, é o cartucho para armas automáticas e semi-automáticas
que obteve a maior aceitação pelas forças militares e policiais do mundo.
Destaca-se a alta velocidade de seu projétil aliado ao pequeno tamanho do
cartucho, que possibilita a utilização de carregadores de grande capacidade em
armas compactas.
O
cartucho 9 mm Luger, quando utilizado com projétil ogival, totalmente
encamisado, possui bom poder de penetração, porém com pequena deformação,
reduzindo o seu poder de parada. Já com projéteis modernos, do tipo ponta-oca,
o seu poder de parada aumenta consideravelmente, pelo aproveitamento da grande
velocidade do projétil, que ao chocar-se com o alvo deforma-se mais facilmente.
Tais
características levaram o calibre 9 mm Luger a ser adotado por diversas forças
armadas em substituição ao calibre .45, a exemplo do Brasil, e até mesmo nos
EUA, que utilizavam o .45 pelas suas características peculiares e inclusive
pela tradição, mas que ocupava muito espaço nos carregadores das armas. O 9 mm
só deve ser considerado um bom calibre para defesa, quando utilizado com
projéteis deformáveis, caso contrário ele transforma-se em um bom “perfurante”,
muitas vezes transmitindo o resto de sua energia inicial contra uma parede, um
carro ou uma vítima inocente, após atravessar o 1º alvo.
.
44
Apesar
de já ser utilizado em diversas armas curtas nos anos de 1864/65, como em
pistolas de tiro único, sendo produzidas na época com cartuchos de fogo
circular, o calibre .44 evoluiu ao longo dos anos na forma de mais de 25 tipos
de cartuchos diferentes. Hoje é comercializado em 3 configurações diferentes,
conhecidos com os nomes de .44 Special, .44-40 WCF (Winchester Center Fire), e
.44 Remington Magnum.
É
hoje conhecido como “The Big .44” (“O Grande .44”), alcançando o status de ser
a mais poderosa munição para caça e defesa para armas curtas no mundo. Apesar
disso, não tem grande aceitação no uso policial devido ao fato que os
revólveres que a calçam são extremamente grandes, além do grande recuo do
calibre, que torna praticamente impossível efetuar disparos rápidos e seguidos
com aproveitamento.Esportivamente, é utilizado em revólveres e pistolas de tiro
único para a modalidade de silhuetas metálicas.
Fontes:
Wikipédia
How
Stuffs Work
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Armas de Infantaria: Munição e
Calibre de Armas de Fogo
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