Broers Michael
Publicado no History Review, 2006.
A influência permanente de Napoleão na Europa
contemporânea não deveria ser julgada somente na natureza duradoura de seus
feitos positivos, mas também no trauma que seu reinado induziu naqueles que o
experimentaram. Quanto mais curto o choque, geralmente maior e mais duradouro é
o trauma. Interpretado desta maneira, o domínio napoleônico teve repercussões
vastas e profundas para a sociedade europeia – e um papel importante na
formação das instituições da Europa moderna – que superam de longe sua
brevidade.
Contudo, existe ainda a dimensão “imperial” do
problema. Estudiosos em muitas disciplinas – críticos literários e teólogos,
assim como muitos historiadores, economistas ou cientistas políticos – agora
veem no imperialismo uma das grandes forças, tanto para o bem quanto para o
mal, no mundo moderno. Apesar do imperialismo ser difícil de definir, ele é facilmente reconhecido como uma série de fenômenos
que tornaram o mundo contemporâneo
muito do que ele é agora. O
“episódio” napoleônico – confinado como foi à Europa continental e levado a um grau tão
elevado de conveniência militar e os caprichos de um homem
– merece ser incluído no gênero de imperialismo? Podem as ferramentas dos
estudos modernos pós-coloniais ser aplicadas ao império europeu,
independentemente de quão longo ou curto foi o seu momento de domínio?
Novamente, acredito que sim, e por duas razões principais.
Primeira, o império não era comandado por um
homem só, Napoleão; e aqueles que administravam – de fato, coagiam – as terras
sob seu controle tinham uma visão comum de como a sociedade deveria ser. Por
todas as suas muitas e variadas afirmações sobre o assunto, Napoleão em geral
compartilhava aquela visão e isto fez com que seu grande empreendimento se
tornasse realidade: Napoleão pertenceu ao seu próprio tempo e, assim, aglomerou
sua geração em torno dele.
Segunda, sua visão era coerente, conduzindo
adiante os imperialistas napoleônicos, quando as chances eram obviamente contra
eles – e nas regiões distantes do império, eles sempre estavam, um fato que os
sucessos surpreendentes de Napoleão nocampo de batalha não poderiam disfarçar.
Os exércitos em marcha deixavam uma bagunça atrás deles, e a administração
imperial de prefeitos, magistrados e polícia tinham que enfrentar as consequências.
A visão deles diante dessas adversidades era uma firme convicção que a França,
como nação e sociedade, tinha evoluído para a mais alta forma de civilização no
mundo, que a civilização francesa era exportável para todos os povos da Europa
e que o destino daqueles povos dependia de sua absorção ao “estilo francês”.
Isto tem todas as carcterísticas do imperialismo; de uma certa forma, é o
amanhecer dos grandes impérios europeus do final do século XIX e início do
século XX. Tomados juntos, estes aspectos do período napoleônico tornam-o um
dos mais produtivos, formativos e dinâmicos na história moderna europeia, se
não necessariamente de um modo visivelmente óbvio.
Napoleão Bonaparte (1769 - 1821)
A necessidade em focar nos homens que comandavam o império, e levar seriamente a natureza de seu trabalho, foi iniciado por Stuart Woolf, em seu agora produtivo A Integração da Europa de Napoleão. Ele foi um trabalho encorpado, bem sucedido e pioneiro e, inevitavelmente, encontrou os seus críticos. Geoffrey Ellis, em um ensaio cuidadoso, porém incisivo, afirma que, no final, brevidade é a chave e que Napoleão era um “patrão” irascível, buscando oportnidade ao custo da ideologia ou estabilidade. Minha argumentação é que a tese de Woolf deveria ser extendida mais, mas que, talvez, os aspectos negativos do imperialismo napoleônico precisem ser privilegiados sobre os positivos, em virtude da situação pós-colonial para os impérios europeus tardios. Isto, em parte pelo menos, foi assim taão breve para que uma hegemonia tivesse um impacto profundo. O impacto foi tanto direto – algumas vezes a batida de um martelo no corpo da Europa – quanto indireto.
O Legado Direto do Imperialismo Napoleônico
Os feitos duradouros, institucionais do
império napoleônico são bem conhecidos, e têm sido discutidos na literatura
acadêmica, junto com seu legado para a Europa. O domínio napoleônico na Europa
ocidental impressionou suficientemente os regimes restaurados para reter, ou
reviver, dentro de poucas décadas, suas instituições públicas chaves. O sistema
prefeitoral centralizado de governo local, a essência do Código Civil
Napoleônico e, sob uma variedade de novos nomes, a força policial paramilitar,
a Gendarmaria Nacional, foi
reproduzida mesmo pelos mais inveterados adversários de Napoleão, assim como o
Conselho de Estado, como um instrumento de política no ápice do Estado. Eles
tornaram-se a base das instituições públicas da maioria das nações da Europa
ocidental em meados do século XIX, criando as bases reais, apesar de
subestimadas, para o tipo de cooperação que somente tornou-se possível com as
novas circunstâncias políticas que emergiram após a Segunda Guerra Mundial.
Nos Países Baixos, na Alemanha ocidental e do sul e na maior parte da Itália do norte – Piedmont e Lombardia, senão Veneza – a hegemonia napoleônica durou o suficiente para que estas instituições criassem raízes. De fato, em muitos casos, o caráter dos regimes que antecederam o império estimulou uma perspectiva simpática ao modelo altamente uniforme de governo centralizado no coração da cultura política napoleônica. Há pouca dúvida sobre a impressão duradoura deixada pelo domínio napoleônico nestas regiões da Europa. Um mapa da Comunidade Européia (EEC), fundada pelo Tratado de Roma em 1957, é incrivelmente semelhante ao “império napoleônico interno”, aquelas terras tanto anexadas diretamente à França quanto sob influência napoleônica direta, antes de 1807. Havia um grau forte de empatia entre os imperialistas napoleônicos – os franceses – e muitas elites europeias não-francesas durante o domínio imperial e, é claro, depois disso. O processo não foi forçado, pelo menos entre as classes governantes, e é a única base na qual a durabilidade das reformas napoleônicas pode ser explicada. Isto é verdade em muitos casos significativos, particularmente aqueles dos Estados alemães de Nassau, Hesse-Darmstadt, Bavária, Baden e Württemberg, onde a hegemonia napoleônica foi indireta, mas a essência de seu sistema político foi importado e subordinado ao pensamento mercantilista pré-existente.
Entretanto, o que dizer do espírito no qual os franceses exportaram e instalaram sua cultura política em outros europeus e as reações a ela além dos limitados – e, em última análise, onipotentes – círculos das elites? Às vezes, e em certos lugares, o império interior provou males que foram para o bem, já que forças de um imperialismo mais cultural, ao invés de puramente institucional, estabeleciam-se devidamente.
Os franceses não estavam muito acostumados a dominar outros povos na época em que o Grande Armée entregou boa parte da Europa em suas mãos. Seu império marítimo nunca foi tão grande quanto o britânico, português ou espanhol, e a maioria dele foi perdida uma geração antes das guerras revolucionárias começarem. Nem, apesar de sua riqueza e variedade internas, a França realmente abraçou a diversidade dos povos, línguas e culturas com as quais os Habsburgos, Roamnovs, Otomanos ou mesmo os Hanoverianos estavam tão acostumados a governar. O compromisso cultural não era na natureza ou experiência do Estado francês, seja aquela da velha monarquia ou da Revolução. Napoleão e seus colaboradores orgulhavam-se de ter reconciliado o melhor dos mundos de Luis XIV com os novos benefícios da Revolução. Assim, as vantagens comuns entre os regimes velho e novo era uma visão de uma única França, centralizada, política e culturalmente, o triunfo de uma cultura francesa padrão sobre o regionalismo. Isto pressagiou um problema para uma situação pragmática no seu novo império multicultural. Assim foi provado. Os franceses aprenderam sobre domínio imperialista e os povos da Europa conseguiram um na cultura política francesa, entregue com toda a arrogância e auto-confiança do imperialismo colonial de uma era futura.
Havia partes de seu império que os franceses aprovavam carinhosamente e outras que eles chegaram a desprezar. As razões por seus gostos e desgostos têm três qualidades determinantes. Suas opinões eram uniformes, mesmo formadas espontaneamente; isto é, administradores diferentes em áreas adjacentes da Itália ou Renãnia, por exemplo, expressavam opiniões quase idênticas de seus administrados, não influenciadas entre si e, de fato, em desacordo com o que seus superiores no centro esperavam que eles chegassem a pensar de suas responsabilidades.
A resposta francesa à Itália é um caso notável, já que poucas partes da Europa foram marcadas por suas diferenças internas do que a península que Metternich (N. do T.: Príncipe Clemens Von Metternich, diplomata austríaco) descreveu como “uma mera expressão geográfica”. Não obstante, os administradores franceses eram uniformes em sua opinião depreciadora dos italianos – todos os italianos, de qualquer região – à medida que sua ocupação progredia. Eles não eram cegos para as diferenças entre os italianos, especialmente quando estas envolviam falhas em seu caráter ou cultura: os toscanos eram pérfidos, espertos mas covardes e dados à superstição; o piemontês (N. do T.: de Piemonte, região fronteiriça com a França) era corrupto, violento e unido a clãs. Se o denunciador era o filho de um nobre, tal como La Tour Du Pin, o sub-prefeito de Florença, ou um ex-terrorista, como Nardon, o prefeito de Parma, o veredito era sempre o mesmo. Os exemplos da Toscana e Piemonte são particularmente importantes, pois elas estavam entre as poucas partes da Itália que a França investia esperanças. Acreditava-se que Piemonte possuía um sistema absolutista de governo parecido com aquele do antigo regime da França; acreditava-se que os toscanos foram influenciados pelas reformas iluministas do governante Habsburgo, Pedro Leopoldo, nos anos 1780. A familiaridade ensinou aos franceses “pés no chão” a pensarem de outra forma, e eles o fizeram como uma mente só. Ou eles todos gostavam de uma dada sociedade, ou não gostavam; as opiniões quase nunca eram divididas.
Segundo, os franceses nunca tiveram quaisquer dúvidas sobre como qualquer área que eles mantinham o controle deveria ser governada. Por mais que Napoleão tenha hesitado em adquirir novos territórios, e mesmo se ele fizesse isso puramente com objetivos diplomáticos – usando territórios como peças de barganha em negociações diplomáticas, como aconteceu com as Províncias Ilíricas (N. do T.: Eslovênia, Dalmácia e Croácia) – os franceses nunca duvidaram de como governá-las. Todo território recebia a panóplia completa do sistema legal e administrativo francês, muito rapidamente. Os franceses nunca comprometiam isto, em quaisquer termos ou por quaisquer razões, outros que não os seus próprios, salvo em casos excepcionais. O Grão-Ducado de Varsóvia era tão digno deles em apoio militar que parecia bobagem alienar sua nobreza pressionando-a por uma abolição de fato do feudalismo ou da tolerância religiosa com os judeus. As vastas reformas propostas pelo supostamente novo modelo de Jerome Bonaparte (N. do T.: irmão mais jovem de Napoleão), o Reino da Westfália, na Alemanha central, foram afundadas a níveis insignificantes por razões muito semelhantes. Em todo lugar, nos departamentos imperiais da Itália e Alemanha e nos reinos-satélites da Itália, Napoles e Holanda, os franceses varreram as antigas ordens institucionais em um só golpe. Esta política trouxe à Europa ocidental suas fundações institucionais, mas ela foi dirigida pela natureza inflexível do imperialismo francês. Se o consentimento aparecia, tanto melhor; caso contrário, não havia qualquer compromisso por parte dos novos senhores. Imitadores e admiradores do “modo napoleônico” existiram, nenhum mais que Maximiliam da Bavária e seu primeiro ministro, Montgelas. Eles tentaram impor brutalmente o domínio, de forma próxima ao modelo francês, no Tirol, o qual eles tomaram da Áustria através do Tratado de Pressburg em 1805, resultando numa revolta feroz do Tirol em 1809. Só havia um modo, e somente um. O domínio napoleônico não envolvia acordo. De fato, ele desconhecia sua existência.
A última peculiaridade é a mais reveladora. Os gostos ou dissabores franceses eram medidos puramente em relação ao grau que eles acreditavam que uma dada sociedade se aproximasse da França ou não. Colocando de outra forma, eles tinham apenas um padrão de medida, sua própria cultura, e nunca julgavam um povo por seus próprios méritos, à luz do sucesso de sua própria cultura ou instituições. Isto poderia ser mesmo mais revelador da propensão francesa para o imperialismo cultural quando refletia naquilo que admiravam. Por exemplo, Norvis de Montbreton sobre Baden, lembrando sua estada lá como agente diplomático: “O Grão-Ducado tornou-se uma segunda Alsácia, unida, ao invés de separada, pelo Reno até o ponto que era impossível estar mais na França do que no Estado alemão.” Tais homens julgavam pelos padrões franceses e eram insensíveis às muitas realidades complexas naqueles julgamentos. Mesmo em sua admiração admitida pelos europeus não-franceses, a janela era muito estreita e auto-definida.
A fonte desta convicção cultural resultou da crença entre os franceses, ou pelo menos aqueles que escolheram seguir Napoleão, que a França havia aproveitado o melhor do Iluminismo pelo controle de sua Revolução e salvando o que havia de melhor do velho regime. Nas circunstâncias variáveis do império, o universalista afirma que os valores iluministas adquiriram um significado variável nas mãos de uma superpotência que acreditava ela própria encarná-los. O resultado foi o que Antony Pagden chamou “o último dos grandes projetos de unificação”. É discutível que o “projeto” napoleônico, uma vez colocado em movimento – contrariamente às suas fontes de inspiração – logo evoluiu da última posição de um ramo do Iluminismo para a primeira posição das “missões civilizatórias” que marcaria o século seguinte. Seja como for, a busca pela uniformização continuou a passos largos, e os resultados foram traumáticos.
O Legado Indireto do Imperialismo Napoleônico
A ocupação
estrangeira e a dominação imperial podem durar séculos e mesmo assim deixar
poucos traços, mas elas não precisam viver muito para ter um impacto duradouro
sobre os ocupados. A Bretanha Romana é um exemplo do primeiro caso; a França
ocupada pelos nazistas é um caso pungente do último. Onde uma ocupação breve
deixa uma marca duradoura, é geralmente através de seus aspectos negativos,
pelo trauma que ele causa entre os ocupados, e isto foi geralmente o caso
daquelas partes da Europa que estiveram pouco tempo sob a hegemonia
napoleônica. Uma vez entendido isto, o episódio napoleônico adquire uma
significância importante na história européia, muito além de sua curta existência.
O exemplo nazista é citado puramente no contexto da cronologia comparada com a
influência; as intenções e comportamento da França Napoleônica eram
frequentemente brutais, mas nunca intrinsecamente malígnas. Todavia, a hegemonia
napoleônica poderia provar ser tão permanente nos traumas que provocou, quanto
nos impulsos reformistas positivos.
O domínio napoleônico tornou-se mais rompedor e alienador para os povos da Europa extamente quando ele começou a mostrar os primeiros sinais do colonialismo do século XIX: a sede por uniformidade comandada pelo imperialismo cultural, e uma atitude implacável para explorar os povos subordinados economica e militarmente. A uniformidade era, em essência, imperialismo cultural. Ela esmagou os costumes locais através da centralização administrativa e da introdução do Código, sobre o Catolicismo popular pela imposição da Concordata e sobre as hierarquias tradicionais de poder através da abolição do feudalismo e da simples perda de independência para um todo imperial.
Em termos culturais e econômicos, o império napoleônico operava muito mais como um império colonial do que outros impérios continentais que ele desafiou e temporariamente varreu, simplesmente pelo direcionamento deliberado dos recursos dos povos não-franceses que ele controlava pelo centro imperial. Os Habsburgos tinham uma tradição – quebrada brevemente por Joseph II – de jogar as províncias e os interesses um contra o outro; os homens de Napoleão sangravam o império todo em virtude das políticas ditadas pelo centro de poder. Em termos econômicos, isto era a proposta do Sistema Continental – que Louis Bergon chamou “um Mercado Comum Desigual” e Geoffrey Ellis, mesmo com mais rigor, um “Mercado Comum de Mão Única”, um mercado que era liderado pela França. Assim como o algodão indiano e egípcio levou a Lancanshire, a seda italiana levou a Lyon durante o Primeiro Império, mas no entanto o rompimento espetacular causado por essas políticas, a brevidade do domínio napoleônico assegurou que ela teria vida curta. O Bloqueio anti-britânico arruinuou a maioria dos portos europeus, mas seu fim presenciou seu rápido recomeço; a destruição deliberada da metalurgia em Berg ou a tecelagem de seda no norte da Itália não sobreviveu ao colapso do domínio imperial. O siginificado de longo termo de tais políticas reside não em seus resultados práticos, mas nas indicações que elas dão de uma mentalidade exploradora que resultou no colonalismo mais tarde. Diferentemente da exploração crua praticada pelos impérios modernos coloniais emergentes, a versão napoleônica tentou reestruturar e permanentemente reorientar as economias de seus territórios submissos e, especialmente, destruir seus bolsões mais desenvolvidos industrialmente, no sentido de reduzir a competição.
O Império de Napoleão
Reinaldo José Lopes / Tiago Cordeiro, 08/12/2009
Durante 15 anos, o general francês tentou controlar todos os países vizinhos.
Perguntaram certa vez ao duque de Wellington quem era o melhor general de sua época. A resposta? "Nesta era, em eras passadas, em qualquer era, Napoleão". Vinda do britânico que coordenou a destruição definitiva do exército napoleônico na batalha de Waterloo, o elogio não poderia ser maior. De fato, poucos líderes militares venceram tantas batalhas quanto o oficial baixinho que nasceu na ilha italiana da Córsega e se transformou no imperador da França.
Os triunfos de Bonaparte foram provocados, em parte, pela Revolução Francesa de 1789. Ao contrário dos exércitos aristocráticos do passado, os soldados da nova França eram recrutados do povo às centenas de milhares. Napoleão conseguiu transformar esses soldados em eficientes máquinas de guerra, realizando manobras rápidas e usando armas leves e letais. O resultado foi uma onda de conquistas que só acabou com o fracasso da invasão da Rússia, no inverno de 1812.
A Europa sou eu
1. Primeiras vitórias
Anos: 1796-1797
Conquista: Com 28 anos, Bonaparte liderou as forças de invasão da Itália, dominada principalmente pelos austríacos. Conseguiu uma série impressionante de vitórias, que forçaram a Áustria a ceder suas terras nos Países Baixos. E o norte da Itália se dividiu em repúblicas pró-França.
2. Temporada no Egito
Anos: 1798-1801
Conquista: A fim de reagir à ameaça dos britânicos, Napoleão resolveu ocupar o Egito para reforçar seu poderio naval. Partiu para Alexandria, onde venceu as forças otomanas. Mas o bloqueio marítimo inglês no Mediterrâneo inviabilizou a ocupação, e os franceses abandonaran o país.
3. Itália dominada
Anos: 1800-1802
Conquista: Ao saber da situação política instável em Paris, o general foi do Egito à França e tomou o poder. Logo depois, voltou a atacar a Itália. No caminho, venceu a Áustria na Batalha de Marengo. Com isso, na prática, anexou os reinos do norte da península. Nos anos seguintes, ele controlaria toda a Itália.
4. A Alemanha se dobra
Ano: 1806
Conquista: Depois da derrota por mar para os ingleses em Trafalgar e da vitória em Austerlitz, Napoleão volta ao ataque por terra. Derrota duas coalizões de monarquias europeias e traz para seu lado uma série de territórios da atual Alemanha.
5. No topo do mundo
Anos: 1812
Conquistas: Dominadas a Itália e a Alemanha, tudo fica muito rápido. O imperador austríaco cede a mão de sua filha a Napoleão. Espanha e Portugal são conquistados em batalhas históricas, como a de La Coruña. Partes da atual Polônia ficam sob controle francês e Dinamarca e Noruega viram estados vassalos.
6. A queda
Anos: 1813-1815
Conquistas: O poder francês nunca mais seria o mesmo após a invasão desastrada da Rússia. Exilado em 1814, Napoleão ainda retomaria o poder antes da derrota final, em Waterloo, em 1815. Ao fim de sua carreira, o território francês era menor que o de 1789.
Nepotismo imperial
O imperador deu vários cargos para familiares
Você conquistou meia Europa e precisa garantir a segurança de seus territórios. O que faz? Dá cargos para parentes, é claro. Nessa política, Napoleão daria inveja a muito político brasileiro. Bonapartes ocuparam vários tronos no começo do século 19. Para ficar entre os irmãos: Luís virou rei da Holanda; José reinou sobre Nápoles e a Espanha; Jerônimo ocupou o trono de Vestfália (hoje parte da Alemanha) e Elisa tornou-se Grã-Duquesa da Toscana (na Itália).
Multidão em armas
Batalhas napoleônicas envolviam milhares
Enquanto Napoleão dominou a Europa, as mortes ligadas a guerras dispararam. Calcula-se que o total de falecidos nos conflitos napoleônicos, entre civis e militares, fique entre 3,5 milhões e 6,5 milhões. Esses números têm relação direta com os exércitos gigantescos do francês. Só para invadir a Rússia, ele reuniu 650 mil homens - um terço dessa força lutou em Borodino. Na maior vitória e na maior derrota, respectivamente em Austerlitz e em Waterloo, eram cerca de 70 mil homens reunidos.
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