Cerca de 800.000 judeus foram assassinados
no sítio, no nordeste da Polônia, durante a Segunda Guerra Mundial, mas uma
falta de evidência física no sítio estava sendo explorado por negadores do
Holocausto.
A arqueóloga forense Caroline Sturdy Colls
agora assumiu a primeira tentativa científica coordenada para localizar as
covas, de acordo com uma entrevista no Radio Times.
Como a lei religiosa judia proibe a
perturbação de túmulos, ela e sua equipe da Universidade de Birmingham usaram
"radar de penetração do solo".
Seu trabalho no sítio, onde os nazistas
tentaram destruir todas as evidências de assassinato em larga escala, está
sendo seguido pelo recente documentário da Radio 4, "Os túmulos escondidos
do Holocausto".
O apresentador do programa, Jonathan
Charles, um antigo correspondente estrangeiro da BBC, escreveu para o Radio
Times que o radar de penetração do solo também descobriu as fundações das
construções e que duas parecem ter sido câmaras de gás.
Sturdy Colls disse: "Todos os livros
de história dizem que Treblinka foi destruído pelos nazistas, mas a pesquisa
demonstrou que este não é o caso."
Ela acrescentou: "Identifiquei um
número de covas enterradas usando técnicas geofísicas. Estas (as covas) são
consideráveis em tamanho, e muito profundas, uma em particular tem 26 por 17
metros."
O apresentador do programa escreveu para o
Radio Times que as covas contém os restos queimados de milhares de corpos.
A arqueóloga forense, que agora apresentou
suas descobertas para as autoridades responsáveis pelo memorial em Treblinka,
disse: "Eu realmente espero que este seja o primeiro estágio de um longo
programa para encontrar aquelas covas escondidas do Holocausto."
O sobrevivente Kalman Taigman lembra de sua
chegada na estação ferroviária do campo, dentro de um vagão para gado.
"Estava com a minha mãe. Éramos cerca
de 100 pessoas num vagão. Eles abriram as portas, atirando e nos batendo, e nos
enviaram para um campo. Corri com minha mãe e tentei acalmá-la.
"Eles me disseram para deixar minha
mãe, mas eu não o fiz rapidamente e fui atingido na cabeça. Quando acordei, ela
tinha ido. Ela foi com todo o resto das mulheres para a câmara de gás."
"Os túmulos escondidos do
Holocausto" está para ser transmitido na segunda-feira, 23 de janeiro, às
20:00 na Radio 4 da BBC.
O perfil acadêmico da Dra. Caroline Sturdy
Colls:
Ao “Laboratório
de Idéias” da Universidade de Birmingham.
Entrevistador: Que tecnologia a senhora
usou para investigar o local?
Sturdy Colls: Usei um número de técnicas não-invasivas em Treblinka e o que
isto significa, como você bem apontou, é que o solo não estava perturbado
devido à lei de sepultamento judaica, de modo que os métodos usados não
envolveram qualquer forma de distúrbio no solo ou escavação e isto nos permitiu
investigar o potencial histórico e científico de Treblinka, mas obviamente foi
muito importante que reconhecêssemos seu significado religioso e comemorativo
também. Logo, nas técnicas que foram usadas havia um processo de pesquisa
arquivístico que envolveu olhar registros documentais, revisitar dados
históricos se você assim preferir, verificando dados e avaliando-os com olhar
arqueológico, assim procurando por informação sobre o cenário. Então, havia um
processo de olhar as fotografias aéreas do sítio, qualquer foto do solo, relato
das testemunhas, planos que foram criados, etc., para construir um banco de
dados de informação de modo que quando fiz a pesquisa, tudo aquilo poderia ser
comparado com meus resultados. Assim, neste caso, isto envolveu caminhadas pelo
terreno, assim avaliando a paisagem, pesquisa topográfica que usou GPS avançado
e rastreamento total para demarcar em alterações no plano do local,
permitindo-nos registrar variações micro-topográficas que poderiam ser
indicativo de objetos enterrados. E também avaliar a visibilidade de outras
características, tais como um número de artefatos que foram totalmente
identificados na parte remota do sítio. Então, a partir disso até olhar sob o
solo, usei um número de técnicas geofísicas, logo muito mencionado é o radar de
penetração e este foi um dos métodos usados, mas este foi comparado com outros
métodos que detectaram outras propriedades físicas no solo. Então, também usei
a inspeção por resistência e uma extensão desta que permite o mapeamento 3D dos
restos enterrados também, para garantir que todas as propriedades dos restos
enterrados pudessem ser caracterizados acuradamente.
Entrevistador: E o que a senhora
descobriu?
Sturdy Colls: Bem, os resultados da investigação, quando comparados com a
informação histórica, indicaram que havia um número de fundações de construções
sobreviventes em Treblinka logo abaixo da superfície e também uma quantidade
considerável de restos estruturais óbvios que os nazistas teriam sido
simplesmente incapazes de remover do local, e isto apoia relatos escritos por
investigadores do pós-guerra que comentaram sobre a visibilidade de restos de
artefatos, restos estruturais no campo. Também identificamos um número de
fossas no sítio. Novamente, todas estas fossas foram mapeadas e comparadas com
os esboços das testemunhas e isto é indicativo de um número de covas prováveis
no sítio. É reconhecido como parte da investigação que a história de Treblinka
não terminou com este abandono pelos nazistas. Assuntos como pilhagem pós-guerra
e a construção do próprio memorial e um número de outras formas de mudança de
cenário que aconteceram no sítio, você sabe, poderia confundir a interpretação,
portanto, era essencial que tudo isto fosse considerado quando os resultados da
investigação geofísica em particular fossem avaliados. Então, todos estes dados
foram reunidos à informação histórica, de modo que parecemos ter uma situação
aqui onde tem sido acreditado que todas as vítimas em Treblinka foram cremadas,
elas foram destruídas sem deixar rastros, entretanto, a pesquisa revelou uma
figura muito mais complexa dos padrões de disposição usados pelos nazistas.
Olhando de uma perspectiva dos criminosos, e um ponto de vista levemente mais
forense, os nazistas trabalharam, como a maioria dos criminosos fazem, segundo
o princípio do menor esforço onde eles realmente teriam um método de enterro
que se casava com a natureza de suas vítimas ou seus locais dentro do campo e
há um número de fotografias e evidência física que observamos no terreno de
Treblinka que demonstra que estes corpos não foram reduzidos a pó, que alguns
sobreviveram como covas coletivas no senso verdadeiro e que também os restos
particulados das vítimas foram redepositados nas fossas que eles foram exumados
sob a ordem de Himmler de 1943. Igualmente, junto com a investigação
topográfica, demonstramos que o campo, como ele é marcado atualmente no terreno
pelo memorial moderno, foi na verdade muito maior, que as fronteiras do campo
foram 50 metros mais largas ao norte e isto tem uma repercussão para um número
de estruturas dentro do próprio campo. Logo, podemos examinar isso de um ponto
de vista espacial e olhar todas essas consequências relacionando-as entre si e
de forma esperançosa eventualmente começar a construir um mapa mais detalhado
do campo como ele existia durante sua operação.
Entrevistador: Então, a senhora agora
apresentou suas descobertas para as autoridades responsáveis pelo memorial em
Treblinka. Isto conclui as investigações no sítio de Treblinka ou é uma espécie
de projeto em curso?
Sturdy Colls: É absolutamente um projeto em curso. A investigação demonstrou
que o sítio chegou a um potencial enorme em termos do que podemos aprender da
aplicação do método arqueológico e muito foi a ponta do iceberg em termos de
ser a primeira investigação do que espero estará mais por vir. Espero retornar
ao sítio mais tarde este ano e haverá estações subsequentes de trabalho em
campo para os próximos anos. Como mencionei, no momento o que temos é um mapa
do que sobreviveu no campo como resultado de minhas descobertas. Entretanto, no
sentido de construir um mapa do campo como ele existiu precisamos trabalhar
mais, precisamos investigar o sítio. Somente uma pequena proporção do sítio foi
investigado de modo que existe um potencial enorme de encontrar mais à respeito
da história deste campo no futuro.
Uma transcrição deste podcast pode ser
encontrada em:
Ao programa
de rádio, “As Covas Escondidas do Holocausto”, transmitido pela Rádio BBC em 23
de janeiro de 2012:
Sturdy Colls: Todos os
livros de história dizem que Treblinka foi destruído pelos nazistas, mas a
investigação mostrou que este não é o caso. Identifiquei um número de fossas
enterradas (sic) usando técnicas geofísicas. Elas são consideráveis. Uma em
particular tem 26 metros por 17 metros.
Jonathan
Charles: É
enorme.
Sturdy Colls: É enorme.
Estamos falando de um considerável número de corpos (que) poderiam ser contidos
dentro de fossas daquele tamanho.
Jonathan Charles: Que poderia
conter centenas, talvez milhares de corpos, não sabemos o quão fundo ela é, ou
a senhora sabe sua profundidade?
Sturdy Colls: Infelizmente
não. A tecnologia de investigação não permite ir a certas profundidades. Sei
que é superior a 4 metros, que foi a extensão desta (inaudível). É uma fossa
considerável.
Jonathan
Charles: Foram poucas
covas descobertas?
Sturdy Colls:
Absolutamente, havia um número de covas, em particular nos fundos do que é
agora o memorial, cinco que estão de fato em fileira, novamente de tamanho
considerável, em uma área onde testemunhas dizem que era a principal área de
disposição dos corpos, isto é atrás das câmaras de gás, era onde a maioria das
vítimas que foram enviadas lá foram então enterradas posteriormente, e depois
onde os restos cremados das vítimas também foram colocados.
Jonathan
Charles: Não
são apenas fossas que a senhora encontrou, também algo parecido como
construções.
Sturdy Colls:
Há, e novamente, se os nazistas tivessem destruído Treblinka, como afirmaram,
eles certamente teriam demolido o sítio, mas não é realmente possível quando as
construções estiveram em um sítio para realmente esterilizar o terreno, então,
o que eu identifiquei é que restos estruturais sólidos, estamos falando de
fundações, sobreviveram, mas em particular dois tipos de estruturas que
identifiquei são parecidas com as velhas e novas câmaras de gás em Treblinka.
JTA, 06/02/2012
Cientistas usando eletrônica de varredura de solo descobriram as covas coletivas perdidas no sítio de Treblinka, um dos mais conhecidos campos de extermínio nazistas.
Nenhum corpo real foi encontrado e as covas não foram escavadas, de acordo com a lei judaica, mas ossos e fragmentos de ossos foram descobertos no solo, de acordo com Caroline Sturdy Colls, uma arqueóloga forense da Universidade Straffordshire na Inglaterra que liderou a busca.
As estruturas subterrâneas detectadas por seu equipamento descrevem o que parecem ser as covas.
Os historiadores acreditam que cerca de 850.000 pessoas, incluindo ciganos, morreram em Treblinka.
Apesar de testemunhas oculares confirmarem a existência das covas coletivas, os alemães fizeram tudo o que puderam para encobrir seus crimes, e a incapacidade dos pesquisadores de encontrá-las foi usada algumas vezes pelos negadores do Holocausto para afirmar que o assassinato em larga escala não ocorreu em Treblinka.
Sturdy Colls usou fotografias aéreas dos anos 1940, imagem por satélite, dispositivos de mapeamento por GPS e novo radar de penetração de solo. O radar não pôde detectar corpos, mas pôde detectar diferenças entre o solo e distúrbios e inconsistências no solo, como objetos enterrados em 11 áreas.
"Considerando seu tamanho e localização, há uma forte tendência a admitir que eles representam áreas de enterro," ela disse.
Sturdy Colls começou a trabalhar em Treblinka em 2010. Ela e seus colegas usaram mapeamento por radar e elétrico para ter uma idéia do que estava no subsolo sem perturbar de fato o sítio. Uma das primeiras coisas que ela descobriu foi que os mapas antigos do sítio estavam incorretos - a linha da fronteira norte estava reduzida por cerca de 50 metros.
Após a guerra, os vizinhos de Treblinka saquearam algumas das covas procurando por ouro que eles pensavam os judeus ter escondido. Isto atrapalhou a topografia, mas o equipamento de Sturdy Colls encontrou muitas fossas exatamente onde as testemunhas disseram que elas deveriam estar.
A maior tem 26 metros de comprimento, 16 metros de largura e 4 metros de profundidade, com uma rampa para acesso. Pelo menos cinco outras com esta profundidade também existem na área.
Treblinka foi aberta em 23 de julho de 1942 como um campo de extermínio na Polônia central, parte da Operação Reinhard da Alemanha, o extermínio da judiaria européia.
Ele foi projetado com um único propósito: assassinato. 95% das pessoas enviadas para lá morreram imediatamente, a maioria por envenenamento por monóxido de carbono de motores de tanques bombeados para câmaras de gás.
Treblinka foi fechado em 19 de outubro de 1943 após uma rebelião da unidade sonderkommando - judeus forçados a ajudar na operação do campo. Muitos guardas alemães e ucranianos foram mortos na rebelião, permitindo a fuga de 300 prisioneiros.
Os alemães, contudo, ficaram repentinamente temerosos que seus crimes fossem descobertos.
Em 1943, eles descobriram os corpos de milhares de oficiais poloneses executados pelos russos em Katyn três anos antes, e perceberam que se alguém descobrisse os corpos nos campos de concentração, eles seriam culpados.
O líder nazista Heinrich Himmler ordenou que quando um campo fosse abandonado, todos os corpos teriam que ser exumados e cremados, disse Sturdy Colls.
A maioria das vítimas em Treblinka foram enterradas logo após a morte, apesar de alguns terem sido queimados. Seguindo as ordens de Himmler, os alemães escavaram os corpos e os cremaram usando trilhos de trem e madeira da floresta. Eles então reenterraram as cinzas nas mesmas covas.
A princípio, eles tentaram misturar as cinzas com sujeira, mas quando isso não funcionou, os alemães simplesmente jogaram as cinzas de volta nas trincheiras.
Sturdy Colls disse que necessita-se de uma alta temperatura para cremar um corpo humano, e fragmentos de ossos quase sempre permanecem intactos após o processo, mesmo quando a cremação é feita numa instalação moderna.
O trabalho foi feito às pressas. No final dos anos 1960, restos humanos emergiriam do solo, geralmente após uma tempestade.
Os alemães nivelaram o campo, destruindo todos os prédios, construindo uma fazenda falsa no lugar da padaria e mesmo assentaram uma família ucraniana na fazenda para dar-lhe um aspecto diferente. Pouco do campo permaneceu acima do solo.
"Eles manteriam essa artimanha mesmo se eles abandonassem o sítio," disse Sturdy Colls. "Eles tinham uma estação ferroviária falsa. Eles tinham sinalização. Eles obviamente sabiam o que estavam fazendo."
Uma investigação polonesa de crimes de guerra em 1946 descobriu uma passagem de porão com "restos salientes de postos queimados, as fundações do prédio de administração, e o velho poço. Aqui e ali podem ser detectados os restos de muros de postos queimados e pedaços de arame farpado, e pequenos trechos de estrada asfaltada. Há também outras evidências."
Eles não haviam encontrado, contudo, as covas até a investigação atual.
"Mapeamos o que pudemos. Identificamos 11 fossas individuais que pudemos investigar," disse Sturdy Colls, cujo trabalho continua. "Um pedaço grande do memorial foi construído onde eles pensavam ser as covas coletivas, de modo que há uma grande chance que há mais na floresta e sob o próprio memorial.
O Campo de Extermínio de Treblinka
"O campo recebeu sua primeiro carregamento de vítimas, 6.500 judeus do Gueto de Varsóvia, em 22/07/1942. As câmaras de gás tornaram-se operacionais no dia seguinte. Carregamentos continuaram diariamente a partir de então, geralmente alcançando entre 4.000 e 7.000 vítimas por dia, sendo que os judeus dos guetos da Polônia, principalmente de Varsóvia, a maioria dos quais era imediatamente enviada para as câmaras de gás. Centenas de prisioneiros morreram por fome, desidratação ou sufocamento enquanto em trânsito para o campo em vagões de gado.
As pobres habilidades organizacionais de Eberl logo resultaram na operação de Treblinka tornar-se um desastre. No início, os corpos eram enterrados em covas coletivas, mas dentro de uns dias as covas estavam transbordando de pessoas, e os corpos foram empilhados no campo II porque os trabalhadores não tiveram o tempo apropriado para enterrá-los. Simultaneamente, as câmaras de gás continuamente quebraram. Assim, a SS decidiu fuzilar os judeus na entrada do campo e empilhar os corpos através do campo. O cheiro dos corpos em decomposição podia ser sentido a 10 km de distância.
Em 28 de agosto de 1942, Globocnik suspendeu temporariamente as deportações para Treblinka... Em 1 de setembro, Franz Stangl substituiu Irmfried Eberl no comando de Treblinka... Em setembro, Stangl supervisionou a construção de câmaras de gás novas e maiores... Acredita-se que elas tinham capacidade de matar entre 12.000 e 15.000 vítimas por dia... O campo e o processo de matança em massa é descrito por Vasily Grossman, um repórter militar servindo o Exército Vermelho, em seu trabalho Um Inferno chamado Treblinka, que foi usado como evidência e distribuído no Julgamento de Nuremberg. (N. do T.: Grossman tinha ascendência judaica e escreveu seu artigo em 1944).
Fonte:
Após 70 anos, arqueólogos começam a procurar evidências do
Holocausto
Santiago Alvarez e Thomas Kues
“Uma arqueóloga forense britânica trouxe
evidência nova para provar a existência de covas coletivas no campo de
extermínio nazista de Treblinka. Cerca de 800.000 judeus foram mortos no sítio,
no nordeste da Polônia, durante a Segunda Guerra Mundial, mas a falta de
evidência física no sítio era explorada pelos negadores do Holocausto. A
arqueóloga forense Caroline Sturdy Colls assumiu agora a primeira tentativa
científica coordenada para localizar as covas.”
Este foi o trecho de um artigo no jornal
local britânico The Huffington Post
de 16 de janeiro de 2012. Ele reportou a pesquisa forense conduzida no
território do antigo campo de concentração alemão de Treblinka (Polônia), sob a
supervisão de Caroline Sturdy Colls, uma arqueóloga forense na Universidade de
Birmingham, Inglaterra.
Dois anos antes, a Sra. Sturdy Colls
anunciou publicamente que ela tentaria encontrar evidência das covas coletivas
de Treblinka, onde os corpos de pelo menos 700.000 judeus mortos estariam
enterrados na segunda metade de 1942. Ela disse:
"É difícil de acreditar que não tenha
havido nenhuma pesquisa sistemática pelos seis milhões de vítimas que pereceram
no Holocausto. 800.000 pessoas foram mortas aqui em Treblinka e seus corpos
nunca foram encontrados. É hora de começarmos a olhar."
Vale lembrar que a afirmação triunfante de
que os “negadores do Holocausto” finalmente e de uma vez por todas foram
“refutados” foi escutada também após as pesquisas de Kola em Belzec e Sobibór,
que na realidade refutaram a versão oficial dos eventos relacionando estes dois
campos.
N. do T.: no final dos anos 1990, o professor da Universidade de Torun, Andrej
Kola, liderou uma equipe arqueológica para realizar um trabalho no sítio do
campo de Belzec. Durante o trabalho, Kola descobriu os restos de duas
construções que originalmente eram suspeitos de servirem como câmaras de gás,
que ele nomeou de construções “D” e “G” em seu relatório. Kola mais tarde
concluiu que a construção “D” não operou como câmara de gás, mas manteve sua
visão de que os restos de madeira da construção “G” poderiam “hipoteticamente
serem lembrados como os restos da segunda câmara de gás.”
Fonte: http://holocaustcontroversies.blogspot.com.br/2011/12/belzec-sobibor-treblinka-holocaust_9569.html
Surpreendentemente, Krege afirma não ter
encontrado nenhuma perturbação no solo em todo o território do antigo campo de
Treblinka, apesar de algumas poucas trincheiras terem sido escavadas nesta área
durante uma investigação forense pelas autoridades polonesas logo após a
guerra. Então, se o método de Krege foi o som, ele teria encontrado pelo menos
essas perturbações. Além disso, aqueles investigadores poloneses realmente
encontraram traços de covas coletivas, apesar de que o tamanho de sua
descoberta não encaixavam com as afirmações espetaculares feitas a respeito de
Treblinka.
Que estas afirmações são tecnicamente
impossíveis e não apoiadas pela evidência física disponível, foi provado de
forma conclusiva por Carlos Mattogno e Jürgen Graf no seu livro de pesquisa
sobre Treblinka. Este livro também contém uma tradução parcial de um relatório
preparado pelos investigadores poloneses acima mencionados sobre suas
escavações de 1945 (pág. 83 - 89).
Tudo considerado, não é surpresa que a
pesquisa por radar de Krege pode não ter sido tão penetrante e que ele tenha
sido atacado pelos ortodoxos.
Refutação da pesquisa de Krege:
Vamos agora olhar nos poucos trechos de
informação que a Sra. Sturdy Colls liberou para o público em sua entrevista
para o The Huffington Post:
1 - Em relação às covas coletivas que a
Sra. Sturdy Colls afirma ter encontrado, ela diz:
"Estas são de tamanho considerável, e
muito profundas, uma em particular tem 26 por 17 metros (442 m2)."
Isto provavelmente denota a área
superficial de uma área particularmente grande de solo perturbado. É claro,
tudo o que ela pode dizer dos dados de um radar de penetração de solo é que
esta é uma área que foi perturbada. Se é uma cova, ou o resultado de atividades
de escavação no pós-guerra, teria sido descoberta pelas escavações.
2 - Se assumirmos que a perturbação do solo
encontrada pela Sra. Sturdy Colls foi de fato uma cova coletiva em seu conjunto
e tinha uma profundidade de 6 metros (como afirmado pela testemunha E.
Rosenberg), isto resultaria num volume de 2.600 m3. Além disso, se seguirmos a
versão ortodoxa, pelo menos 700.000 judeus foram enterrados no campo até o fim
de 1942 somente. Assumindo uma densidade realista de uns seis corpos por m3,
isto resultaria na necessidade de um volume da cova de 117.000 m3.
N. do T.: Para enterrar todos esses corpos, teria que haver grandes escavações de
covas. A operação de escavação não é simples. Nos equipamentos modernos,
precisamos de uma escavadeira, de um trator com caçamba e um local apropriado
para a colocação dos resíduos. Supondo que o trabalho tenha sido manual:
"Para se ter uma idéia do número
de operários necessários para a execução braçal do movimento de terra,
estima-se que para a produção de 50 m3/h de escavação, seriam necessários pelo
menos 100 homens. A mesma tarefa pode ser executada por uma única escavadeira,
operada apenas por um homem."
fonte: http://etg.ufmg.br/~jisela/pagina/notas%20aula%20Terraplenagem.pdf
fonte: http://etg.ufmg.br/~jisela/pagina/notas%20aula%20Terraplenagem.pdf
3 - Portanto, a Sra. Sturdy Colls não
deveria ter encontrado UMA ÚNICA perturbação grande de cerca de 2.600 m3 (e
provavelmente muito mais de pequeno tamanho), mas pelo menos 45 perturbações de
dimensões semelhantes. Após isso, os revisionistas NÃO questionarão o fato de
que covas coletivas existem na área do campo. Eles apenas questionam a ordem
humorística, tecnicamente impossível da magnitude afirmada pela ortodoxia.
Uma crítica mais completa do que a Sra.
Sturdy Colls encontrou e, mais importante, como ela o interpreta, terá que
aguardar a publicação dos resultados de sua pesquisa. Apenas podemos descansar
seguros que nossos especialistas revisionistas lerão e criticarão seu trabalho
a ser publicado em breve.
Então, mantenham-se ligados!
Uma crítica mais detalhada da investigação
da Dra. Sturdy Colls pode ser lida aqui:
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