quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

[HOL] Pesquisa forense em Treblinka realizada

The Huffington Post, 16/01/2012

 
Uma arqueóloga forense britânica trouxe nova evidência para provar a existência de túmulos coletivos no campo de extermínio nazista de Treblinka.

Cerca de 800.000 judeus foram assassinados no sítio, no nordeste da Polônia, durante a Segunda Guerra Mundial, mas uma falta de evidência física no sítio estava sendo explorado por negadores do Holocausto.

A arqueóloga forense Caroline Sturdy Colls agora assumiu a primeira tentativa científica coordenada para localizar as covas, de acordo com uma entrevista no Radio Times.

Como a lei religiosa judia proibe a perturbação de túmulos, ela e sua equipe da Universidade de Birmingham usaram "radar de penetração do solo".

Seu trabalho no sítio, onde os nazistas tentaram destruir todas as evidências de assassinato em larga escala, está sendo seguido pelo recente documentário da Radio 4, "Os túmulos escondidos do Holocausto".

O apresentador do programa, Jonathan Charles, um antigo correspondente estrangeiro da BBC, escreveu para o Radio Times que o radar de penetração do solo também descobriu as fundações das construções e que duas parecem ter sido câmaras de gás.

Sturdy Colls disse: "Todos os livros de história dizem que Treblinka foi destruído pelos nazistas, mas a pesquisa demonstrou que este não é o caso."

Ela acrescentou: "Identifiquei um número de covas enterradas usando técnicas geofísicas. Estas (as covas) são consideráveis em tamanho, e muito profundas, uma em particular tem 26 por 17 metros."

O apresentador do programa escreveu para o Radio Times que as covas contém os restos queimados de milhares de corpos.

A arqueóloga forense, que agora apresentou suas descobertas para as autoridades responsáveis pelo memorial em Treblinka, disse: "Eu realmente espero que este seja o primeiro estágio de um longo programa para encontrar aquelas covas escondidas do Holocausto."

O sobrevivente Kalman Taigman lembra de sua chegada na estação ferroviária do campo, dentro de um vagão para gado.

"Estava com a minha mãe. Éramos cerca de 100 pessoas num vagão. Eles abriram as portas, atirando e nos batendo, e nos enviaram para um campo. Corri com minha mãe e tentei acalmá-la.

"Eles me disseram para deixar minha mãe, mas eu não o fiz rapidamente e fui atingido na cabeça. Quando acordei, ela tinha ido. Ela foi com todo o resto das mulheres para a câmara de gás."

"Os túmulos escondidos do Holocausto" está para ser transmitido na segunda-feira, 23 de janeiro, às 20:00 na Radio 4 da BBC.  


O perfil acadêmico da Dra. Caroline Sturdy Colls:


 
Trechos da Entrevista de Sturdy Colls

Ao “Laboratório de Idéias” da Universidade de Birmingham.

Entrevistador: Que tecnologia a senhora usou para investigar o local?

Sturdy Colls: Usei um número de técnicas não-invasivas em Treblinka e o que isto significa, como você bem apontou, é que o solo não estava perturbado devido à lei de sepultamento judaica, de modo que os métodos usados não envolveram qualquer forma de distúrbio no solo ou escavação e isto nos permitiu investigar o potencial histórico e científico de Treblinka, mas obviamente foi muito importante que reconhecêssemos seu significado religioso e comemorativo também. Logo, nas técnicas que foram usadas havia um processo de pesquisa arquivístico que envolveu olhar registros documentais, revisitar dados históricos se você assim preferir, verificando dados e avaliando-os com olhar arqueológico, assim procurando por informação sobre o cenário. Então, havia um processo de olhar as fotografias aéreas do sítio, qualquer foto do solo, relato das testemunhas, planos que foram criados, etc., para construir um banco de dados de informação de modo que quando fiz a pesquisa, tudo aquilo poderia ser comparado com meus resultados. Assim, neste caso, isto envolveu caminhadas pelo terreno, assim avaliando a paisagem, pesquisa topográfica que usou GPS avançado e rastreamento total para demarcar em alterações no plano do local, permitindo-nos registrar variações micro-topográficas que poderiam ser indicativo de objetos enterrados. E também avaliar a visibilidade de outras características, tais como um número de artefatos que foram totalmente identificados na parte remota do sítio. Então, a partir disso até olhar sob o solo, usei um número de técnicas geofísicas, logo muito mencionado é o radar de penetração e este foi um dos métodos usados, mas este foi comparado com outros métodos que detectaram outras propriedades físicas no solo. Então, também usei a inspeção por resistência e uma extensão desta que permite o mapeamento 3D dos restos enterrados também, para garantir que todas as propriedades dos restos enterrados pudessem ser caracterizados acuradamente.

Entrevistador: E o que a senhora descobriu?

Sturdy Colls: Bem, os resultados da investigação, quando comparados com a informação histórica, indicaram que havia um número de fundações de construções sobreviventes em Treblinka logo abaixo da superfície e também uma quantidade considerável de restos estruturais óbvios que os nazistas teriam sido simplesmente incapazes de remover do local, e isto apoia relatos escritos por investigadores do pós-guerra que comentaram sobre a visibilidade de restos de artefatos, restos estruturais no campo. Também identificamos um número de fossas no sítio. Novamente, todas estas fossas foram mapeadas e comparadas com os esboços das testemunhas e isto é indicativo de um número de covas prováveis no sítio. É reconhecido como parte da investigação que a história de Treblinka não terminou com este abandono pelos nazistas. Assuntos como pilhagem pós-guerra e a construção do próprio memorial e um número de outras formas de mudança de cenário que aconteceram no sítio, você sabe, poderia confundir a interpretação, portanto, era essencial que tudo isto fosse considerado quando os resultados da investigação geofísica em particular fossem avaliados. Então, todos estes dados foram reunidos à informação histórica, de modo que parecemos ter uma situação aqui onde tem sido acreditado que todas as vítimas em Treblinka foram cremadas, elas foram destruídas sem deixar rastros, entretanto, a pesquisa revelou uma figura muito mais complexa dos padrões de disposição usados pelos nazistas. Olhando de uma perspectiva dos criminosos, e um ponto de vista levemente mais forense, os nazistas trabalharam, como a maioria dos criminosos fazem, segundo o princípio do menor esforço onde eles realmente teriam um método de enterro que se casava com a natureza de suas vítimas ou seus locais dentro do campo e há um número de fotografias e evidência física que observamos no terreno de Treblinka que demonstra que estes corpos não foram reduzidos a pó, que alguns sobreviveram como covas coletivas no senso verdadeiro e que também os restos particulados das vítimas foram redepositados nas fossas que eles foram exumados sob a ordem de Himmler de 1943. Igualmente, junto com a investigação topográfica, demonstramos que o campo, como ele é marcado atualmente no terreno pelo memorial moderno, foi na verdade muito maior, que as fronteiras do campo foram 50 metros mais largas ao norte e isto tem uma repercussão para um número de estruturas dentro do próprio campo. Logo, podemos examinar isso de um ponto de vista espacial e olhar todas essas consequências relacionando-as entre si e de forma esperançosa eventualmente começar a construir um mapa mais detalhado do campo como ele existia durante sua operação.
 
Mapa atual de Treblinka e as descobertas da investigação

 
 
Entrevistador: Então, a senhora agora apresentou suas descobertas para as autoridades responsáveis pelo memorial em Treblinka. Isto conclui as investigações no sítio de Treblinka ou é uma espécie de projeto em curso?

Sturdy Colls: É absolutamente um projeto em curso. A investigação demonstrou que o sítio chegou a um potencial enorme em termos do que podemos aprender da aplicação do método arqueológico e muito foi a ponta do iceberg em termos de ser a primeira investigação do que espero estará mais por vir. Espero retornar ao sítio mais tarde este ano e haverá estações subsequentes de trabalho em campo para os próximos anos. Como mencionei, no momento o que temos é um mapa do que sobreviveu no campo como resultado de minhas descobertas. Entretanto, no sentido de construir um mapa do campo como ele existiu precisamos trabalhar mais, precisamos investigar o sítio. Somente uma pequena proporção do sítio foi investigado de modo que existe um potencial enorme de encontrar mais à respeito da história deste campo no futuro.              


Uma transcrição deste podcast pode ser encontrada em:


Ao programa de rádio, “As Covas Escondidas do Holocausto”, transmitido pela Rádio BBC em 23 de janeiro de 2012:

Sturdy Colls: Todos os livros de história dizem que Treblinka foi destruído pelos nazistas, mas a investigação mostrou que este não é o caso. Identifiquei um número de fossas enterradas (sic) usando técnicas geofísicas. Elas são consideráveis. Uma em particular tem 26 metros por 17 metros.

Jonathan Charles: É enorme.

Sturdy Colls: É enorme. Estamos falando de um considerável número de corpos (que) poderiam ser contidos dentro de fossas daquele tamanho.

Jonathan Charles: Que poderia conter centenas, talvez milhares de corpos, não sabemos o quão fundo ela é, ou a senhora sabe sua profundidade?

Sturdy Colls: Infelizmente não. A tecnologia de investigação não permite ir a certas profundidades. Sei que é superior a 4 metros, que foi a extensão desta (inaudível). É uma fossa considerável.

Jonathan Charles: Foram poucas covas descobertas?

Sturdy Colls: Absolutamente, havia um número de covas, em particular nos fundos do que é agora o memorial, cinco que estão de fato em fileira, novamente de tamanho considerável, em uma área onde testemunhas dizem que era a principal área de disposição dos corpos, isto é atrás das câmaras de gás, era onde a maioria das vítimas que foram enviadas lá foram então enterradas posteriormente, e depois onde os restos cremados das vítimas também foram colocados.

Jonathan Charles: Não são apenas fossas que a senhora encontrou, também algo parecido como construções.

Sturdy Colls: Há, e novamente, se os nazistas tivessem destruído Treblinka, como afirmaram, eles certamente teriam demolido o sítio, mas não é realmente possível quando as construções estiveram em um sítio para realmente esterilizar o terreno, então, o que eu identifiquei é que restos estruturais sólidos, estamos falando de fundações, sobreviveram, mas em particular dois tipos de estruturas que identifiquei são parecidas com as velhas e novas câmaras de gás em Treblinka.


 
Nova Tecnologia aponta para covas coletivas perdidas da era do Holocausto em Treblinka

JTA, 06/02/2012

Cientistas usando eletrônica de varredura de solo descobriram as covas coletivas perdidas no sítio de Treblinka, um dos mais conhecidos campos de extermínio nazistas.

Nenhum corpo real foi encontrado e as covas não foram escavadas, de acordo com a lei judaica, mas ossos e fragmentos de ossos foram descobertos no solo, de acordo com Caroline Sturdy Colls, uma arqueóloga forense da Universidade Straffordshire na Inglaterra que liderou a busca.

As estruturas subterrâneas detectadas por seu equipamento descrevem o que parecem ser as covas.

Os historiadores acreditam que cerca de 850.000 pessoas, incluindo ciganos, morreram em Treblinka.

Apesar de testemunhas oculares confirmarem a existência das covas coletivas, os alemães fizeram tudo o que puderam para encobrir seus crimes, e a incapacidade dos pesquisadores de encontrá-las foi usada algumas vezes pelos negadores do Holocausto para afirmar que o assassinato em larga escala não ocorreu em Treblinka.

Sturdy Colls usou fotografias aéreas dos anos 1940, imagem por satélite, dispositivos de mapeamento por GPS e novo radar de penetração de solo. O radar não pôde detectar corpos, mas pôde detectar diferenças entre o solo e distúrbios e inconsistências no solo, como objetos enterrados em 11 áreas.

"Considerando seu tamanho e localização, há uma forte tendência a admitir que eles representam áreas de enterro," ela disse.

Sturdy Colls começou a trabalhar em Treblinka em 2010. Ela e seus colegas usaram mapeamento por radar e elétrico para ter uma idéia do que estava no subsolo sem perturbar de fato o sítio. Uma das primeiras coisas que ela descobriu foi que os mapas antigos do sítio estavam incorretos - a linha da fronteira norte estava reduzida por cerca de 50 metros.

Após a guerra, os vizinhos de Treblinka saquearam algumas das covas procurando por ouro que eles pensavam os judeus ter escondido. Isto atrapalhou a topografia, mas o equipamento de Sturdy Colls encontrou muitas fossas exatamente onde as testemunhas disseram que elas deveriam estar.

A maior tem 26 metros de comprimento, 16 metros de largura e 4 metros de profundidade, com uma rampa para acesso. Pelo menos cinco outras com esta profundidade também existem na área.

Treblinka foi aberta em 23 de julho de 1942 como um campo de extermínio na Polônia central, parte da Operação Reinhard da Alemanha, o extermínio da judiaria européia.

Ele foi projetado com um único propósito: assassinato. 95% das pessoas enviadas para lá morreram imediatamente, a maioria por envenenamento por monóxido de carbono de motores de tanques bombeados para câmaras de gás.

Treblinka foi fechado em 19 de outubro de 1943 após uma rebelião da unidade sonderkommando - judeus forçados a ajudar na operação do campo. Muitos guardas alemães e ucranianos foram mortos na rebelião, permitindo a fuga de 300 prisioneiros.

Os alemães, contudo, ficaram repentinamente temerosos que seus crimes fossem descobertos.

Em 1943, eles descobriram os corpos de milhares de oficiais poloneses executados pelos russos em Katyn três anos antes, e perceberam que se alguém descobrisse os corpos nos campos de concentração, eles seriam culpados.

O líder nazista Heinrich Himmler ordenou que quando um campo fosse abandonado, todos os corpos teriam que ser exumados e cremados, disse Sturdy Colls.

A maioria das vítimas em Treblinka foram enterradas logo após a morte, apesar de alguns terem sido queimados. Seguindo as ordens de Himmler, os alemães escavaram os corpos e os cremaram usando trilhos de trem e madeira da floresta. Eles então reenterraram as cinzas nas mesmas covas.

A princípio, eles tentaram misturar as cinzas com sujeira, mas quando isso não funcionou, os alemães simplesmente jogaram as cinzas de volta nas trincheiras.

Sturdy Colls disse que necessita-se de uma alta temperatura para cremar um corpo humano, e fragmentos de ossos quase sempre permanecem intactos após o processo, mesmo quando a cremação é feita numa instalação moderna.

O trabalho foi feito às pressas. No final dos anos 1960, restos humanos emergiriam do solo, geralmente após uma tempestade.

Os alemães nivelaram o campo, destruindo todos os prédios, construindo uma fazenda falsa no lugar da padaria e mesmo assentaram uma família ucraniana na fazenda para dar-lhe um aspecto diferente. Pouco do campo permaneceu acima do solo.

"Eles manteriam essa artimanha mesmo se eles abandonassem o sítio," disse Sturdy Colls. "Eles tinham uma estação ferroviária falsa. Eles tinham sinalização. Eles obviamente sabiam o que estavam fazendo."

Uma investigação polonesa de crimes de guerra em 1946 descobriu uma passagem de porão com "restos salientes de postos queimados, as fundações do prédio de administração, e o velho poço. Aqui e ali podem ser detectados os restos de muros de postos queimados e pedaços de arame farpado, e pequenos trechos de estrada asfaltada. Há também outras evidências."

Eles não haviam encontrado, contudo, as covas até a investigação atual.

"Mapeamos o que pudemos. Identificamos 11 fossas individuais que pudemos investigar," disse Sturdy Colls, cujo trabalho continua. "Um pedaço grande do memorial foi construído onde eles pensavam ser as covas coletivas, de modo que há uma grande chance que há mais na floresta e sob o próprio memorial.




O Campo de Extermínio de Treblinka

"O campo recebeu sua primeiro carregamento de vítimas, 6.500 judeus do Gueto de Varsóvia, em 22/07/1942. As câmaras de gás tornaram-se operacionais no dia seguinte. Carregamentos continuaram diariamente a partir de então, geralmente alcançando entre 4.000 e 7.000 vítimas por dia, sendo que os judeus dos guetos da Polônia, principalmente de Varsóvia, a maioria dos quais era imediatamente enviada para as câmaras de gás. Centenas de prisioneiros morreram por fome, desidratação ou sufocamento enquanto em trânsito para o campo em vagões de gado.

As pobres habilidades organizacionais de Eberl logo resultaram na operação de Treblinka tornar-se um desastre. No início, os corpos eram enterrados em covas coletivas, mas dentro de uns dias as covas estavam transbordando de pessoas, e os corpos foram empilhados no campo II porque os trabalhadores não tiveram o tempo apropriado para enterrá-los. Simultaneamente, as câmaras de gás continuamente quebraram. Assim, a SS decidiu fuzilar os judeus na entrada do campo e empilhar os corpos através do campo. O cheiro dos corpos em decomposição podia ser sentido a 10 km de distância.

Em 28 de agosto de 1942, Globocnik suspendeu temporariamente as deportações para Treblinka... Em 1 de setembro, Franz Stangl substituiu Irmfried Eberl no comando de Treblinka... Em setembro, Stangl supervisionou a construção de câmaras de gás novas e maiores... Acredita-se que elas tinham capacidade de matar entre 12.000 e 15.000 vítimas por dia... O campo e o processo de matança em massa é descrito por Vasily Grossman, um repórter militar servindo o Exército Vermelho, em seu trabalho Um Inferno chamado Treblinka, que foi usado como evidência e distribuído no Julgamento de Nuremberg. (N. do T.: Grossman tinha ascendência judaica e escreveu seu artigo em 1944).

Fonte:


 
Resposta Revisionista

Após 70 anos, arqueólogos começam a procurar evidências do Holocausto

Santiago Alvarez e Thomas Kues

“Uma arqueóloga forense britânica trouxe evidência nova para provar a existência de covas coletivas no campo de extermínio nazista de Treblinka. Cerca de 800.000 judeus foram mortos no sítio, no nordeste da Polônia, durante a Segunda Guerra Mundial, mas a falta de evidência física no sítio era explorada pelos negadores do Holocausto. A arqueóloga forense Caroline Sturdy Colls assumiu agora a primeira tentativa científica coordenada para localizar as covas.”

Este foi o trecho de um artigo no jornal local britânico The Huffington Post de 16 de janeiro de 2012. Ele reportou a pesquisa forense conduzida no território do antigo campo de concentração alemão de Treblinka (Polônia), sob a supervisão de Caroline Sturdy Colls, uma arqueóloga forense na Universidade de Birmingham, Inglaterra.

Dois anos antes, a Sra. Sturdy Colls anunciou publicamente que ela tentaria encontrar evidência das covas coletivas de Treblinka, onde os corpos de pelo menos 700.000 judeus mortos estariam enterrados na segunda metade de 1942. Ela disse:

"É difícil de acreditar que não tenha havido nenhuma pesquisa sistemática pelos seis milhões de vítimas que pereceram no Holocausto. 800.000 pessoas foram mortas aqui em Treblinka e seus corpos nunca foram encontrados. É hora de começarmos a olhar."

Vale lembrar que a afirmação triunfante de que os “negadores do Holocausto” finalmente e de uma vez por todas foram “refutados” foi escutada também após as pesquisas de Kola em Belzec e Sobibór, que na realidade refutaram a versão oficial dos eventos relacionando estes dois campos.

N. do T.: no final dos anos 1990, o professor da Universidade de Torun, Andrej Kola, liderou uma equipe arqueológica para realizar um trabalho no sítio do campo de Belzec. Durante o trabalho, Kola descobriu os restos de duas construções que originalmente eram suspeitos de servirem como câmaras de gás, que ele nomeou de construções “D” e “G” em seu relatório. Kola mais tarde concluiu que a construção “D” não operou como câmara de gás, mas manteve sua visão de que os restos de madeira da construção “G” poderiam “hipoteticamente serem lembrados como os restos da segunda câmara de gás.”


 
Já no final de 1999, o engenheiro australiano Richard Krege conduziu pesquisa forense usando radar de penetração de solo numa tentativa de localizar as alegadas covas coletivas. Seu relatório preliminar foi publicado somente em alemão e francês, mas tanto quanto sabemos, Krege nunca publicou um relatório final, mais detalhado, sobre suas descobertas. Ele apresentou alguma coisa de sua pesquisa na conferência revisionista realizada em Teerã no final de 2006, mas o relatório de Krege não foi publicado após este evento também.

Surpreendentemente, Krege afirma não ter encontrado nenhuma perturbação no solo em todo o território do antigo campo de Treblinka, apesar de algumas poucas trincheiras terem sido escavadas nesta área durante uma investigação forense pelas autoridades polonesas logo após a guerra. Então, se o método de Krege foi o som, ele teria encontrado pelo menos essas perturbações. Além disso, aqueles investigadores poloneses realmente encontraram traços de covas coletivas, apesar de que o tamanho de sua descoberta não encaixavam com as afirmações espetaculares feitas a respeito de Treblinka. 

Que estas afirmações são tecnicamente impossíveis e não apoiadas pela evidência física disponível, foi provado de forma conclusiva por Carlos Mattogno e Jürgen Graf no seu livro de pesquisa sobre Treblinka. Este livro também contém uma tradução parcial de um relatório preparado pelos investigadores poloneses acima mencionados sobre suas escavações de 1945 (pág. 83 - 89).

Tudo considerado, não é surpresa que a pesquisa por radar de Krege pode não ter sido tão penetrante e que ele tenha sido atacado pelos ortodoxos.

Refutação da pesquisa de Krege:

 

 
Apesar da Sra. Sturdy Colls não tenha se referido expressamente à pesquisa de Krege, pode ser assumido que ela (a pesquisa) tenha sido o "gatilho" que iniciou a curiosidade de Colls e talvez despertado sua ira. Sturdy Colls apresentou alguns dos resultados de sua pesquisa em um trabalho chamado "Aproximações arqueológicas para os sítios do Holocausto" durante uma conferência em 2011 na Alemanha.

Vamos agora olhar nos poucos trechos de informação que a Sra. Sturdy Colls liberou para o público em sua entrevista para o The Huffington Post:

1 - Em relação às covas coletivas que a Sra. Sturdy Colls afirma ter encontrado, ela diz:

"Estas são de tamanho considerável, e muito profundas, uma em particular tem 26 por 17 metros (442 m2)."

Isto provavelmente denota a área superficial de uma área particularmente grande de solo perturbado. É claro, tudo o que ela pode dizer dos dados de um radar de penetração de solo é que esta é uma área que foi perturbada. Se é uma cova, ou o resultado de atividades de escavação no pós-guerra, teria sido descoberta pelas escavações.

2 - Se assumirmos que a perturbação do solo encontrada pela Sra. Sturdy Colls foi de fato uma cova coletiva em seu conjunto e tinha uma profundidade de 6 metros (como afirmado pela testemunha E. Rosenberg), isto resultaria num volume de 2.600 m3. Além disso, se seguirmos a versão ortodoxa, pelo menos 700.000 judeus foram enterrados no campo até o fim de 1942 somente. Assumindo uma densidade realista de uns seis corpos por m3, isto resultaria na necessidade de um volume da cova de 117.000 m3.

N. do T.: Para enterrar todos esses corpos, teria que haver grandes escavações de covas. A operação de escavação não é simples. Nos equipamentos modernos, precisamos de uma escavadeira, de um trator com caçamba e um local apropriado para a colocação dos resíduos. Supondo que o trabalho tenha sido manual:

"Para se ter uma idéia do número de operários necessários para a execução braçal do movimento de terra, estima-se que para a produção de 50 m3/h de escavação, seriam necessários pelo menos 100 homens. A mesma tarefa pode ser executada por uma única escavadeira, operada apenas por um homem."

fonte: http://etg.ufmg.br/~jisela/pagina/notas%20aula%20Terraplenagem.pdf

3 - Portanto, a Sra. Sturdy Colls não deveria ter encontrado UMA ÚNICA perturbação grande de cerca de 2.600 m3 (e provavelmente muito mais de pequeno tamanho), mas pelo menos 45 perturbações de dimensões semelhantes. Após isso, os revisionistas NÃO questionarão o fato de que covas coletivas existem na área do campo. Eles apenas questionam a ordem humorística, tecnicamente impossível da magnitude afirmada pela ortodoxia.

Uma crítica mais completa do que a Sra. Sturdy Colls encontrou e, mais importante, como ela o interpreta, terá que aguardar a publicação dos resultados de sua pesquisa. Apenas podemos descansar seguros que nossos especialistas revisionistas lerão e criticarão seu trabalho a ser publicado em breve.

Então, mantenham-se ligados!


Uma crítica mais detalhada da investigação da Dra. Sturdy Colls pode ser lida aqui:

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