quarta-feira, 9 de maio de 2012

Como a América planejou atacar a Inglaterra

Daily Mail, 21/09/2011


por David Gerrie

Ataque contra o "Império Vermelho": Como a América planejou um ataque contra a Grã-Bretanha em 1930 com bombardeios aéreos e armas químicas

* A potência emergente temia a reação britânica às suas ambições

* O Plano Vermelho era o código para uma guerra total contra o Império Britânico

* Documento ultra-secreto classificado como "o mais sensível na Terra"

* U$57 milhões alocados para a construção de bases aéreas na fronteira com o Canadá - para lançar um ataque sobre as forças terrestres inglesas baseada naquele país

Detalhes de um supreendente plano militar americano para um ataque para aniquilar a maior parte do Exército Britânico foram revelados hoje pela primeira vez.

Em 1930, apenas nove anos antes da eclosão da Segunda Guerra Mundial, a América avaliou propostas especificamente direcionadas para eliminar todas as forças terrestres britânicas no Canadá e no Atlântico Norte, assim destruindo a habilidade comercial da Grã-Bretanha e deixando o país de joelhos.

Movimentos de tropas previamente incomparáveis foram realizados como um início para uma invasão do Canadá, que ainda contava com incursões de bombardeio em alvos-chaves industriais e o uso de armas químicas, o último assinado no mais alto nível por ninguém menos que o lendário General Douglas MacArthur.

Os planos, revelados num documentário do Canal 5, foram um de um número de planos militares de contigência elaborados contra um número de inimigos em potencial, incluindo as Ilhas Caribenhas e a China. Havia mesmo um para combater levantes internos dentro dos EUA.



No final, não há dúvidas da aprovação do presidente Franklin D. Roosevelt para aquilo que ficou conhecido como Plano de Guerra Vermelho. Ao invés disso, os dois países tornaram-se aliados firmes durante a Segunda Guerra Mundial, e ocasionalmente fortaleceram a aliança que continua até hoje.

Além disso, é fascinante que houvesse grande número de pessoas dentro do establishment político e militar que achavam que tal guerra era viável.

Em 1931, o governo americano mesmo autorizou o herói recordista do vôo transatlântico e simpatizante nazista Charles A. Lindbergh a ser enviado como espião para a costa oeste da Baía de Hudson para investigar a possibilidade de usar hidroaviões para a guerra e buscar pontos de baixa resistência como cabeças-de-ponte potenciais.

Quatro anos depois, o Congresso americano autorizou U$57 milhões a serem alocados para a construção de três campos de pouso secretos no lado americano da fronteira canadense, com telas de camuflagem para esconder seu propósito real.

Todos os governos fizeram planos de contigência para o "caso de cenário mais desfavorável" que estão bloqueados ao público. Estes documentos foram descobertos nas entranhas dos Arquivos Nacionais Americanos em Washington, D.C. - um documento ultra-secreto uma vez lembrado como o mais sensível da Terra.

Foi em 1930 que a América primeiro detalhou um plano para a guerra com o "Império Vermelho" - seu mais perigoso império.

Mas o oponente da América nesta guerra não era a Rússia ou o Japão ou mesmo a iniciante Alemanha Nazista.

O Plano Vermelho era o código para uma guerra apocalíptica com a Grã-Bretanha e todos os seus domínios.

Após o Armistício de 1918 e ao longo dos anos 1920, o sentimento histórico americano anti-britânico, diminuído desde o século XIX, começou a crescer perigosamente em virtude da dívida dos ingleses de 9 milhões de libras resultante da Grande Guerra.

O sentimento britânico contra a América era recíproco.

Nos anos 1930, a América viu o sinal perturbador de simpatizantes nazistas internos marchando no Park Avenue de Nova York para uma reunião pró-Hitler na Madison Square Garden.

Do outro lado do Atlântico, a Inglaterra tinha o maior império do mundo, sem mencionar a armada mais poderosa.

Contra esse quadro, alguns americanos viram sua nação emergindo como um líder mundial em potencial e sabiam muito bem como a Inglaterra lidava com tais atrevidos no passado - ela ia à guerra e aniquiláva-o.

Agora, a América via-se como a bola da vez em tal cenário.

Em 1935, a América organizou suas maiores manobras militares, movendo tropas e instalando depósitos de munição em Fort Drum, uma hora e meia da fronteira oriental canadense.

Mesmo Winston Churchill disse que enquanto as pessoas pensavam que uma guerra com os EUA era inconcebível, ela não era.

"A América sentia que a Grã-Bretanha havia a jogado debaixo do ônibus para manter-se no topo," diz o professor Mike Vlahos, da Academia Naval de Guerra dos EUA. "Os EUA foram forçados a pensar qualquer medida para manter a Inglaterra presa na ilha."

Mesmo Hitler pensou que tal guerra era inevitável, mas surpreendentemente queria que a Inglaterra ganhasse, acreditando ser o melhor para a Alemanha, já que o Reino Unido poderia então juntar suas forças para atacar os EUA.

http://www.dailymail.co.uk/news/article-2039453/How-America-planned-destroy-BRITAIN-1930-bombing-raids-chemical-weapons.html#ixzz1ewCPP500

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