quarta-feira, 9 de maio de 2012

[PGM] O Segredo do Lusitânia

Daily Mail, 20/12/2008



Seu afundamento com a perda de quase 1.200 vidas causou tanta indignação que levou os EUA para a Primeira Guerra Mundial.

Mas agora, mergulhadores revelaram um segredo obscuro sobre a carga transportada pelo Lusitânia em sua viagem final em maio de 1915. As munições encontradas no depósito sugerem que os alemães estavam certos em reclamar que o navio carregava artefatos de guerra e era um alvo militar legítimo.

O navio da Cunard (companhia marítima inglesa), viajando de Nova York a liverpool, foi afundada 12,8 km da costa irlandesa por um submarino. Mantendo o argumento que o Lusitânia era somente um navio de passageiros, os britânicos rapidamente acusaram o "bárbaro pirata" de castigar civis.

O desastre foi usado para despertar a raiva anti-alemã, especialmente nos EUA, onde 128 das 1.198 vítimas vieram. Uma centena dos mortos eram crianças, muitas delas abaixo dos dois anos de idade.

Robert Lansing, o secretário de Estado dos EUA, escreveu depois que o afundamento deu-lhe a "convicção de que nos tornaríamos o aliado da Inglaterra."

O povo americano foi enganado ao ser informado de que as crianças alemãs foram dispensadas da escola para celebrar o afundamento do Lusitânia. O desastre inspirou uma multidão de cartazes clamando vingança pelas vítimas. Um deles, famoso ao mostrar uma jovem mãe afundando entre as ondas com seu bebê, trazia o moto "Aliste-se".

Dois anos depois, os americanos juntaram-se aos Aliados como potência associada - uma decisão que deu uma guinada decisiva contra a Alemanha.

A equipe de mergulhadores estima que cerca de quatro milhões de cartuchos 0.303 da fabricante americana Remington estejam no depósito do Lusitânia a uma profundidade de 90 metros.

Os alemães insistiram que o Lusitânia - a linha mais rápida no Atlântico Norte - estava sendo usada como navio cargueiro de armas para romper o bloqueio que Berlim estava tentando impor à Grã-Bretanha desde o início das hostilidades em agosto de 1914.

Winston Churchill, que era o Primeiro Lorde so Almirantado e há muito tempo era suspeito de saber mais a respeito das circunstâncias do ataque do que ele falava em público, escreveu em uma carta confidencial um pouco antes do afundamento que alguns ataques de submarinos alemães eram bem vindos. Ele disse: "É muito importante atrair navios neutros para nossos mares, na esperança de envolver os EUA contra a Alemanha. De nossa parte, queremos o tráfego - quanto mais melhor e se algum dele se meter em encrenca, melhor ainda."

Hampton Sides, um escritor trabalhando para a Vogue masculina, testemunhou o achado dos mergulhadores. Ele disse: "São balas que foram especialmente fabricadas para matar alemães na Primeira Guerra - balas que os oficiais britânicos em Whitehall, e oficiais americanos em Washington, negavam existir a bordo do Lusitânia."

A descoberta pode ajudar a explicar por que o Lusitânia de 240 metros afundou 18 minutos após ter sido atingido no casco por um torpedo alemão.

Alguns dos 764 sobreviventes relataram uma segunda explosão que pode ter sido a munição indo pelos ares.

Gregg Bemis, um empresário americano que detém os direitos sobre os restos do navio e está financiando sua exploração, disse: "Aqueles 4 milhões de cartuchos de 0.303 não eram extamente para caçadas privadas. Agora que o encontramos, os ingleses não podem negar mais que não havia munição a bordo. Isto levanta a questão de que o que havia a mais a bordo. Havia literalmente toneladas e mais toneladas de coisas armazenadas nos depósitos não-refrigerados registrados como queijo, manteiga e ostras. Sempre apostei que algumas explosões significativas nos depósitos - cartuchos, pólvora e algodão para munição - foram iniciadas pelo torpedo e pela entrada de água. Foi isto que afundou o navio."

http://www.dailymail.co.uk/news/article-1098904/Secret-Lusitania-Arms-challenges-Allied-claims-solely-passenger-ship.html

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